Capítulo 05

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Josephine

Otário!

Assisto o homem à minha frente pedir um minuto e alcançar o celular caído no meio de uma poça de água. Seu rosto se ilumina ao tocar a tela. — Ter pago mais caro para ter essa merda blindada, valeu a pena. — sorri arrogante ao deslizar o dedo sobre o aparelho. — Está atrasado, porra! — esbraveja.

Eitaaaa!

André volta com um maço de papel toalha na mão. Ao lado dele está Lucas, um dos seguranças da área externa. Ambos exibem máscaras à prova de gás em suas testas. Parecem dois extraterrestres saídos de algum filme apocalíptico. Ele me pergunta se está tudo bem, digo que a situação está sob controle. Assistimos quietos, o homem reclamar do atraso de alguém.

Ainda estou em estado de choque, estupefata. Meu coração bate acelerado e minha boca está mais seca que minha conta bancária. Foi surreal reencontrar o bonitão do café aqui na Fiennes e mais inacreditável ainda, a situação. Seria cômico se não fosse trágico.

Com tanto homem por aí, para eu encharcar e encher de merda, tinha que ser logo esse? Procuro não dar bandeira, mas é impossível não olhar para seu abdômen marcado sob a camiseta cinza molhada. Os músculos ressaltados indicam que ele está mais do que em forma. E como é alto! De tênis, fico parecendo um pigmeu perto dele. Com certeza, o topo da minha cabeça deve bater em seu queixo.

Tiro os olhos da barriga, foco nos braços fortes, droga... Pernas grossas, droga... Mãos e pés enormes, inferno. Uma súbita curiosidade e benza Deus! Tudo indica que possui um pacote de respeito. Inclino a cabeça para ter uma visão melhor. Sinto meu pescoço e colo pinicarem mais ainda.

Olhe para outra coisa, Josephine!

Não consigo!

Outra coisa, já!

Os olhos!

Estremeço... e minha pele começa a suar debaixo de toda a lama grudada nela. Um sorriso arrogante está plantado em seu rosto ao me examinar sem nenhum constrangimento depois, foca a atenção para a sua virilha e morde o canto da boca. Fico com mais raiva e frustrada quando constato que estou meio excitada com tudo isso. Espero que diga algo, mas ele decide me ignorar e responder à outra pessoa na linha com...

— Hum, hum... Sei. Preciso de um carro.

Como é arrogante e convencido!

No mínimo, deve pensar que está abafando só porque me pegou dando uma espiadinha em seu documento. Tudo bem, estava olhando e daí?

Grande, mas porcaria!

Reviro os olhos em puro desgosto. É decepcionante... Todo o encantamento inicial desaparece depois que percebo, que ele é mais do mesmo. Errei feio confundindo o seu silêncio no café com educação. Pensei mesmo, que era um indicativo de que ele fugia à regra. O tão sonhado dez mais. O santo graal dos homens. Aquele cara diferente, que respeita as mulheres. Um tipo com o qual não sei lidar.

Com certeza ficou caladinho, porque tinha culpa no cartório.

Cretino.

— Pode mandar um carro me buscar? Um com bancos de couro. Vim de moto, mas não vou conseguir voltar nela... Sem perguntas! Só faça o que estou pedindo, porra! Mande a merda do carro!

Eitaaaa...

Que mimado!

Esse aí na minha frente, não é um cavalheiro... É um arrogante e gritalhão, isso

Um Amor de CEO - HerophineOnde histórias criam vida. Descubra agora