Capítulo 90

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Josephine


(N/A: É hj que o bicho pega kkkk [Cap enorme pra vcs, aproveitem!!] Boa leitura!)

Meleca!

Cansei de ficar plantada.

Impaciente, pego a bolsinha prateada e levanto da mesa redonda reservada para a família Fiennes. Em meio à uma toalha de linho marfim até o chão, aos castiças, à louça com filamentos em ouro, aos copos de cristais e aos talheres de prata, os pais de Hero estão entretidos em uma conversa sobre netos com Thina e seu marido.

— Boneca, está deslumbrante demais para andar por aí sozinha. Quer que eu vá junto?

Sorrio para Nati, sentada ao lado de Shane. — Não precisa, é só uma voltinha. — olho intrigada para o primo do meu noivo, que não desgruda do celular. — Vou dar uma passadinha no banheiro. — cochicho discretamente.

Pergunto-me se Shane está carrancudo, por causa do paradeiro do primo, ou porque sabe que eu não engoli a sua história de reunião de última hora no gabinete do governador.

Nem poderia, não com o próprio, em carne e osso, passando ao nosso lado há dez minutos atrás

Vir ao Palácio do Governo sem ao menos checar no Google a cara do governador seria uma indelicadeza.

— Só não demore, a premiação acontece antes do jantar. O Hero é um dos primeiros a serem homenageados.

— Pode deixar, vou num pé e volto noutro.

Decidindo para que lado ir, giro os olhos pelo salão de gala decorado com exagerados arranjos de flores exóticas. Nem sinal de quem me interessa, só os convidados exalando riqueza e a poder, vestidos em seus trajes de gala, com joias reluzindo sob o reflexo da iluminação vinda de um monumental lustre de cristal descendo do teto.

Estou frustrada, de uma de Cinderela ao passar a tarde fantasiando com meu noivo no alto da escada, lindo em seu smoking, abrindo um sorriso sexy ao me ver. Tudo bem que a chuva que não permitiria uma cena de romance, mas poxa vida... Queria meu Anjo quando eu chegasse, nem que fosse espremido entre os convidados na tenda improvisada no desembarque dos carros.

Apertada de verdade, resolvo circular.

— Basta subir a escadaria ao fundo. É a terceira porta à direita.

Pergunto a um garçom onde fica o banheiro e atravesso o salão. Esforço-me para não tropeçar e manter a delicadeza em meus passos, a sandália com finas tiras de prata é tão alta, que me sinto uma torre, o que facilita na minha missão... Ache o Hero, mas me deixa mais em evidência do que gostaria. Sorrio para os acenos educados e fecho a cara para os olhares indiscretos em meu decote.

Levanto a barra do um vestido e graciosamente, para não escorregar, subo a ampla e adornada escadaria. Do alto, giro sobre os ombros e faço uma última checagem no salão e ainda nada de Hero aparecer. A frustração começa a dar lugar para a irritação. Ao entrar no corredor extenso alcanço o celular da bolsa e mando uma mensagem.

Procura-se um Anjo. Cadê você?

Por alguns instantes, fico parada no corredor vazio, agarrada ao celular na expectativa de uma resposta que não vem. Muito bem, Hero Fiennes. Meus olhos enchem d'água em sinal de que se eu não me apressar, o xixi vai sair ali mesmo. Localizo o toalhete sem dificuldade, desesperada entro na primeira cabine que encontro, fazendo um malabarismo para apoiar minha bolsa e o celular em uma micro prateleira e levantar o vestido em um espaço tão reduzido.

Aiii que alívio.

Mais relaxada, começo a me recompor... A porta do banheiro abre e ouço a tranca sendo girada.

Um Amor de CEO - HerophineOnde histórias criam vida. Descubra agora