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*As bochechas de Vinnie ficam vermelhas. Seus lábios se abrem num sorriso nervoso, enquanto o encaro em silêncio por um minuto.
Em seguida praticamente pulo em cima dele na poltrona. Quase o derrubo, mas por sorte, ele é forte o suficiente para impedir nossa queda. Dou um abraço bem apertado nele, fazendo-o tossir, e relaxo um pouco os braços*

-É... é simplesmente perfeito.
*dou um gritinho*
-Obrigada. É muito lindo, simplesmente incrível.
*Grudo a testa na dele*

-Não é nada... sério.
*ele afirma timidamente, até que Maria, sentada ali perto, da uma tossida forcada. Saio imediatamente de seu colo. Por um momento, esqueci que não estamos sozinhos em casa*

-Desculpa!
*digo a ela e volto para o meu lugar no sofá*

*Ela abre um sorriso*
-Não precisa se desculpar, querida.

*Coloco a pulseira e balanço o braço de leve, sacudindo os pingentes. Nunca ganhei nada assim antes. Pensei que o e-reader tinha sido o melhor presente do mundo, mas Vinnie conseguiu se superar mesmo com essa pulseira.
Fico olhando a pulseira por mais alguns segundos antes de perceber que tanto Vinnie como Maria estão me observando. Na mesma hora, fico de pé e começo a recolher os papéis de embrulho*

*Com uma risada, Maria pergunta:
-Muito bem, minha senhora e meu senhor, o que podemos fazer hoje?

-Eu vou tirar um cochilo.
*Vinnie responde, e ela revira os olhos*

-Um cochilo? Assim tão cedo? No Natal?
*ela zomba*

-Pela décima vez, ainda não é Natal.
*ele retruca de um jeito meio áspero, mas em seguida sorri*

-Você é muito irritante.
*ela repreende, dando-lhe um tapa no braço*

-Muito.
*eu concordo com ela, que cai na risada, e quando Vinnie revira os olhos*

*Estou me sentindo ainda pior por não comprar um presente para Vinnie. Queria que o shopping estivesse aberto hoje... Não tenho ideia do que comprar, mas qualquer coisa seria melhor do que nada. Olho para a pulseira de novo e passo o dedo sobre o pingente da rosa. Ainda não consigo acreditar que ele me deu um pingente para combinar com a sua tatuagem*

-Já terminou?

*Dou um pulo de surpresa com o som e as cócegas que sinto na orelha. Viro o rosto e dou um tapa em Vinnie*
-Que susto!

-Desculpa, amor.
*diz ele em meio às risadas. Meu coração dispara com a palavra "amor". Não é muito a cara dele dizer isso, mas essa palavra saiu com tanta tranquilidade.
Ele encosta em meu pescoço e passa os braços em volta da minha cintura*
-Vem tirar um cochilo comigo?

*Fico de frente para ele*
-Não. Vou fazer companhia à sua mãe. Mas...
*acrescento com um sorriso*
-vou botar você na cama.

*Vinnie revira os olhos, mas me leva para o nosso quarto. Ele tira a camiseta e deixa cair no chão. Ao notar meus olhos passeando pelas suas tatuagens, ele sorri para mim*
-Você gostou mesmo da pulseira?
*ele pergunta, no caminho até a cama. Então joga as almofadas decorativas no chão, e eu as recolho*

-Bagunceiro!
*reclamo. Guardo as almofadas e a camiseta de Vinnie na cômoda, antes de pegar meu e-reader e deitar ao lado dele da cama*
-Mas, respondendo à sua pergunta, adorei a pulseira. É perfeita, Vinnie. Por que não disse que o presente era seu?

*Ele me puxa para junto de si e coloca minha cabeça em seu peito*
-Porque eu sabia que você já estava se sentindo mal por não ter comprado nada para mim.
*Ele solta uma risada*
-E que ia se sentir ainda pior depois do meu presente incrível.

Maybe I don't hate you Onde histórias criam vida. Descubra agora