Capítulo 43

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Josephine

— Fez eu me apaixonar por você, droga! — digo em um ímpeto indignado, seu rosto lindo ilumina-se e suas pupilas dilatam-se.

— Ôooo, minha Caipira. — sussurra. — Estamos empatados de novo.

Fecho os olhos, chocada pela confissão fora de hora e sua boca encosta na minha.

— Agora já era. Vamos só aproveitar. — murmura e um gemido involuntário vibra em minha garganta quando sua língua pede passagem.

Incapaz de dizer não, entreabro os lábios permitindo o acesso e entramos em um duelo sensual de línguas. Gemo pelo prazer de ser beijada tão sublimemente. Que delícia!

Sei que posso beijá-lo um milhão de vezes, que jamais vou deixar de me surpreender com sua capacidade de beijador, ele parece conhecer cada ângulo e truque capazes de me enlouquecer.

Um arrepio percorre minha coluna, o contraste dos painéis gelados de aço em minhas costas e o corpo quente de Hero esmagando-me, disparam calafrios e calores por minha pele. Tudo é tão contraditório e combina perfeitamente, com a raiva e o desejo que ele me desperta.

Em um momento, quero estapeá-lo, em outro, tudo o que desejo é rasgar suas roupas e tê-lo dentro de mim. A luxúria vence a fúria, esqueço onde estamos, levanto e enrosco minha perna em seu quadril. Esfrego-me em sua ereção na tentativa de aliviar o fogo entre minhas pernas. Ele grunhe e pressiona nossas virilhas com força. Beijo com tanta necessidade, que chega a doer.

Isso é novo.

Uma agonia brota, sufocando-me. Não consigo respirar. Perto dele, transformo-me nesta mulher faminta e irracional, totalmente vulnerável e entregue. E por mais que eu lute contra, já era... Ele infiltrou-se em todos os meus poros... Dominando-me.

Ofego em sua boca.

O beijo para e minha perna desce.

— O que foi?

— Nada, só precisava de ar. — omito meus pensamentos e ele sorri enigmático.

Seu braço estica em direção ao painel de controles e Hero aciona o botão de parar o elevador. Um baque e estacionamos entre o 18º e 19º andares. Ele tira o paletó, que vai parar no chão de mármore preto, afrouxa a gravata, e dobra as mangas da camisa expondo os antebraços, sem desgrudar os olhos dos meus. Seu peito sobe e desce, acelerando a cada nova respiração. O meu vai na mesma batida e meu coração dispara quando capto sua intenção.

Meu Deus, este homem só pensa em sexo?

Misericórdia!

— Nem pense nisto.

— Por que não?

— Porque, porque... — balbucio confusa.

Os argumentos me fogem... Sou distraída por seu cheiro, que paira no ar e por meu corpo, que arde implorando por mais de seu toque e droga! Eu também só consigo pensar em: sexo, sexo e sexo. Culpa dele por ser tão gostoso. Eu deveria estar satisfeita depois da manhã movimentada que tivemos, mas é só botar os olhos nele que me sobe um fogo que não é normal. Respiro fundo, apesar de louca de vontade, meu alarme apita: estamos em pleno expediente. Ficar de assanhamento é uma coisa, outra bem diferente, é partir para o finalmente...

Meleca!

Meu lado perverso revolta-se com esta Josephine, que insiste e racionalizar tudo e tentar se convencer que não faz este tipo de coisa... Minha cabeça da um nó.

Dane-se que estou no trabalho!!

Não!

Sim!

Não!

Um Amor de CEO - HerophineOnde histórias criam vida. Descubra agora