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LIZA

*Estou demorando muito para me arrumar, e já deve estar na hora de sair. Talvez uma parte de mim esteja enrolando, apreensiva com o que vai acontecer durante o dia. Espero que Vinnie se comporte, ou pelo menos tente. Opto por uma maquiagem simples, só um pouquinho de base, delineador e rímel*

-Você morreu aí dentro?
*Vinnie pergunta pela porta*

-Estou quase terminando.
*respondo e escovo os dentes*

-Vou tomar um banho rápido, mas depois a gente tem que sair se você quiser chegar lá na hora.
*Vinnie diz quando abro a porta*

-Tá bom, tá bom, vou me vestir enquanto você toma banho.

*Ele desaparece no banheiro, e vou para o closet e pego o vestido verde-escuro que comprei para usar hoje. O tecido é grosso, e o decote é alto.
Escolho um salto baixo preto e visto o casaco branco sobre o vestido no mesmo instante em que Vinnie abre a porta só com uma toalha amarrada na cintura.
Nossa. Não importa quantas vezes o veja, ainda fico sem fôlego. Olhando para o corpo seminu de Vinnie, não consigo entender por que nunca gostei de tatuagens antes*

-Caramba.
*ele diz, me observando de cima a baixo*

-O quê? Qual o problema?
*Olho para baixo para ver o que há de errado*

-Você parece... incrivelmente inocente.

-E isso é bom ou ruim? É Natal, não queria parecer indecente.
*De uma hora para outra, me sinto insegura sobre minha roupa*

-Ah, é bom. Muito bom.
*Ele passa a língua pelo lábio inferior, e eu finalmente entendo, ficando vermelha e desviando o olhar, antes de começar uma coisa que não vamos poder terminar. Não agora, pelo menos*

-Obrigada. Vou ficar com a sua mãe enquanto se veste.
*grito do quarto, me esforçando para não olhar para o seu corpo assim que ele solta a toalha no chão*

-Como quiser.
*Ele sorri, e vou para a sala*

*Pouco tempo depois, Vinnie entra já sala*
-Prontas?
*ele pergunta. Ainda está com o cabelo molhado, mas de alguma forma perfeito. Está todo de preto*

*Ficamos todos em silêncio durante o trajeto de carro, até mesmo Maria. Sei que está ansiosa, e como não entender? Eu também ficaria incrivelmente nervosa. Quando enfim chegamos e estacionamos, ouço Maria suspirar*
-Esta é a casa dele?

-Pois é. Falei que era grande.
*Vinnie diz e desliga o carro*

-Não achei que fosse tão grande.
*ela comenta baixinho.

*Enquanto subimos os degraus que levam à casa, vejo a apreensão no rosto de Vinnie. Seguro sua mão para tentar acalmá-lo, e ele olha para mim com um sorriso discreto, mas perceptível. Ele não toca a campainha, simplesmente abre a porta e entra.
Karen está de pé na sala de estar com um sorriso radiante e acolhedor, tão contagiante que imediatamente me sinto um pouco melhor*

-Obrigada por terem vindo.
*Karen agradece, aproximando-se de Maria, ciente que Vinnie não é de fazer apresentações*
-Oi, Maria, sou a Karen.
*ela diz e lhe estende a mão*
-Que bom conhecer você. Fico muito feliz que tenha vindo.
*Karen parece completamente calma, mas já a conheço bem o suficiente para saber que não é o caso*

Maybe I don't hate you Onde histórias criam vida. Descubra agora