Capítulo 36

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GIZELLY

Meses depois...

Os dias se passaram e nada do detetive achar pistas de Rafaella, e eu já estava desistindo de tudo. Durante alguns dias, doutor Antunes esteve em Minas procurando por pistas. Visitou alguns vizinhos, visitou a escola onde ela estudava e até o cartório onde nos casamos. Sem sucesso. Em nossa último reunião, ele disse que começaria a busca em Goiás, mesmo que com as poucas informações que eu lhe passei, e somente elas. Mais um mês se passou e nada. Doutor Antunes vasculhou Goiás inteiro e nada do paradeiro dela. E assim foi, como todos os dias...

O tempo foi passando e a única pista que o detetive conseguiu, foi que elas passaram pelo aeroporto de Genoveva GO. Com essa certeza de que elas estiram lá, ele continuou mais alguns dias pela Cidade.

Hoje, cinco meses depois, resolvi dar uma pausa em meu trabalho. Eu estava trabalhando de cabeça quente e quase perdi um processo com esse turbilhão de coisas em minha mente. Resolvi ir até o Rio de Janeiro, aproveitaria para acompanhar de perto os trabalhos na Império.

Cheguei ao aeroporto Santos Dumont por volta das três da tarde. Segui para o apartamento de Marcela. Assim que cheguei, o porteiro avisou e imediatamente fui liberada. Subi e a mesma já me esperava na porta.

- Ei, furacão, como você está?- Sua pergunta veio acompanhada de uma abraçado forte e confortável.

- Dizer que estou bem, vou estar mentindo. Mas estou levando.- Falei e ela logo abriu espaço para eu passar com minha mala.

- Fica assim não, vai tudo voltar para o lugar.-

Deixei minha mala no canto da sala e senti sua mão me puxar pelo braço. Sentamos no sofá.

- Estou quase desistindo, Ma. Não aguento mais... Minha vida gira em torno desse assunto mau resolvido, já está me fazendo mal. Ta atrapalhando até meu trabalho.-

- Você sabe que isso não pode acontecer né?! Tem que saber separar as coisas.-

- Estou tentando.- Suspirei frustrada.
- Não consigo entender porque ela teve essa atitude. E se não fosse meu filho que ela ta carregando na barriga, eu ja teria desistido.-

- Mas você nem sabe se ela foi embora realmente grávida, Gi.-

- A Bia me disse que ela estava tento uma postura estranha, Ma. Ela corria para o banheiro toda vez que sentia cheio de alguma coisa, ou via alguma comida que não agradava ela. E tem a história do teste que ela achou no quarto.-

- Mas esse teste estava aberto e feito? Deu positivo?-

- Não! Esse teste estava ainda fechado. Conhecendo a Rafa como conheço, ela comprou dois e usou somente um. Só não deixou os rastros.-

- E agora? O que vai fazer? Aliás, como anda as buscas?-

- O detetive vasculhou Minas inteiro e Goiás. Mas não achou nada dela e nem da vó ou da irmã. A única coisa que ele achou foi o registro delas no aeroporto de Goiás.-

- E aí?-

- E aí que não adiantou nada né?! Ta lá até agora, e nada.-

- Por que não pede pra ele voltar pra São Paulo?-

- Procurar ela por São Paulo?- Perguntei confusa e ela assentiu.
- E por que ela estaria em São Paulo? Você acha que eu não teria achado ela?! Eu ando São Paulo inteiro quase todos os dias.-

- Não sei, Gi, é uma possibilidade. São Paulo tem muitas oportunidades... Ainda mais ela que estuda moda. Ela ainda estuda moda né?!-

- Bom, era o sonho dela né?! Acho que sim.-

A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora