Capítulo 64

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RAFAELLA

Duas semanas depois...

Durante todos esses dias que se passaram, muitas coisas foram resolvidas. A advogada, doutora Fernanda Keulla, me procurou e conversamos mais uma vez sobre o processo judicial de divórcio, e ela me pôs a par de tudo. As questões sobre Sofia já havia sido resolvido, e foi estipulado uma porcentagem do salário de Gizelly para a pensão. Foi estipulado uma quantia também para mim, e mesmo eu negando, fazia parte da demanda. Usaria então essa pensão para minha filha, juntamente com a pensão alimentícia dela. Contudo, a data da audiência de conciliação foi marcada, e será daqui há dois meses.

Na semana passada, fui a faculdade para realizar a prova do terceiro semestre do meu penúltimo período. Foi tudo tranquilo, estou confiante perante a isso.

Fui também a uma reunião na agência Matthaus junto de alguns modelos as quais vão desfilar no desfile que está por vir, daqui há duas semanas. No entanto, minha equipe ia de vento em popa com a produção da RK para o tal evento. Nessa reunião Rodolffo pediu os contatos dos modelos da RK, e prontamente passei. Foram selecionados os modelos para o desfile, e apenas dois dos meus seriam escolhidos. E em unanimidade de votos do conselho, Jakelyne e Caon foram os mais votados. No fim de semana, ambos viajariam comigo para Brasília. E nessa reunião a qual eu vou como a representante da agência, vou apresenta-los como os nossos modelos.

Hoje, quarta-feira, após meu expediente do dia, juntei minhas coisas e corri para casa. Lá, minha mala já estava pronta pois vou viajar da casa de Gizelly, já que combinamos de Sofia e eu dormir lá. Liguei para a mesma e ela estava na rua, a cominho do escritório. Combinei de encontra-la lá, e mesmo ela insistindo em vir me buscar, optei por ir direto. Não queria ter que sair de casa tarde, pois o grau de cansaço que estou, seria capaz de eu tomar meu banho e deitar em minha cama para ninguém me tirar dela.

Chamei um táxi e Manu me ajudou com a mala e a bolsa de Sofia. Nos despedimos e segui caminho. Gizelly havia chamado ela para vir com a gente, porém, nossa vó chegaria de Goiânia. Então ela preferiu ficar.

Não demorou muito para o táxi parar em frente a Império. Ivy já me esperava na entrada e me ajudou, alegando ser um pedido de Gizelly. Enquanto entrei no elevador com minha filha em meus braços, ela seguiu para a garagem com minhas coisas para pôr no carro.

As portas do elevador se abriu no último andar. Segui suspirando cansada até a sala dela. cumprimentei a secretária e quando cheguei na porta entreaberta, arregalei os olhos com o que eu vi. Gizelly estava em pé atrás de sua mesa, ao lado de sua cadeira. Ela limpava e descarregava uma arma. Na mesa, sua bolsa e uma maleta onde armazenava tudo que ela utilizava.

- Que isso, Gizelly?- Perguntei assustada, e ela logo levantou seu olhar para mim.

- Que susto Rafa!- Largou tudo que fazia e veio em nossa direção. Sofia assim que a viu, abriu o sorriso largo. - Você veio no trabalho da mamãe, filha?- Conforme ela mexia com a pequena, suas perninhas balançavam animadas. Ela logo deixou um beijo no topo da cabeça dela e um em minha bochecha. - Tudo bem?-

- Você não respondeu minha pergunta.-

- Aquilo ali é um revolver. Calibre38.-

- Eu sei que é um revolver. O que você faz com isso?! E por que você tem um revolver?-

- Não estou fazendo nada, ta bem?! Só estava limpando e guardando. Acabei de chegar de uma visita, e levo ele comigo pra todo lugar.-

- Você deixa isso em casa?-

- Esse é do escritório. Mas tenho, sim, um em casa e um no carro.- Meus olhos arregalaram mais uma vez com a informação e logo a vi rindo. - Ei, não precisa ficar assustada. Sou advogada criminalista, preciso andar previnida.-

A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora