GIZELLY
Chegamos ao bar por volta das sete da noite. Boa parte do pessoal já estava na mesa aguardando o restante chegar. Uma recepcionista nos recebeu, e depois de termos dito com quem estávamos, ela nos levou até a mesa. Cumprimentamos o pessoal e sentamos nas cadeiras vagas, logo a mesma garota a qual nos recepcionou, nos entregou o cardápio.
- Bia, te sugiro o Bolinho de virado à paulista.- Falei enquanto a mesma olhava o cardápio. - Vai por mim!-
- E o que é um bolinho virado à paulista?-
- É bolinho de feijoada.- Ivy nos interrompeu. - É que Gizelly gosta de se exibir.-
- Ela quer falar bonito.- Paulinho falou do outro lado da mesa.
- Ué, eu só disse o nome que ta no cardápio.- Falei revirando os olhos. Eles riram. - Cadê o restante, falar nisso?-
- Estão chegando aí, pedimos carros diferentes.- Pyong respondeu.
- Já escolheu, mana?- Perguntei para Bia, e então ela largou o cardápio sobre a mesa.
- Vou desse bolinho aí mesmo. Cê vai pedir pra você?- Perguntou e eu afirmei. - Pode pedir uma porção a mais então.-
Fiz sinal para o garçom e pedi nossos bolinhos e duas cervejas. Não demorou muito para o restante do pessoal chegar. A noite foi agradável e regada de risadas e falação alta. Eu estava com tanta saudades dessa bagunça, e dos meus amigos bagunceiros, que curti tanto cada minuto que nem vi a hora passar.
Já era quase uma da manhã. A mesa estava cheia, com garrafas de cervejas vazias, taças e copinhos de shot. Todos muito alegres.
O bar é aconchegante, acústico e familiar. Um pequeno palco improvisado para instrumentos e cantores dando show com músicas ao vivo. Hora músicas de sofrência, hora músicas de levantar o astral. Meus olhos já estavam baixos, meu sorriso largo e solto. E Bianca ao meu lado, já havia atravessado dois portais.
- Mana?- Senti seu cotovelo cutucar minha costela enquanto eu virava minha cerveja na boca.
- Porra, quase me engasguei.-
- Olha ali... É impressão minha, ou aquela garota não para de olhar pra cá?!-
Olhei para onde ela apontava, para a recepção e a garota que nos recebeu quando chegamos, e a mesma estava varrendo todo o ambiente com os olhos.
- Ela ta olhando pra cá?-
- Toda vez que olho pra ela, ela disfarça. Não sei se ela ta olhando pra mim ou pra você.-
- Pra mim, não!- Respondi rapidamente e ela riu. - É pra você! Deixa a Mari saber... Vai cortar seu brinquedo fora.- Falei divertida e ela riu ainda mais.
- Se cortar, ela quem vai ficar sem o brinquedo dela.- Dessa vez, quem riu fui eu. - O que será que elas estão fazendo agora? Estou morrendo de saudades da minha magrinha.-
- Essa hora estão dormindo, elas viajam pela manhã. E acho melhor a gente ir embora. Temos que está inteiras amanhã.-
- Ah não, Gizelly. Tem tanto tempo que não saio assim... Não vou embora agora.-
- Não sái por que não quer, né?! Vivo te chamando, desde quando eu morava lá no Rio.- Falei por fim e finalizei minha bebida. - Vamos! Chega por hoje. Amanhã a gente bebe mais.-
- Já vão?- Hariany perguntou quando nos viu levantar.
- Vamos! Amanhã as meninas chegam. Temos que ir no aeroporto buscar elas.... Tem chave aí?-
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A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)
Fiksi PenggemarGizelly Bicalho de Andrade, vai passar as férias na fazenda da família. Ela conhece Rafaella Freitas Gavassi quando está dando uma volta pelo pasto e flagra o capataz, Petrix, maltratando a garota e a defende. A beleza, simpatia e inocência da moça...