GIZELLY
Um mês depois...
Os dias passaram correndo, muito coisa aconteceu. No estágio, na empresa que estou me preparando para tomar o lugar de CEO e advogada presidente, acompanhei doutor Moraes em algumas audiências. O ajudei nas rotinas de atendimento aos clientes, preparei defesas, recursos de processos e alegações. Avaliei os pleitos, realizei pesquisas em doutrina e jurisprudência, controlei prazos de processos, pedidos de comparecimento em audiências e diligências técnicas, e afins.
Na faculdade, fiz alguns trabalhos em grupos, outros individuais, provas e avaliações, enquanto preparava meu TCC. Diante de tantos acontecimentos, o fim do meu último período chegou, e enfim, faltando apenas alguns dias para a minha formatura.
Doutor Moraes já havia me inscrito para o exame de ordem da OAB e eu estou a cada dia mais ansiosa e nervosa. Ele vinha me preparando bastante para que eu passasse nesse exame e junto com meu diploma, pudesse realizar o que eu mais vinha buscando, meu nome no mercado. Doutora Gizelly Bicalho de Andrade, herdado do meu avô e meu pai. Na empresa, todos já me conheciam e me tratavam como a tal, e com muito respeito, já sabendo que eu estava ali em busca da cadeira na última sala. A cadeira que por anos foi do meu avô e depois passou a ser do meu pai.
A reunião com meus futuros sócios e amigos, já estava marcada, e seria dentro de alguns dias. Já estava tudo preparado para começarmos nossa saga no Rio de Janeiro a procura de um edifício comercial com salas vazias e fácil acesso. Nossa intenção é levar nosso escritório de advocacia até a Cidade Carioca, mas diferente da empresa de São Paulo onde a maioria dos andares são criminalista, o escritório do Rio seria para todas as áreas, uma vez que meus amigos são de áreas diferentes da minha.
Cheguei na empresa pela manhã e passei praticamente todo o horário matutino acompanhando os advogados da empresa e estagiários em uma conferência online na sala de reunião. Estranhei Rafaella não ter entrado em contato a manhã toda, e só percebi que não havia chego mensagem alguma, quando a conferência foi encerrada e cada um voltou para sua sala e peguei em meu telefone celular. As horas já haviam passado e já era meio dia.
- Com licença, doutor Moraes.- Elena bateu na porta, chamando nossa atenção. - Um telefonema para doutora Gizelly.-
- Pra mim?- Franzi o cenho e levantei, indo até a recepção.
Prontamente atendi o telefone fora do gancho na mesa da secretária.
G: Alô?
R: Gi?!ー Reconheci a voz de Rafaella, porém, estava chorosa e com um teor de medo.
G: Oi minha linha, ta tudo bem? O que houve?
R: Meu vô!
G: O que houve com seu avô?ー Eu tentava a todo custo manter meu tom de voz calmo e suave. Por mais que eu estivesse nervosa e preocupada, eu tinha que passar tranquilidade para ela.
R: Ele passou mal de novo. O Osmir levou ele, e a vó foi junto.
G: OK..Vai ficar tudo bem ta?! Pra onde levaram ele? Mesmo lugar da outra vez?
R: Sim! O que eu faço?
G: Nada, ok?! Me dê só um tempinho. Vou me organizar e mais tarde eu chego aí. Fica tranquila que não vai dar em nada, como da outra vez.ー Falei o mais tranquila possível e ouvi um suspiro como resposta.ー Vou desligar e já vou.
R: Tudo bem!
Devolvi o telefone no gancho suspirando pesado. Estava deveras preocupada.
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A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)
Fiksi PenggemarGizelly Bicalho de Andrade, vai passar as férias na fazenda da família. Ela conhece Rafaella Freitas Gavassi quando está dando uma volta pelo pasto e flagra o capataz, Petrix, maltratando a garota e a defende. A beleza, simpatia e inocência da moça...