Capítulo 113

2K 148 30
                                    

RAFAELLA

Acordei no dia seguinte com uma dor de cabeça terrível. Gizelly já não estava mais no quarto e o mesmo estava escuro. Porém lá fora, o dia estava ensolarado. Após alguns minutos ainda deitada na intenção de acostumar meus olhos com a claridade do abajur, peguei em meu telefone celular vendo as horas. Levei um susto com quão tarde estava.

Levantei e tomei um banho para despertar e mandar a ressaca ir embora. Vesti uma bermuda jeans e uma blusa fresca, tomei um analgésico para dor e após ter penteado meus cabelos, deixando-os soltos e úmidos, desliguei o ar do quarto e abri a vidraça da sacada deixando a claridade solar entrar. Em seguida, arrumei a cama e saí pra onde a bagunça acontecia.

Encontrei Gizelly no sofá com Theo em seu colo e a mamadeira, Mari jogada no sofá como se estivesse sem vida. Sofia na sacada com as batucadas dela e Chris acompanhando-a enquanto brincavam. Bianca, porém, colocando a mesa para o almoço.

- Boa tarde, gente!- As cumprimentei e logo me sentei no sofá vago.

- Quase virou noite à dentro.- Gizelly chamou minha atenção. O que fez Mari e Bia rir.

- Desculpa gente! E você devia ter me acordado.- A repreendi e ela deu de ombros, se levantando com nosso filho e a mamadeira vazia.

- Liga não cunha, também acabei de acordar.- Mari respondeu indo socorrer o filho que chorava.

Levantei em seguida indo em direção a cozinha onde Gizelly lavava a mamadeira do bebê. O peguei de seu colo e então reparei que ele estava de banho tomado e arrumado.

- Ivy vem pegar ele. Vai sair com ela e Clara, tudo bem?- Gizelly disse respondendo minha pergunta silenciosa.

- Ok, mas onde vão?-

- Acho que vão almoçar na mãe da Clara. E mais tarde ela quer levar ele no shopping.-

- Arrumou a bolsa com as coisinhas dele?-

- Sim! Três mudas de roupas, fraudas, lenço, talco, pomada, sabonete, perfume... Mais o quê?-

- Fraudinha de pano?!-

- Sim!-

- Remédio de dor e febre?!-

- Esse não, vou lá pôr.-

Ela seguiu para o quarto e eu voltei na sala enchendo meu bebê de beijos e cheiros. Apesar de Theo ter só três meses, ela era bastante independente. Até mais que Sofia em sua idade. Porém, ainda depende do peito. No entanto também, se dar super bem com as fórmulas que temos em casa. Meu coração se apertou quando Gizelly disse que ele iria passar o dia fora com sua madrinha, todavia, não quis protestar. Confio em Ivy e sei que ela e Clara vão cuidar bem dele. Todavia, não deixarei de ligar hora sequer para saber dele.

Fui despertada dos meus pensamentos de mãe protetora quando a campainha tocou. E quando Bianca abriu a porta, era Ivy.

- Cadê meu loiro?- Disse ela vindo em minha direção. - Olha pra essas pernas gostosas da dinda...- Conforme Ivy mexia com ele, seu sorriso larguecia. Ele é apaixonado nessa dinda doida dele. - Quem é que tem um homem desse em casa gente?!- Logo ouvimos seus gritinhos enquanto ria agitado em meu colo. - Cê pode me dar ele? Já carregou sozinha por nove meses.-

- É muito tarde pra correr com ele daqui e não deixar ir?- Choraminguei brincalhona e ela riu. Gizelly logo chegou na sala com a bolsa.

- Fala pra ela filho: É hoje que eu aprendo a paquerar as menininhas.- E mais uma vez ele se agitou ao ver e ouvir a voz de Gizelly.

- Ivy, qualquer coisa você liga ta?! Por favor! Faço a Gi ir pegar ele sem pensar duas vezes.- Falei enquanto entregava meu bebê pra ela.

- Pode deixar! Gi, a cadeirinha?-

A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora