Capítulo 71

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N/A: Um cap pós Enem pra ver se anima, pq ô prova viu, Deus é mais, só foi pra testar o juízo 'duzoto.🤦🏻‍♀️

— Seigneur Fiennes. — grita o assistente do inspetor da porta de seu gabinete.

Eu me levanto de um salto da cadeira desconfortável que estou ocupando há quase oito horas. Mike faz o mesmo, apressados, atravessamos o corredor cinzento e mal iluminado, e entramos na sala do homem que pretende não extraditar.

— Sentem-se, s'il vous plaît. — indica outras duas cadeiras desconfortáveis para nos sentarmos. — Só preciso fazer um último telefonema.

Olho desolado paras as cadeiras em frente da mesa do homem alto, magro e com um bigode fino e engraçado, que está confortavelmente instalado em uma poltrona macia de couro. Só pode ser de propósito, como um método disfarçado de tortura. Quero dizer não obrigado, minha bunda já está quadrada e doendo, mas não acho que esteja em uma posição favorável para isso. Até segunda ordem, estamos detidos aqui como suspeitos de terrorismo.

Sentamos, a ligação parece que vai demorar. O policial me observa enquanto fala... fala... fala... Mantenho meu rosto impassível, mas minhas pernas balançam fortemente, estou nervoso e impaciente. Tudo o que eu não preciso é de um escândalo.

Antes não tivessem localizado nossas pastas roubadas. Toda a cordialidade francesa evaporou no segundo que encontrarem as duas Taurus 380 automáticas de Mike e entramos em uma interminável lista de não interessa que: Não há nada sobre nós em nenhum arquivo terrorista.

Que entramos de forma legal no país.

As Taurus são registradas e foram declarada na alfândega.

Que a Fiennes possui vários negócios na cidade.

Que no único telefonema nos foi permitido, chamamos nossos advogados da Fiennes sede Paris.

Que estes mesmos advogados apresentaram comprovante de moradia fixa em Paris e um contrato social da empresa no qual apareço como o CEO da porra toda.

Resumindo, deram uma merda para a reputação construída por minha família...

Tudo que ele sabe é que o Brasil é o pais dos corruptos e do 7x1 da Alemanha, em uma Copa também marcada pelas suspeitas de corrupção. E na cabeça do inspetor, entre corruptos e terroristas a diferença é nenhuma. Os dois prejudicam a nação e o povo de bem.

Belo ponto.

Mas, totalmente equivocado. Sou um entusiasta de todas as medidas preventivas contra o terrorismo. Porém, não se pode taxar povo inteiro por conta da má conduta de alguns. Colocar todo mundo no mesmo balaio, sem provas, é crime de preconceito.

Seu primeiro erro, me julgar como igual.

Acontece que não sou corrupto, não faço conchavos e muito menos distribuo favores. Foda-se que somos a terceira maior fortuna mundial e o sonho do inspetor é ter uma casa de veraneio da Florença.

Seu segundo erro, me subestimar.

Por maior que seja a minha angústia para falar com a Caipira, sou teimoso o suficiente para sofrer calado, com um sorriso no rosto, mesmo com a bunda em frangalhos. Espero mais dez horas se for preciso, até o inspetor localizar o cônsul brasileiro que está se bronzeando em alguma dessas praias chiques do litoral europeu.

— Parece que houve um engano. — o inspetor diz ao desligar. — O cônsul confirmou que é amigo pessoal da sua família.

— E? — digo seco.

Um Amor de CEO - HerophineOnde histórias criam vida. Descubra agora