Capítulo 75

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(Continuação...)

— Saudades.

Ai, caralho.

Saudades é bom, muito bom. Meu coração acelera... Desde quando, eu me tornei um bobo? Ajeito-me ficando de costas na cama trazendo-a para comigo. Nossas pernas entrelaçam e a lateral do peito de Josephine encosta no meu. — Ôoo, minha Caipira. — inclino a cabeça e esfrego meus lábios em sua boca inchada. — Senti sua falta a cada segundo. Voltei o mais rápido que eu pude, essa merda toda com a Thenka...

Seu nariz franze em um feixe de preocupação. — Porcaria, eu não queria que se prejudicasse. A conta da joalheria...

— Tá tudo certo, adiantei os compromissos e resolvi antes do previsto.

— Verdade? — seus olhos piscam.

— Hum, hum... A Fiennes vai fazer o projeto. — beijo-a rapidamente quase tão doce quanto o sorriso que me dá. — Vou mandar uma equipe para acertar os detalhes.

Ela me abraça mais apertado.

— Outra equipe? Pensei que este era o seu projeto e de Shane?

— Shhhh... Conversei com ele, nós concordamos que está mais no que na hora de desacelerar e delegar. Minhas prioridades são outras agora, preciso confiar no time que montei. — interrompo com mais um beijo suave. — Só relaxe, vamos deixar os detalhes chatos para amanhã, agora só quero cuidar de você. Por que não tomou banho?

As bochechas delicadas pegam fogo. — Por um acaso está insinuando que estou cheirando mal? — tenta se afastar, a agarro mais e gargalho.

Como pode pensar isso? Josephine é a mulher mais cheirosa que eu conheço.

— Claro que não, sua maluca. Só fiquei preocupado, nunca a vi dormir com as roupas de trabalho, é desconfortável.

Um Oh se forma em seus lábios. — Cheguei exausta, dormi mal nas ultimas noites. — seu tom diminuiu e sei que é por causa de Thenka. Não digo nada. — Hoje foi puxado lá na Fiennes.

Eu sei que foi, meu pai me contou como ficou impressionado com a competência de Josephine.

— Alguma novidade? — começo a desabotoar sua blusa e ela estremece.

Suas feições ficam nebulosas... Droga. Meu EU egoísta quer muito afundar o pau, no seu céu e acalmar essa sede de contato que tenho por ela. Fico de joelhos na cama, seus olhos recaem para o volume em minha boxer e voltam brilhantes para mim quando se ajeita de costas sobre as cobertas. Desabotoo lentamente a blusa e à medida que os botões se abrem, revelando um sutiã rendado branco e a barriga lisinha, ela fica tensa em uma respiração acelerada.

— Que foi? — quero perguntar, porque não está com o colar, mas resolvo deixar as cobranças para outra hora.

— A Thenka, foi sem querer... não fique bravo... — murmura receosa.

Impossível.

— Já estou bravo. Se algo pior tivesse acontecido, eu nem sei... — fecho os olhos exasperado.

— Ela estava fora de si. — os dedos de Josephine tateiam a minha barba.

— Não a proteja Josephine.

— Não estou protegendo. — interrompe com a voz apressada.

— Ainda estou digerindo que tenha me deixado de fora. — digo voltando para os últimos botões da blusa. — É difícil para mim, sinto-me culpado, porra.

Um Amor de CEO - HerophineOnde histórias criam vida. Descubra agora