Capítulo 25

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GIZELLY

Chegamos ao bar por volta das sete da noite. Boa parte do pessoal já estava na mesa aguardando o restante chegar. Uma recepcionista nos recebeu, e depois de termos dito com quem estávamos, ela nos levou até a mesa. Cumprimentamos o pessoal e sentamos nas cadeiras vagas, logo a mesma garota a qual nos recepcionou, nos entregou o cardápio.

- Bia, te sugiro o Bolinho de virado à paulista.- Falei enquanto a mesma olhava o cardápio. - Vai por mim!-

- E o que é um bolinho virado à paulista?-

- É bolinho de feijoada.- Ivy nos interrompeu. - É que Gizelly gosta de se exibir.-

- Ela quer falar bonito.- Paulinho falou do outro lado da mesa.

- Ué, eu só disse o nome que ta no cardápio.- Falei revirando os olhos. Eles riram. - Cadê o restante, falar nisso?-

- Estão chegando aí, pedimos carros diferentes.- Pyong respondeu.

- Já escolheu, mana?- Perguntei para Bia, e então ela largou o cardápio sobre a mesa.

- Vou desse bolinho aí mesmo. Cê vai pedir pra você?- Perguntou e eu afirmei. - Pode pedir uma porção a mais então.-

Fiz sinal para o garçom e pedi nossos bolinhos e duas cervejas. Não demorou muito para o restante do pessoal chegar. A noite foi agradável e regada de risadas e falação alta. Eu estava com tanta saudades dessa bagunça, e dos meus amigos bagunceiros, que curti tanto cada minuto que nem vi a hora passar.

Já era quase uma da manhã. A mesa estava cheia, com garrafas de cervejas vazias, taças e copinhos de shot. Todos muito alegres.

O bar é aconchegante, acústico e familiar. Um pequeno palco improvisado para instrumentos e cantores dando show com músicas ao vivo. Hora músicas de sofrência, hora músicas de levantar o astral. Meus olhos já estavam baixos, meu sorriso largo e solto. E Bianca ao meu lado, já havia atravessado dois portais.

- Mana?- Senti seu cotovelo cutucar minha costela enquanto eu virava minha cerveja na boca.

- Porra, quase me engasguei.-

- Olha ali... É impressão minha, ou aquela garota não para de olhar pra cá?!-

Olhei para onde ela apontava, para a recepção e a garota que nos recebeu quando chegamos, e a mesma estava varrendo todo o ambiente com os olhos.

- Ela ta olhando pra cá?-

- Toda vez que olho pra ela, ela disfarça. Não sei se ela ta olhando pra mim ou pra você.-

- Pra mim, não!- Respondi rapidamente e ela riu. - É pra você! Deixa a Mari saber... Vai cortar seu brinquedo fora.- Falei divertida e ela riu ainda mais.

- Se cortar, ela quem vai ficar sem o brinquedo dela.- Dessa vez, quem riu fui eu. - O que será que elas estão fazendo agora? Estou morrendo de saudades da minha magrinha.-

- Essa hora estão dormindo, elas viajam pela manhã. E acho melhor a gente ir embora. Temos que está inteiras amanhã.-

- Ah não, Gizelly. Tem tanto tempo que não saio assim... Não vou embora agora.-

- Não sái por que não quer, né?! Vivo te chamando, desde quando eu morava lá no Rio.- Falei por fim e finalizei minha bebida. - Vamos! Chega por hoje. Amanhã a gente bebe mais.-

- Já vão?- Hariany perguntou quando nos viu levantar.

- Vamos! Amanhã as meninas chegam. Temos que ir no aeroporto buscar elas.... Tem chave aí?-

A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora