Hero
Até que enfim, porra! Aceitou!
— Mas com uma condição. — emenda rapidamente.
— Condição? — pergunto mais para mim. Estava demorando... Por que as mulheres têm sempre uma condição para tudo? Com elas é sempre: Sim, mas...
Ela balança a cabeça com entusiasmo. — Nós precisamos de um acordo de paz, tipo uma bandeira branca que estabeleça limites. Podemos nos tratar como colegas?
O quê? Limites? Que merda é essa de colega? Colegas eu tinha na quarta série!
Será que ela acha que estou dando em cima dela? Não a culpo por pensar isto, é muito
atraente e deve estar cansada de ouvir cantadas baratas de escritório. Posso até ter dado
umas conferidas indiscretas, não sou de ferro, mas não dei em cima de jeito nenhum.— Colegas?
— Sim como colegas amigos. Sabe como é. — fala toda séria.
Não, eu não sei como é!
Olho para ela que espera uma reação minha. Não sei o que dizer. Minhas amigas mulheres ou são da família ou comprometidas com meus amigos. As outras são amigas de foda. Mesmo Khadijha, foi uma amiga de foda com validade estendida, nada mais.
— Se pretendemos embarcar nesta juntos... — quebra o silêncio — Vamos ter que conviver um bocado, Senhor Fiennes. E para que isto seja civilizado, no mínimo devemos tentar nos comportar como amigos que se respeitam.
Piorou! Amigos que se respeitam? Vamos Cara, seja sincero com ela! Diga que isto é humanamente impossível de acontecer. Amigos não querem ver a coleguinha pelada e fazer “coisas” com ela. Não com Josephine ficando mais interessante e gostosa a cada segundo.
Não, definitivamente não.
Um sorriso doce se abre em seu rosto bonito. Maldição!
— Claro, amigos então. Mas me chame de Hero. — sorrio e ofereço a mão. Ela aceita e aperta animadamente a minha. Não consigo deixar de notar o quanto sua mão é pequena perto da minha. Tão macia e delicada.
Imbecil! Otário!
— Josephine.
Sorrio ainda sem acreditar na besteira que acabo de fazer. — Josephine. — repito seu nome olhando para seus lábios cheios e rosados, imaginando se é permitido beijo entre amigos que se respeitam. Só percebo que ainda seguro a mão dela quando dá uma forçadinha para se livrar do meu aperto. Liberto-a.
— Bom já deve ser bem tarde. — olha ressabiada. — Senhor Fiennes? Se importa de conversarmos sobre as planilhas amanhã?
— Tudo bem, mas me chame de Hero. — insisto.
— Vai ser difícil me acostumar com isto. — sorri quase tímida. Adorável. — Hero? — esforça -se e gosto do jeito que meu nome sai no seu sotaque do Sul. Apenas aceno para que continue, estou inconformado demais para falar alguma coisa... Amigos que se respeitam. Que merda! — Será que pode fazer um favor para mim?
Como não pensei nisto? Amigos se favorecem! Há uma esperança, amigos fazem várias coisas juntos. Saem, bebem, se divertem, passam a noite na vadiagem, às vezes, até se abraçam!
— Claro, precisa de uma carona? Está com fome, quer ir jantar?
— Nada disso. — interrompe — Não preciso de carona nem de janta, só queria deixar minhas anotações com você. É mais seguro. Pode guardá-las para mim?
Droga! — Claro, posso colocá-las no cofre.
— Isso seria bom.
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Um Amor de CEO - Herophine
RomanceAos 25 anos, Josephine Langford, uma mulher decidida e pavio curto, decide radicalizar. Ela rompe com tudo que a sufoca e parte para um recomeço. Uma nova cidade, uma nova casa e novos amigos... A alegre e colorida Vila Madalena é o cenário simple...