Capítulo 4

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GIZELLY

Despertei logo cedo com o galo cantando. Cada detalhe dessa fazenda me fazia sorrir nostálgica. Me espreguicei e logo peguei em meu telefone celular. A primeira coisa que fiz foi colocar o despertador para às dez horas e quarenta minutos. Eu não queria esquecer de ir até a escola de Rafaella novamente.

Após meu banho matinal e minha higiene pessoal, desci encontrando Bianca já na mesa do café. Fazia pouco tempo que o sol havia raiado, e aquele cheirinho de café fresco me fez suspirar de olhos fechados.

- Bom dia, mana!- Bianca tirou-me de meus devaneios. - Pronta para encarar a vida no Campo?-

- Prontíssima!- Respondi em ironia.
- E você, pronta para a vida na Cidade grande?-

- Eu? Nunca será.-

- Pois é...- Fiz uma expressão óbvia. Bianca e eu éramos muito diferente. Nenhuma das duas estaria preparadas para a vida uma da outra.

Terminamos nosso café da manhã tempos depois e antes de seguirmos para a estufa, Mariana acordou, nos encontrando ainda na mesa.

- E aí, pessoas?! Bom dia!-

- Bom dia, cunhada!-

- Bom dia, meu amor! Estamos indo ta?! Senta e aproveita o café da manhã.- Ela assentiu para Bianca e nos despedimos.

Já estávamos com nossas roupas adequadas para trabalhar nas hortas e plantações, gados e afins. Antes de irmos para a estufa, passamos nos pastos para certificar-mos de que tudo estava em ordem. Bianca orientou os meninos nos afazeres e avisou que ela iria levar o gado para beber água antes mesmo do almoço, como ela sempre fazia. Depois de tudo feito, fomos para o estábulo. Felipe cuidava dos cavalos, ele alimentava todos e equipava dois deles para que os peões fossem a Cidade.

- Alguma dúvida no que eu pedi, Lucas?- Bianca perguntou para o mesmo.

- Não senhora! Trago tudo conforme a patroa pediu.-

- Bom dia!- Petrix chegou por trás, chamando nossa atenção.

- Bom dia!- Respondemos em uníssono.

Bianca terminou de passar todas as suas coordenadas e seguimos, finalmente, para a estufa. Quando chegamos, fiquei admirada com o tamanho das plantações, externo e interno. Verduras, legumes e algumas frutas. Coisa que na época de meu pai e meu avô, não tinha.

- Isso tudo foi você?- Perguntei impressionada.

- Sim! Esse aqui eu plantei por esses dias, mas já da pra ver o crescimento.- Ela apontava para um pé que ainda não havia crescido, porém, já víamos algumas folhas bem pequenas em evidências.

- É pé de que?-

- Cana. Também tem o milharal que eu te mostro depois.-

- Fico muito feliz por você estar se dedicando a tudo isso, mana. Vovô e o papai iam ficar orgulhosos.-

- Iam né? Mais ainda o vovô né?! Ele era apaixonado.- Falou e eu concordei. - Agora, o papai ficaria orgulhoso você.- Disse, agora, me cutucando.

- Pelo menos um de cada sentiria orgulho.- Falei e caímos na risada.

O início da manhã foi toda na estufa. Colhemos e plantamos muitas coisas. Até que era gostoso, e uma coisa ela tinha razão, nossos problemas eram esquecidos quando estamos em contado com a natureza. Por alguns momentos a vi conversando com as flores e isso me fazia sorrir ameno. Se não fosse os projetos de nosso pai na Cidade grande, eu com certeza estaria aqui com ela. Apesar de mais nova eu ter odiado essa vida de fazendeiros.

A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora