Capítulo 51

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Hero

N

/A: Para a felicidade de muitos Cap grande hojee!

— Mais uma dose. — grito para vencer o burburinho e a música que domina o ambiente.

— Melhor ir devagar, Senhor.

— Esquece este Senhor... Já está mais do que na hora de me chamar pelo nome, não acha?

Um copo cheio de whisky surge à minha frente. Entrego outra nota de cem reais ao barman. Em seguida, uma garrafa de cerveja desliza sobre o balcão e Mike a captura em um lance preciso.

— Fique com o troco. — rosno e viro a bebida de uma vez.

— Ok, como quiser. Apenas Hero a partir de agora. — Mike suspende a garrafa até a boca e toma um grande gole. — É melhor voltarmos para o hotel.

— Não. — olho para as mulheres que dançam seminuas em um palco ao lado do bar. As luzes vibrantes da boate tingem suas peles de cores multicoloridas, enquanto fazem acrobacias sensuais no pole dance. — Vim aqui para tirar aquela traidora do meu sistema e é exatamente isto que vou fazer. Preciso extravasar ou vou explodir.

Maldição!

Eu deveria ter desconfiado... Josephine era muito perfeita para ser verdade.

— Hero, eu já lhe disse. Se ao menos tivesse ficado até o final e escutado o que foi dito. — a voz de Mike assume um tom paciente e paternal. — A Senhorita Josephine pode ter omitido algumas coisas, mas isto não faz dela uma traidora. Porra, porque não tomou uma atitude? — exclama.

— Porque a respeito, caramba! — explodo.

— O quê?

— Josephine acha que sou muito impulsivo. — explico num sussurro constrangido. — Foi melhor termos ficado na nossa. Sentar naquela mesa, engolir o meu orgulho e ouvir aqueles dois, foi a melhor decisão. De outra forma eu jamais saberia da verdade.

A boca de Mike abre e fecha, mas nem uma palavra é dita. Estudo seu rosto surpreso por alguns segundos. Ele só pode estar de brincadeira comigo. Queria que eu fizesse o quê? Levantasse daquela merda de mesa, cutucasse ombro dela, exigindo explicações? Fico tentando e quero confessar que várias coisas passaram pela minha cabeça...

... Nocautear o babaca e arrastá-la pelos cabelos. Devorar cada centímetro dela, bem diante do Alemão, só para mostrar para o imbecil quem é que manda... Fazer um escândalo, quebrar a porra toda...

Mike continua boquiaberto... Seu silêncio me incomoda.

— Qual atitude? Vamos, fala, me diz! — provoco-o. — Sequestrá-la e obrigá-la a ficar comigo? — digo irônico, apesar disto também ter passado pela minha cabeça.

— Até que não seria uma má ideia. Às vezes, é preciso radicalizar... — Mike faz uma pausa. — Se quiser, ainda dá tempo...

É ainda dá tempo...

Minha mente começa a trabalhar... Éter, cordas, cativeiro, xingamentos, brigas, mágoas e horas implorando para que me escolha. Denúncias... Escândalos... Prisão.

Ah, não!

Não mesmo!

— De jeito nenhum! — digo agarrando-me ao bom senso. — Josephine odeia fazer as coisas por obrigação e detesta escândalos.

— Então mude de tática. Vá com calma, mas precisa conversar com ela e entender os seus motivos.

— Entender o quê? Aquele espetáculo no restaurante foi bastante esclarecedor, não acha? A Caipira pensa que sou um bosta, um ninguém. Além do mais, ela tem toda uma história com ele... Um casamento... Anos e anos. Nós temos o quê? Meses? Uns poucos momentos juntos? Um namoro que mal começou? Deve ser por isso que insistiu em ficar por aqui. Na certa, arrependeu-se de ter mudado para São Paulo, ela disse para mim que uma coisa iria mudar o rumo de tudo. Aposto que descobriu que ainda ama o babaca.

Um Amor de CEO - HerophineOnde histórias criam vida. Descubra agora