Josephine
Eitaaaa. Lascou-se!
Corro e antes que possa me alcançar, tranco-me no banheiro.
— Josephine, abre isto aí!
— Dá um tempo, Hero Fiennes!
Encostada na porta, escuto uma ladainha de palavrões afastar-se do outro lado.
Respiro fundo na tentativa de colocar os pensamentos em ordem... Agora entendo como
Alice sentiu-se... Atravessei uma porta mágica e cai sem paraquedas em um mundo novo: maravilhoso, colorido, barulhento e imperfeitamente perfeito.
Que loucura!
Não me reconheço e perto dele, o meu controle vai para o espaço. Esse homem me bagunça toda provocando as reações mais inesperadas. Fico oscilando entre a simpatia, a raiva e ... Droga! ... O desejo.
Perigoso!
Hero me atrai como o Coelho e me endoidece como o Chapeleiro.
— Antes de conhecê-lo, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então...
Adapto a frase da minha heroína de infância e como Alice, já não tenho mais tanta certeza se quero encontrar uma saída. Ligo o chuveiro e entrego-me ás maravilhas termais do mundo fantástico do Senhor Fiennes.
Vinte minutos depois, estou revigorada. Embalada em um vestidinho envelope branco, de malha estampada com estrelinhas azuis, abro a porta.
— Caramba! Que susto!
Coloco a mão no peito para acalmar o coração que disparou.
Hero está parado com os braços apoiados no batente da porta do banheiro... Sorri e começa uma vistoria militar em meu corpo. Aproveito sua distração e faço o mesmo.
Hummm, está gostoso. A calça jeans desbotada, a camiseta preta e o cabelo molhado indicam que também tomou banho.
Coro quando vejo sua atenção voltar-se para os meus seios.
Desenvergonhado!
— Quer parar de olhar para os meus peitos? — rosno.
Ele desvia o olhar na hora e o sorriso sacana que me dá, sem nenhum arrependimento, faz meu lado de menina má querer arrancar a roupa e mostrar tudo de uma vez.
Josephine, não! Nem pense nisto!
Respiro fundo e puxo o decote na tentativa de me tampar ou me conter.
— Desculpe, mas eles são ...
— Nem termine a frase, seu tarado. — interrompo.
Ele ri.
— Pode me explicar por que tanta raivinha?
É claro que não posso explicar. O que vou dizer? Que fui tomada por uma onda de ciúmes quase adolescente? Que me deu raiva pensar nele com outra mulher? Já basta o mico de ter sido pega enroscada nele. Recuso-me a responder e tento virar o jogo.
— Não acredito que ficou aí de cão de guarda. Tem visitas, sabia?
— Eles sabem se virar. — coça a barba e eu gosto quando faz isto. — Vai desembucha!
Que insistente!
— Não.
Em um movimento rápido, passo como um raio por baixo do seu braço, largo a maleta no chão e vou em direção a porta do quarto. Ops! Sou brecada quando ele segura minha mão.
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Um Amor de CEO - Herophine
RomanceAos 25 anos, Josephine Langford, uma mulher decidida e pavio curto, decide radicalizar. Ela rompe com tudo que a sufoca e parte para um recomeço. Uma nova cidade, uma nova casa e novos amigos... A alegre e colorida Vila Madalena é o cenário simple...