Capítulo 77

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RAFAELLA

O táxi parou na portaria do prédio de Gizelly. Sofia que havia dormido a viagem toda, despertou assim que o carro parou. Enquanto eu subia com sua mochila e ela em meu colo, Gizelly veio atrás puxando as duas malas. Entramos no elevador e o mesmo fechou as portas, subindo para o oitavo andar. A exaustão tomava conta de mim, tudo que eu mais queria, era férias. Mas antes disso, chegar em casa agora e tomar um belo banho bem demorado. Assim que as portas correram liberando o acesso, seguimos até a porta de entrada, e como Gizelly havia me dado a cópia da chave, procurei ela em meu chaveiro e abri a mesma.

Fui em direção ao sofá suspirando cansada. Deixei Sofia sentadinha no tapete e voltei até minha mala. Procurei por uma roupa fresca e à vontade, e segui para o banheiro. Gizelly, porém, levou nossas coisas para o quarto e voltou para sala onde nossa filha já estava, de pé, se enquilibrando na estante, mechendo em todos os objetos decorativos.

Entrei no banheiro da suíte e me despi. Abri o chuveiro e entrei com tudo. A água, por sinal, estava uma delícia, fazendo-me sentir aquela vontade de nunca mais sair dali. Passei longos minutos aproveitando os jatos morno que caía do chuveiro, relaxando todos os meus músculos. Assim que terminei, antes mesmo de fechar a ducha, Gizelly entrou com Sofia já despida e me entregou ela. Coloquei ela debaixo da água, e quando terminei de banha-la, Gizelly a pegou de volta enrolando na toalha. Seus protestos nos fez rir. É sempre a mesma luta, querendo não sair da água depois do banho.

Me sequei e fui em direção ao quarto. Enquanto eu me vestia, Gizelly colocava sua roupinha, e a jantinha dela já estava no prato, esfriando em cima da cômoda. Terminei de me ajeitar e liberei a mesma para o banho. Peguei Sosô em meu colo, o pratinho e seguimos para a sala, onde passava desenhos musicais na tv.

Enquanto alimentava meu bebê, pensava em como seria tudo depois que eu viesse morar aqui permanentemente. Em como seria a rotina e tudo mais. A casa de Gizelly é grande, e apesar dos inúmeros convites, Manu não aceitou vir conosco. Ela ficaria no apartamento, e claro, com a minha ajuda e apoio. O quarto de Sofia já estava quase pronto. Durante essa semana que se passou, Gizelly contratou uma equipe de decorações e pinturas, e decorou o quarto do jeito que escolhemos. Seu berço e cômoda já estavam no lugar. O quarda-roupas, no entanto, ainda estava em meu apartamento, armazenando suas roupinhas.

- Ma e Lu estão subindo!- Gizelly chamou minha atenção, tirando-me de meus devaneios. Enquanto secava seus cabelos na toalha.

- Estão?! O interfone nem tocou.- Respondi confusa. Ou será que eu estava tão distraída a esse ponto?!

- Marcela me ligou e eu liberei.-

Terminei com a papinha e levei o pratinho na cozinha. Em seguida, enchi a mamadeira com suco e voltei para sala. No mesmo instante, a campahinha tocou, fazendo Sosô dar um pulo de onde estava, sentada no tapete. Gizelly porém, gargalhou indo em direção a porta.

- Para de rir da minha filha!- A repreendi com uma falsa indignação, e ela continuou rindo.

Posicionei o bico da mamadeira em sua boquinha e esperei até que ela bebesse tudo. Ou pelo menos até onde quisesse.

- Ta rindo de que, maluca?- Marcela perguntou assim que Gizelly abriu a porta.

- Da Sosô se assustando com a campainha.- Respondeu dando espaço para as duas entrar.

- Tadinha! Ainda falei pra Lu bater.-

- Ivy disse que vinha. Cadê?- Luiza perguntou.

- Ta vindo já! Falei pra ela lá dentro.- Gizelly respondeu e elas se aproximaram, acomodando-se no sofá.

A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora