Maybe I don't hate you

98:

VINNIE

-Sério? Sério mesmo?
*pergunto, erguendo as mãos de forma dramática. Liza abre a boca, mas as palavras não saem, e ela olha para o babaca do Nick e de volta para mim.
Que merda, Liza. A raiva flui pelo meu corpo, e começo a imaginar várias maneiras de arrebentar esse cara*

-Obrigado pelo almoço, Liza. Vejo você mais tarde.
*Nick diz com calma, antes de se retirar*

*Quando olho para Jenyfer, ela balança a cabeça em sinal de desaprovação antes de pegar uma pasta da mesa e nos deixar sozinhos. Liza lança um olhar de súplica para a amiga, e eu quase dou risada*

-Foi só um almoço, Vinnie.
*Ela se defende e sai andando para sua sala*
-Posso almoçar com quem quiser. Então nem começa.
*avisa*

*Assim que entramos, fecho a porta e passo a chave*
-Você sabe o que penso dele.
*Eu me inclino contra a parede*

-Você precisa falar mais baixo. Aqui é o meu trabalho.
*ela diz. Cerro os dentes e encaro minha menina teimosa*
-O que você está fazendo aqui?
*ela pergunta e senta em sua cadeira atrás da mesa*

-Vim levar você para almoçar, para não ter que sair na neve.
*digo*
-Mas parece que você sabe muito bem se virar com outros.

-Não foi nada de mais. A gente foi comer e voltou. Você precisa controlar esse ciúme.

-Não é ciúme.
*Claro que é ciúme. E medo. Mas não vou admitir isso*

-Somos amigos, Vinnie. Para com isso e vem cá.

-Não.
*resmungo*

-Por favor?
*ela pede, e eu reviro os olhos diante da minha falta de autocontrole enquanto caminho até ela. Liza se apoia na mesa e me puxa para ficar de pé na frente dela*
-Só quero você, Vinnie. Eu te amo e não quero ficar com mais ninguém.
*Ela me olha com tanta intensidade que eu desvio o olhar*
-É uma pena que não goste dele, mas você não pode me dizer de quem eu posso ser amiga.
*Quando ela sorri para mim, tento manter a raiva, mas o sentimento lentamente começa a desaparecer. Caralho, ela é boa nisso*

-Não suporto aquele cara.

-Ele é inofensivo. De verdade. Além do mais, vai se mudar para San Diego em março.

*Sinto o gelo correr em minhas veias, mas tento me manter neutro*
-Ah, é?
*Claro que o babaca do Nick vai se mudar para San Diego: o lugar em que Liza quer morar. O lugar em que nunca vou morar. Será que ela pensou em ir com ele? Não, ela não faria isso. Será?
Porra, não sei*

-É, então ele vai estar bem longe. Por favor, para de implicar com ele.
*Ela aperta minhas mãos*

*Olho para ela*
-Tá. Merda, tudo bem. Vou parar.
*Suspiro. Não acredito que não vou fazer nada com o cara que tentou beijar Liza*

-Obrigada. Eu te amo muito.
*ela diz, com os olhos fitando os meus*

-Ainda estou bravo com ele por tentar seduzir você. E com você por não me ouvir.

-Eu sei, agora fica quieto...
*Liza morde o lábio inferior*
-Posso te relaxar?
*ela pergunta, com a voz trêmula*
-Eu... Eu quero mostrar que amo só você.
*Suas bochechas ficam profundamente vermelhas, e ela leva as mãos à minha cintura, ficando na ponta dos pés para me beijar*

*Estou confuso, com raiva e incrivelmente excitado. Liza lambe o lábio inferior. Solto um gemido na mesma hora e a ponho sobre a mesa. Suas mãos trêmulas se atrapalham com o meu cinto de novo, mas dessa vez consegue abri-lo. Levanto sua saia ridiculamente longa até o alto da coxa, grato por ela não estar de calça hoje*