Josephine
— Fez eu me apaixonar por você, droga! — digo em um ímpeto indignado, seu rosto lindo ilumina-se e suas pupilas dilatam-se.
— Ôooo, minha Caipira. — sussurra. — Estamos empatados de novo.
Fecho os olhos, chocada pela confissão fora de hora e sua boca encosta na minha.
— Agora já era. Vamos só aproveitar. — murmura e um gemido involuntário vibra em minha garganta quando sua língua pede passagem.
Incapaz de dizer não, entreabro os lábios permitindo o acesso e entramos em um duelo sensual de línguas. Gemo pelo prazer de ser beijada tão sublimemente. Que delícia!
Sei que posso beijá-lo um milhão de vezes, que jamais vou deixar de me surpreender com sua capacidade de beijador, ele parece conhecer cada ângulo e truque capazes de me enlouquecer.
Um arrepio percorre minha coluna, o contraste dos painéis gelados de aço em minhas costas e o corpo quente de Hero esmagando-me, disparam calafrios e calores por minha pele. Tudo é tão contraditório e combina perfeitamente, com a raiva e o desejo que ele me desperta.
Em um momento, quero estapeá-lo, em outro, tudo o que desejo é rasgar suas roupas e tê-lo dentro de mim. A luxúria vence a fúria, esqueço onde estamos, levanto e enrosco minha perna em seu quadril. Esfrego-me em sua ereção na tentativa de aliviar o fogo entre minhas pernas. Ele grunhe e pressiona nossas virilhas com força. Beijo com tanta necessidade, que chega a doer.
Isso é novo.
Uma agonia brota, sufocando-me. Não consigo respirar. Perto dele, transformo-me nesta mulher faminta e irracional, totalmente vulnerável e entregue. E por mais que eu lute contra, já era... Ele infiltrou-se em todos os meus poros... Dominando-me.
Ofego em sua boca.
O beijo para e minha perna desce.
— O que foi?
— Nada, só precisava de ar. — omito meus pensamentos e ele sorri enigmático.
Seu braço estica em direção ao painel de controles e Hero aciona o botão de parar o elevador. Um baque e estacionamos entre o 18º e 19º andares. Ele tira o paletó, que vai parar no chão de mármore preto, afrouxa a gravata, e dobra as mangas da camisa expondo os antebraços, sem desgrudar os olhos dos meus. Seu peito sobe e desce, acelerando a cada nova respiração. O meu vai na mesma batida e meu coração dispara quando capto sua intenção.
Meu Deus, este homem só pensa em sexo?
Misericórdia!
— Nem pense nisto.
— Por que não?
— Porque, porque... — balbucio confusa.
Os argumentos me fogem... Sou distraída por seu cheiro, que paira no ar e por meu corpo, que arde implorando por mais de seu toque e droga! Eu também só consigo pensar em: sexo, sexo e sexo. Culpa dele por ser tão gostoso. Eu deveria estar satisfeita depois da manhã movimentada que tivemos, mas é só botar os olhos nele que me sobe um fogo que não é normal. Respiro fundo, apesar de louca de vontade, meu alarme apita: estamos em pleno expediente. Ficar de assanhamento é uma coisa, outra bem diferente, é partir para o finalmente...
Meleca!
Meu lado perverso revolta-se com esta Josephine, que insiste e racionalizar tudo e tentar se convencer que não faz este tipo de coisa... Minha cabeça da um nó.
Dane-se que estou no trabalho!!
Não!
Sim!
Não!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Amor de CEO - Herophine
RomanceAos 25 anos, Josephine Langford, uma mulher decidida e pavio curto, decide radicalizar. Ela rompe com tudo que a sufoca e parte para um recomeço. Uma nova cidade, uma nova casa e novos amigos... A alegre e colorida Vila Madalena é o cenário simple...