Capítulo 18 - Baby shower

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Camila Hayes

21 de junho, Jacksonville, Florida

Meus olhos simplesmente não conseguiam acreditar no que viam. Meus pais e Alice – com uma barriga de oito meses gigantesca – me esperavam no desembarque. Eu larguei minhas malas no chão, correndo até eles, abraçando-os de uma vez. Minha mãe e minha irmã choravam, enquanto meu pai me beijava várias vezes. Eu não sabia o quanto precisava daquilo até sentir.

— Meu Deus, eu senti tantas saudades de vocês. — Falei, chorando, ao me afastar.

— Nós também, filha. — Minha mãe disse.

— Nossa, Alice — Toquei sua barriga. — Como ela cresceu.

Minha irmã assentiu, radiante como nunca.

— E não para de mexer. Daqui dois dias completo nove meses e sinto que ela simplesmente vai pular para fora.

Arregalei os olhos.

— O que? É sério. A qualquer momento ela vai poder nascer.

— Meghan, querida. — Minha mãe cumprimentou Meghan, que vinha até nós depois de ter ficado "atolada" na multidão pegando suas duas malas.

— Como vai, Sra. e Sr. Hayes? — Os dois sorriram. — Uau, Alice, você está ótima.

Meghan tocou a barriga da minha irmã.

— Quando ela nasce?

— Bem, a médica previu para o dia 30 de junho, mas é tudo no tempo dela. — Disse, acariciando a barriga.

— Meghan, você quer que te deixemos em casa? — Meu pai perguntou.

— Não precisa, Sr. Hayes. Avisei ao meus pais que chegava hoje, então vou pegar um táxi. Eles devem estar me esperando.

— Tem certeza? Sabe que não é problema nenhum. — Falei. Ela sorriu leve.

— Não se preocupe, Camz. A tarde eu estarei na sua casa para preparar aquilo que me pediu. — Sussurrou, piscando. Eu pisquei de volta. — Vejo vocês depois.

Meghan saiu do aeroporto, rapidamente pegando um táxi e indo para Jacksonville Beach.

Meu pai me ajudou com a mala, enquanto minha mãe e Alice iam andando ao meu lado, contando todas as novidades que eu ouvia atenta e animadamente. Deus, eu senti muita falta daquilo. Nada era melhor do que voltar para casa, para os braços da sua família.

No almoço, minha mãe fez questão preparar minha comida favorita: feijoada. O conforto de estar ali com eles, almoçando em meio a risadas, me causava uma sensação tão boa que chegava a ser indescritível. Depois de os ter atualizado sobre a minha rotina em Nova York, os amigos feitos e a universidade, Alice me levou até o quarto para morar todos os preparativos para a chegada da filha. O berço ficaria em seu quarto, do lado esquerdo, bem perto da sua cama e tinha cores pastéis de tom rosa e cinza. Sorri, pegando o coelhinho de tricô em cima da colcha, um presente da mãe de Jordan para a netinha. Foi inevitável não me emocionar ao ver minha irmã, tão feliz, mostrando na cômoda – que antes era sua, mas agora completamente tomada pela filha – as roupas, eram muitas, de variadas cores e texturas. Os presentes que havia ganhado se acumulavam sobre o chão, a maioria no canto do quarto.

O plano era de que Alice e minha sobrinha ficassem na nossa casa, morando conosco até que a bebê tivesse idade o suficiente e Jordan e Alice tivessem conforto para morarem na casa própria. Em outros tempos eu pensaria que meus pais odiariam a ideia, especialmente o meu pai, mas hoje, vendo o quanto eles se preocupavam com o bem-estar da minha irmã e da neta, me fazia pensar que seria difícil para que permitissem Alice de sair de casa.

Lições de Uma Boa Garota | Livro 3 - Trilogia "Garotas Más"Onde histórias criam vida. Descubra agora