Capítulo 17

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RAFAELLA

Os dias se passaram e o fim de semana, finalmente chegou. Gizelly havia me ligado na quinta-feira e comentou sobre as cartas, minha e da Bia, disse que haviam chego e ela leu tudinho. No entanto, não conversamos muito ao telefone, pois o custo não era nada baixo. Combinamos dela me encontrar no aeroporto na tarde de sexta-feira, e é o que estou aqui fazendo, esperando por ela. Pela manhã fui na escola, e quando Bia me pegou, voltei para casa apenas para fazer minha lição, para não deixar nada acumulado. Tomei um banho e troquei de roupa. Minha mala já estava pronta desde o dia anterior, e quando vi que tudo estava feito, me despedi de Mari. Bia, mais uma vez com sua força de vontade, me levou até o aeroporto.

O vôo até São Paulo durou uma hora e poucos minutos. Eu estava tão ansiosa que nem consegui almoçar. Desembarquei do avião e com algumas informações que pedi aos seguranças e funcionários do aeroporto, consegui chegar até onde minha mala estava. Com minha mochila nas costas, puxei a mala de rodinhas pela alça e segui para onde Gizelly havia me dito que ficaria. Na lanchonete amarela e vermelha, a qual vendia sanduíches naturais. Era a única chamativa na praça de alimentação, no entanto foi rápido de achar. Sentei em uma das mesas e já faz dez minutos que estou esperando.

Cansada de esperar, coloquei meu cotovelo sobre a mesa e descansei meu queixo em minha mão. Bufei quando vi as horas em meu pulso, passando mais dez minutos. E quando levantei meu olhar, vi Gizelly de longe. Ela estava vestida de uma maneira a qual eu nunca vi. Estava toda de preto, a saia social de cós alto que ia até os joelhos, uma blusa social por dentro da saia, o blazer dobrado em seu antebraço e os saltos nos pés. Os óculos escuro dava charme ao seu rosto, e seus cabelos caídos em seus ombros, jogados de lado. Ela conseguiu ser ainda mais linda. Meu sorriso curvou meus lábios quando ela se aproximou e me notou também sorrindo. Cheirosa!

- Desculpe, linda. Eu só consegui ser liberada agora.-

- Não tem problema.- Me levantei para cumprimenta-la. - Me dar aqui, um abraço.-

- Morrendo de saudades.- Sua voz saiu abafada em meu pescoço. E logo senti um beijo no local.

- Eu também senti saudades.- Segurei em cada lado de seu rosto e deixei um selinho.

- Você comeu?- Perguntou quando nos afastamos e eu neguei com uma expressão culpada. Seu semblante fechou e eu sabia que vinha advertência: - Rafaella! Não tem graça nenhuma isso. Por que não comeu?-

- Eu não consegui fazer nada direito, amor. Estava ansiosa. Eu mal consegui fazer a lição de casa.-

- Vem! Vamos comer.-

Ela puxou minha mão e fomos até o balcão da lanchonete a qual estamos. Uma senhora muito simpática nos ofereceu o cardápio e começamos a escolher os ingredientes do nosso sanduíche natural.

- Já sabe o que quer, linda?-

- Cenoura, beterraba, purê de batata, requeijão e frango desfiado.- Respondi com os olhos no cardápio.

- Ta montando uma torta salgada?- Sua pergunta descrente me fez gargalhar. Como eu estava com saudades desse humor dela. - Suco?-

- Pode ser maracujá.- Enquanto eu dizia, a senhora anotava. E logo Gizelly pediu o dela.

- O meu pode ser frango grelhado, maionese, salada de alface e tomate. O suco é de abacaxi com hortelã.-

Sentamos na mesa onde eu estava quando ela chegou, e esperamos pelo nossos pedidos. Quando chegou, lanchamos enquanto conversávamos sobre como andava as coisas na fazenda. Contei tudo que aconteceu nesses vinte e cinco dias em que ela esteve longe, e quando contei sobre Px ter me tratado bem, ela parece não ter gostado. No entanto não reclamou, mas pela sua expressão e seu cenho levemente franzido, já dizia tudo. Quando terminamos de comer, seguimos finalmente para o estacionamento onde o carro de Ivy estava. Entramos e Gizelly deu partida em direção a seu flat.

A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora