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VINNIE

*Meu telefone vibra na mesinha de centro pela quinta vez nos últimos dois minutos. Resolvo atender*
"O que você quer, caralho?"
*eu rosno ao telefone*

"É..."

"Fala logo, Faith, eu não tenho tempo para as suas bobagens."

"É sobre a Liza."

*Fico de pé, e o diário cai no chão. Meu sangue gela*
"Que conversa é essa?"

"Ela... Então, não quero que você surte, mas a Dixie pôs uma coisa na bebida dela, e o Griffin está..."

"Onde você está?"

"Na fraternidade."
*Antes que ela termine a frase, eu desligo o telefone, pego a chave do carro e saio correndo do apartamento. Meu coração fica disparado durante todo o trajeto*

*Dixie deu alguma coisa para Liza... Que porra ela tem na cabeça? E Griffin... o filho da puta do Griffin é um homem morto se tiver encostado um dedo nela.
Atravesso todos os sinais vermelhos no caminho e ignoro as luzes dos flashes que me garantem que vou receber um monte de multas em breve.
Quando chego na fraternidade, a sala está lotada de idiotas bêbados, como sempre, enquanto abro caminho aos empurrões em busca de Liza.
Minhas mãos agarram Tayler pelo colarinho assim que o vejo, e eu o jogo contra a parede sem pensar duas vezes*

-Onde ela está?

-Não sei! Não vi.
*ele berra, e eu afrouxo a pegada*

-Cadê a Dixie, caralho?
*pergunto*

-Está lá no quintal, eu acho... Pelo menos estava agora há pouco.

*Eu o solto com um empurrão, e ele fica me encarando. Saio para o quintal em pânico. Vejo Dixie na escuridão, e não penso duas vezes antes de
puxá-la pela gola da jaqueta de couro até levantá-la do chão. Ela começa a golpear com os braços para trás*
-Que porra é essa?

-Onde ela está?
*pergunto com um grunhido, sem soltar sua jaqueta*

-Não sei... você é quem tem que saber.
*ela responde, e eu a viro para encará-la*

-Cadê a Liza, caralho?

-Você não vai fazer nada contra mim.

-Eu não acreditaria nisso se fosse você. Me diz onde está a Liza, porra... agora!
*eu grito*

*Dixie faz uma careta, e sua pose de durona se desfaz por um momento antes de ela sacudir a cabeça*
-Não sei onde ela está, mas já deve estar desmaiada agora.

-Você é uma vadia escrota e doente. Se eu fosse você, desapareceria daqui antes de eu encontrar a Liza. Assim que eu tiver certeza de que ela está bem, nada vai me impedir de vir atrás de você!
*Por um momento, chego a considerar a ideia de bater em Dixie, mas sei que não posso fazer isso. Nem consigo imaginar a reação de Liza se eu batesse em uma mulher, mesmo uma tão maligna quanto Dixie*

*Viro as costas e vou lá para dentro. Vejo Griffin no alto da escada, e saio correndo escada acima, saltando dois degraus por vez. Griffin só me vê quando eu pulo sobre ele e o jogo no chão, derrubando outras duas pessoas no caminho. Eu o imobilizo sob meu corpo, fechando minhas mãos em torno de sua garganta. Aqui vamos nós de novo*

-Cadê a Liza, caralho?
*Eu aperto com mais força. O rosto de Griffin já está ficando vermelho, e ele faz um som patético de quem está engasgando em vez de responder. Eu aperto ainda mais os dedos*
-Se você tiver feito alguma coisa com ela, eu vou acabar com a sua raça.
*ameaço. Griffin começa a espernear, o rosto dele está ficando roxo*
-Já está pronto para falar?
*pergunto. Ele faz que sim com a cabeça em um movimento frenético*

Maybe I don't hate you Onde histórias criam vida. Descubra agora