Capítulo 22

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GIZELLY

Um mês depois...

Os dias passaram correndo, muito coisa aconteceu. No estágio, na empresa que estou me preparando para tomar o lugar de CEO e advogada presidente, acompanhei doutor Moraes em algumas audiências. O ajudei nas rotinas de atendimento aos clientes, preparei defesas, recursos de processos e alegações. Avaliei os pleitos, realizei pesquisas em doutrina e jurisprudência, controlei prazos de processos, pedidos de comparecimento em audiências e diligências técnicas, e afins.

Na faculdade, fiz alguns trabalhos em grupos, outros individuais, provas e avaliações, enquanto preparava meu TCC. Diante de tantos acontecimentos, o fim do meu último período chegou, e enfim, faltando apenas alguns dias para a minha formatura.

Doutor Moraes já havia me inscrito para o exame de ordem da OAB e eu estou a cada dia mais ansiosa e nervosa. Ele vinha me preparando bastante para que eu passasse nesse exame e junto com meu diploma, pudesse realizar o que eu mais vinha buscando, meu nome no mercado. Doutora Gizelly Bicalho de Andrade, herdado do meu avô e meu pai. Na empresa, todos já me conheciam e me tratavam como a tal, e com muito respeito, já sabendo que eu estava ali em busca da cadeira na última sala. A cadeira que por anos foi do meu avô e depois passou a ser do meu pai.

A reunião com meus futuros sócios e amigos, já estava marcada, e seria dentro de alguns dias. Já estava tudo preparado para começarmos nossa saga no Rio de Janeiro a procura de um edifício comercial com salas vazias e fácil acesso. Nossa intenção é levar nosso escritório de advocacia até a Cidade Carioca, mas diferente da empresa de São Paulo onde a maioria dos andares são criminalista, o escritório do Rio seria para todas as áreas, uma vez que meus amigos são de áreas diferentes da minha.

Cheguei na empresa pela manhã e passei praticamente todo o horário matutino acompanhando os advogados da empresa e estagiários em uma conferência online na sala de reunião. Estranhei Rafaella não ter entrado em contato a manhã toda, e só percebi que não havia chego mensagem alguma, quando a conferência foi encerrada e cada um voltou para sua sala e peguei em meu telefone celular. As horas já haviam passado e já era meio dia.

- Com licença, doutor Moraes.- Elena bateu na porta, chamando nossa atenção. - Um telefonema para doutora Gizelly.-

- Pra mim?- Franzi o cenho e levantei, indo até a recepção.

Prontamente atendi o telefone fora do gancho na mesa da secretária.

G: Alô?

R: Gi?!ー Reconheci a voz de Rafaella, porém, estava chorosa e com um teor de medo.

G: Oi minha linha, ta tudo bem? O que houve?

R: Meu vô!

G: O que houve com seu avô?ー Eu tentava a todo custo manter meu tom de voz calmo e suave. Por mais que eu estivesse nervosa e preocupada, eu tinha que passar tranquilidade para ela.

R: Ele passou mal de novo. O Osmir levou ele, e a vó foi junto.

G: OK..Vai ficar tudo bem ta?! Pra onde levaram ele? Mesmo lugar da outra vez?

R: Sim! O que eu faço?

G: Nada, ok?! Me dê só um tempinho. Vou me organizar e mais tarde eu chego aí. Fica tranquila que não vai dar em nada, como da outra vez.ー Falei o mais tranquila possível e ouvi um suspiro como resposta.ー Vou desligar e já vou.

R: Tudo bem!

Devolvi o telefone no gancho suspirando pesado. Estava deveras preocupada.

A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora