Hero
Sem boquete para mim é isto?
Que balde de água fria no meu pau.
Observo Josephine levantar-se. Desconsidero dar qualquer explicação sobre camisinhas. Na pressa, peguei as primeiras que encontrei. Estava tão excitado, que nem me toquei que eram as merdas que Khadijha gostava. — Limites? — foco no que me interessa.
— Sim, limites. — endireita o corpo e vai até o sofá. Senta-se, sem soltar a bolsa e as pastas.
Inferno! Como fomos daquilo para isto? Fico rabugento e começo a contar...
A sigo com certa dificuldade, mesmo tendo perdido boa parte do tesão ao lembrar de Khadijha, a coisa ainda está complicada para o meu lado. — Limites? — repito e fico em pé a sua frente, sentar é fisicamente impossível. Ela desvia o foco de minha virilha e se
concentra em meus olhos.
Estuda-me por alguns segundos. — Está parecendo um papagaio louco. — abro a boca para protestar, ela faz um gesto de silêncio, respiro fundo e me calo. — Desde sexta, tem agido como se fossemos um casal e isto me assusta.
— E não somos?
— Não.
— Somos o que, então?
— Eu sei lá. Amigos?
Preciso pensar... O caralho que vou voltar para o amigos, mesmo que seja com benefícios. Vou até o frigobar, algo gelado vai clarear as ideias. — Quer água? — ofereço, ela recusa e demoro-me em frente do refrigerador. Essa conversa e o ar gelado desviam o fluxo sanguíneo do me pau.
— Hero, desculpa, mas ...
— Tudo bem. — corto antes que diga o que não quero ouvir.
Ela precisa aceitar que camuflar sentimentos não é o meu forte. Foda-se a rapidez dos acontecimentos. Olho para Josephine que aguarda ansiosa. Droga! Para o inferno com o amigos! Somos um casal, porra! É tão simples: homem fode mulher, gosta muito, quer mais, quer tudo e outra não serve. Não tinha pensado nisto... Talvez precise deixar as coisas mais claras e dar um nome para isto. Tudo o que sei, é que desde que botei os olhos na Caipira, meu interesse é total nela. E agora que a senti, sei que não vai passar tão fácil. E se eu estiver a fim de rotular, qual é o problema?
Mais calmo, fecho o frigobar e sento-me ao seu lado.
— E se eu disser que quero algo mais.
— Eu diria que é muito cedo e impulsivo.
— Por quê?
— preocupo-me. — Não me diga que está em um momento aventureiro. — tento ser cuidadoso nas palavras.
— Se quer saber se estou em uma fase vadia, não estou. — olha brava e pontinhos vermelhos pipocam em seu pescoço.
Não digo nada e nem me arrependo de ter perguntado. Só respiro aliviado, era isso mesmo que eu queria saber. Tomo um longo gole de água e espero que continue. Ela disse que saiu de um relacionamento longo, talvez esteja fechada para balanço. Merda! Muita gente precisa de um tempo, depois de finais infelizes. Sinto muito, se é tempo que deseja, pode ir tirando o cavalinho da chuva. Não existe a menor possibilidade no mundo, de deixa-la em paz e desistir.
Um pouco mais corada que o normal, Josephine toma fôlego.
— Não sou uma aventureira, Hero. Talvez tenha entendido errado minha atitude.
Não tenho casos de uma noite e não me envolvo com homens apenas por sexo. Se deixei as coisas chegarem a este ponto entre nós, foi porque quis... Muito. Não deveria, mas eu gosto de você, é muito legal e fantástico na cama. E isto me assusta, não estava preparada para me interessar por alguém, não tão cedo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Amor de CEO - Herophine
RomanceAos 25 anos, Josephine Langford, uma mulher decidida e pavio curto, decide radicalizar. Ela rompe com tudo que a sufoca e parte para um recomeço. Uma nova cidade, uma nova casa e novos amigos... A alegre e colorida Vila Madalena é o cenário simple...