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*No dia seguinte, o clima está ótimo. Quando chego à Hank, Jenyfer está sentada à mesa, e sorri para mim quando pego meu donut e um café, como sempre faço*
-Não vi você voltando ontem. Acabei dormindo.
*digo a ela*

-Eu sei, o Smith também estava dormindo. Obrigada de novo.
*ela diz, e seu telefone toca*

*Mergulho no trabalho, e o horário do almoço chega depressa. Depois de vários manuscritos chatos, começo a ler um que está me chamando a atenção, e como bem rápido para poder voltar para terminar. O resto do dia passa em um piscar de olhos, porque me desligo do mundo e me envolvo por completo na leitura, cujo final é incrivelmente triste.
Com lágrimas escorrendo pelo rosto, vou embora para casa. Não falei com o Vinnie nenhuma vez desde que o deixei dormindo e bravo na cama, e não consigo parar de pensar no que ele falou ontem à noite*

*Preciso esquecer as ruminações. Não gosto de pensar demais em tudo, mas não consigo evitar. Eu sou assim, e agora só consigo pensar que Vinnie e eu não temos futuro. Por outro lado, preciso fazer algo para não ficar obcecada com isso. Ele é quem é, e não quer se casar nem ter filhos.
Talvez eu devesse telefonar para a Addison depois, já que Vinnie e Noah vão ao jogo de hóquei... Nossa! Espero que tudo dê certo*

*Quando chego ao apartamento, encontro Vinnie lendo no quarto*
-Oi, delícia. Como foi seu dia?
*ele pergunta quando entro*

-Acho que foi bom.

-O que foi?
*Vinnie olha para mim*

-O manuscrito que li hoje era muito triste, incrível, mas arrasador.
*explico, tentando não me emocionar de novo*

-Ah, deve ser bom mesmo, para você ainda estar emocionada.
*Ele sorri. Eu sento ao lado dele na cama e Vinnie segura minha camisa e me puxa para encostar a cabeça em seu ombro*
-Minha menina sensível.
*Ele sobe e desce os dedos pelas minhas costas, e o modo com que diz isso faz meu coração acelerar*

-Você foi para a aula hoje?
*pergunto*

-Não. Cuidar do mini-humano acabou comigo.

-"Cuidar" significa assistir TV com ele?

-Mesmo assim, fiz mais do que você.
*ele ri*

-Então você gostou dele?
*Não sei bem por que estou perguntando isso*

-Não... bom, ele não é das crianças mais irritantes, mas não pretendo mais ter que cuidar dele num futuro próximo.
*Ele sorri e eu reviro os olhos. Em um segundo, eu tive esperança que ele mudasse de ideia*

-Está pronto para o jogo?

-Não, já disse a ele que não vou.

-Vinnie! Você precisa ir.
*grito*

-Estou brincando... ele vai chegar daqui a pouco. Você me paga por essa merda, Lizz.
*Vinnie reclama*

-Mas você gosta de hóquei, e o Noah é boa companhia.

-Não tão boa quanto você.
*Ele beija meu rosto*

-Você está de bom humor para alguém que age como se estivesse sendo levado ao abatedouro.

-Se as coisas derem errado, o abatido não vou ser eu.

-É melhor você ser legal com o Noah hoje.
*aviso a ele. Ele ergue as mãos fingindo inocência, mas sei como as coisas são. Ouvimos uma batida na porta, mas Vinnie não se mexe*

-Ele é seu amigo, abre a porta você.
*ele diz*

*Olho feio para ele*
-Ele também era seu amigo!
*resmungo, mas saio para abrir a porta*

Maybe I don't hate you Onde histórias criam vida. Descubra agora