Capítulo 39

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Josephine 

Bato meu cotovelo na parede ao tentar uma manobra para alcançar o shampoo.

— Ai, Ai. Cuidado! Falei que este troço de banho juntos não ia dar certo! Este box é muito apertado!

— Deste jeito que é bom, Caipira chata. Estou adorando me enroscar em você assim, toda lambuzada e macia. Mas se quiser, eu topo um banho de banheira.

Olho para a banheira antiga. Linda e imaculada, bem abaixo de uma grande janela, ladeada por uma fina e frágil cortina de voal branca que coloquei para obstruir a visão da rua e garantir um pouco de privacidade. Como um toque de decoração, ao lado dela no chão, um grande jarro de cerâmica branca com margaridas: lindas, intactas e quero que continuem assim.

— Não, o chuveiro está perfeito. — digo em defesa da minha decoração delicada.

— Hero Fiennes, acho que o senhor é um esfregador compulsivo! Deus do Céu! Tem certeza que estava dormindo mesmo? É sonâmbulo, por um acaso? Aquele esfrega-esfrega na madrugada, foi suspeito.

Hero gargalha parecendo super feliz e à vontade.

— Em coma profundo. — brinca e insiste em ensaboar minhas costas.

Ontem fiquei surpresa, mal escovamos os dentes e fomos para a cama, Hero aconchegou-me em seus braços, trocou meia dúzia de palavras e caiu em um sono tranquilo.

Antes de eu mesma adormecer, fiquei uns bons minutos dmirando-o e meu coração palpitou toda vez que olhava para ele, devorando cada detalhe de seu rosto sereno, na tentativa de memorizar tudo.

Meleca!

Ele é tão bonito que chega a ser inacreditável.

Quanto ao esfrega-esfrega não estou reclamando, achei muito bom na verdade.

Gosto desta coisa de dormir agarradinha e ter contato com ele, me faz bem. Ao mesmo tempo que me atiça, acalenta uma região carente do meu coração. Marcou-me, a forma doce e protetora com a qual me acalmou na noite em que tive o pesadelo. Minha mente passou a associar Hero à segurança. E, nesses dias em que dormimos juntos, meu sono foi tranquilo e despreocupado.

Rendo-me, deixo que me abrace por trás e me provoque com seu jeito indecente de mexer os quadris. Estranhamente, não fiquei constrangida quando invadiu o banheiro como veio ao mundo e aboletou-se embaixo do chuveiro comigo. A presença dele, em uma situação tão intima, é surreal, não constrangedora.

— Anormal seria não me esfregar. — provoca mais um pouco. — E para o seu governo, nunca dormi tão bem... A culpa é tua por me fazer ter sonhos sacanas, Caipira. — deposita uma sequência de beijos sugestivos em meu ombro. — Eu era um anjo e você me corrompeu. — gargalhamos juntos desta vez.

É um cara de pau este meu anjo devasso.

— Agora prepare-se, porque pretendo tornar aqueles sonhos bem reais... O que acha de esquentarmos as coisas um pouquinho? — suas mãos ensaboadas circundam minha cintura e me contorço ao constatar a força de sua determinação cutucando minhas costas.

Meu coração palpita e meus hormônios não tem nenhuma intenção de resistir a ele.

Não com os nossos corpos nus se encaixando tão bem desta maneira.

Sua proposta indecente faz meus pensamentos fervilharem e me excito quando movimenta seu corpo sugestivamente contra o meu. — É... Esquentar as coisas pode ser uma boa ideia. — sutilmente, provoco-o inclinando o quadril.

Suas mãos descem por minha barriga deixando uma trilha de sensações prazerosas.

— Tem certeza que não passa horas malhando? Teu corpo é incrível.

Um Amor de CEO - HerophineOnde histórias criam vida. Descubra agora