A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)

Capítulo 60

GIZELLY

Cheguei em casa na manhã de quarta-feira exausta. Não perdi tempo em deitar e dormir um pouco, pois no dia anterior foi todo em trabalho. Saí pelas ruas de São Paulo com Hariany e Juliette para resolver alguns assuntos da empresa e assuntos relacionados as demandas de processo. Só paramos para almoçar. A noite, tiramos um tempo para sair e relaxar em um bar bem tranquilo na intenção de conversarmos e colocarmos o papo em dia.

Hoje, Sofia completa seis meses. Aproveitei a manhã de folga para descansar da viagem, e tiraria a tarde inteira só para ela.

Acordei quando o relógio digital ao lado da minha cama apitou meio dia. Pedi meu almoço por aplicativo e segui para um banho. Minutos depois me vesti com uma roupa confortável e casual. Após o almoço, minha intenção era ir ao shopping comprar algo para minha filha. E queria que fosse algo especial, já que faltei com ela durante cinco meses.

Fiz minha refeição e segui para o shopping.

Eu não sabia o que comprar para um bebê de seis meses. Pensei em comprar roupinhas, mas ela não ia entender e nem ligar. Pensei em comprar brinquedos.. Mas qual tipo de brinquedo?! Passei quase uma hora só andando pelas vitrines, na dúvida do que levar. Foi aí que uma coisa me chamou atenção. Uma girafa grande de pelúcia. Entrei na loja e logo uma atendente veio até a mim. Me informei sobre o animalzinho e pedi para que me vendesse.

Após longos minutos a atendente trouxe a girafa em baixo de seu braço. Eu já havia pago, então só precisei abraçar o brinquedo e ir até o carro no estacionamento. A pelúcia tinha muitas utilidades, ela ficava em pé para a criança sentar em cima. Ficava de joelhos, e afins. Sofia ia adorar quando maiorzinha.

Coloquei ela no banco de trás do carro e dei partida. No caminho para casa, passei na padaria. Comprei algumas coisas para o lanche da tarde e um bolinho baby confeitado para Sosô.

Cheguei em casa por volta das três da tarde. Comecei a arrumar a mesa já que Rafaella marcou comigo às quatro. Coloquei os pães de queijo na tijela, as torradas em um prato grande, fatias de queijo e presunto, geléia, pão doce, frutas picadinhas para Sofia, suco e café. E por último, o bolo no meio da mesa. Assim que terminei de organizar tudo, o interfone tocou.

Atendi e pedi para que o porteiro liberasse Rafaella. Meu coração batia na boca. Fui até a porta e fiquei esperando. Vi quando os números do elevador começou a subir, e cada vez mais meus batimentos acelerava. Eu estava quase tendo um colapso. Quando em fim o número oito apareceu, ouvi o barulho do "pim" e logo as portas correram.

Rafaella saiu do elevador devidamente arrumada. Provavelmente vinha direto do trabalho. Usava uma calça jeans clara justa ao corpo e uma blusa de seda da cor vinho de botões. A parte da frente toda por dentro da calça, e a parte de trás solta. Onde as mangas estavam dobradas. Sofia em seu colo, sua bolsa e a mochilinha dela penduradas em cada ombro.

- Como consegue trazer isso tudo e ainda com esse salto?!- Brinquei quando ela se aproximou. Logo suspirou pesado e passou Sofia para meu colo.

- Vida de mãe...-

- Vem! Vamos entrar.-

Chamei e logo fechei a porta assim que ela passou seguindo até o sofá da sala, depositando as bolsas no mesmo. Logo se sentou e tirou o scarpin preto dos pés. Não demorou muito para perceber a girafa que eu havia trago do shopping.

- Que isso aqui, Gizelly?!- Há um riso em sua fala.

- É o presente dela.-

Me aproximei com Sofia em meu colo e me ajoelhei no tapete próximo a girafa. Ela olhava o animalzinho atenta, tentando alcançar a pelúcia com a mãozinha. Logo coloquei ela sentada sobre as costas do brinquedo.