A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)

Capítulo 94

GIZELLY

Vim de um fim de semana exaustivo, porém emocionante. Cheguei em casa e após ter curtido um pouco minha família, entrei para o meu quarto e tirei um cochilo. Acordei com o céu já escuro, ouvindo os gritinhos animados de Sofia na sala. Lembrei de ter prometido Rafaella de jantarmos fora. Peguei em meu telefone celular e vi as horas, cinco minutos para as seis da tarde. Sentei na cama para fazer um coque em meus cabelos, calcei os chinelos nos pés, e segui para fora do quarto.

Rafaella estava no sofá com Sofia entre suas pernas, apenas de fraldinha, penteando seus cabelinhos, enquanto ela se agitava com os desenhos musicais na tv.

- Mamáaaaaa...- Assim que me viu, me gritou.

- Oooooi...- Gritei de volta recebendo seu sorriso largo. Logo me aproximei e me inclinei, alcançando seu pescocinho, sentindo aquele cheirinho de bebê que só ela tem.
- Hum, ta muito cheirosa da mamãe.-

- Que horas vamos sair, meu bem?-

- Pode ser às sete por causa dela, pra não ficar muito tarde. Liga pra Manu.-

****

Chegamos onde iríamos jantar e Rafa pediu logo um espaguete com feijão e legumes para nossa filha. Fizemos também nossos pedidos e enquanto o mesmo não chegava, íamos aproveitando o vinho de Manoela, minha cerveja, o cozumel da Rafa e o suco da nossa pequena. Depois de um tempo conversando e esperando, os pedidos chegaram. Começamos a comer enquanto Rafa e eu reverzávamos em dar a janta de Sofia na mesa.

- E os namorados, Palito?- Perguntei para Manoela.

- Os não, só um.-

- Huuumm, cheia de atitudes.- Brinquei e ela riu. - Qual o nome do felizardo?-

- Julio!-

- E de onde o Julio é?-

- Da faculdade, estamos saindo já tem um tempinho.-

- Gizelly é fofoqueira que só.- Rafaella nos interrompeu com seu comentário divertido.

- Ué vida, tenho que saber. E ele tem que ir lá em casa pra conhecermos em, mocinha.-

- Se ta assim com você, quero nem ver quando a Sofia começar a aparecer lá em casa com os meninos.- Ela disse para Manoela, o que me fez quase engasgar com o que eu mastigava.

- Ei, não vai ter menino nenhum lá em casa. Que história é essa?!- Minha indignação fez ambas gargalhar.

- Uai Titchela, ela vai ter que namorar algum dia.- Manu disse ainda rindo.

- Não vai nada!-

- Vai sim, amor! E se prepara, porque se ela te puxar nisso, só vai dar os urubus lá na porta.-

- Não vai dar nada lá na porta, e chega desse assunto.- Respondi por fim e elas mais uma vez gargalharam.

- É muito ciumenta véi.- Manu comentou rindo de minha feição séria.

- Ela é assim. Pegou todo mundo e quer que a menina vire freira.- A fala de Rafa me fez rir.

- Acho que já ta na hora da gente fazer um irmãozinho pra ela.-

- Por que?- Rafaella perguntou em um quase grito.

- Pra ele ficar de olho nela quando os dois for sair.-

- Já pensou em?! Vir uma criança com a personalidade dela?- Manu comentou com Rafaella, que revirou os olhos.

- Por Deus Manoela...- Sua resposta com uma falsa indignação me fez encara-la descrente. - Gizelly, tenha dó né?! Imagina eu ter que aguentar você, Sofia toda estouradinha, e mais um?!-