RAFAELLA
Acordei na manhã de domingo antes de Gizelly. O relógio apontava para um pouco mais das dez. Ela dormia feito pedra. Fiz minha hegiene pessoal, tomei um banho e sequei mais cabelos. Em seguida, peguei em meu telefone celular e conversei um pouco com meus seguidores, já que estou off desde sexta-feira. Marcamos um horário para uma live e abri a caixinha de pergunras. Responderia todas elas ao vivo, como forma de estar perto deles, e compensar os dois dias ausentes.
Antes de acordar Gizelly, dei um jeito no quarto e guardei todas as nossas coisas. Separei nossas roupas, as quais iremos voltar para casa daqui há algumas horas e fechei as malas, deixando tudo no esquema. Logo pedi o café da manhã na recepção e assim que eles entregaram, acordei Gizelly e comemos na cama. Sua preguiça não deixou ela chegar até a área externa. Vendo que tomamos café tarde, resolvemos aproveitar a hidro. Optamos por ela ao invés da piscina, pois queríamos desfrutar dela nem que seja pelo menos um tempinho.
Gizelly estava atrás de mim, fazendo massagem em meus ombros e pescoço enquanto eu me acomodava entre suas pernas. Conversávamos amenidades, quando de repente o assunto acabou e permanecemos no lugar em silêncio. Porém sem perceber, pois o silêncio eram tão confortável e o alento de nossa presença uma para a outra não nos incomodava. Perdida em pensamentos, enquanto degustava de suas mãos firmes em meus músculos tensos, voltei na noite passada. No jantar maravilhoso, e em nossa conversa.
- Gi?- Chamei sua atenção enquanto brincava distraída com as espumas na água.
- Hum...?-
- Por que as pessoas falavam aquelas coisas de você?-
- Que coisas, bebê?-
- Sobre você ser a filha rebelde, a garanhona, diferente das moças do campo...?! Essas coisas.- Minha pergunta a fez rir anasalado.
- Sabe que eu não sei?! Eu nunca fui isso aí não. Eu realmente ouvia algumas coisas, mas nunca levei ao pé da letra. Eu preferia ignorar.-
- Mas eu não quero ignorar, quero saber o porquê.-
- Olha, sobre eu ser a filha rebelde, é porque eu nunca gostei de viver na fazenda. Bianca e eu vivíamos viajando com nossos pais por causa da profissão dele. Ele era advogado criminalista, então sempre tinha causas ou processos pra resolver em São Paulo. E eu gostei da vida na Cidade, diferente da minha irmã que nunca quis largar o campo. E quando eu completei meus desseseis anos, eu pedi meu pai pra me tirar da MG Colegial e me transferir para o Libert em São Paulo.-
- Acho que o MG Colegial foi feito para os camponeses. Todo mundo já estudou lá.- Minha fala a fez rir.
- É porque é o mais perto das fazendas.-
- Vai, continua.-
- É isso! Meu pai me transferiu e eu peguei ainda mais gosto na Cidade. O que mais você perguntou?!-
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A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)
FanfictionGizelly Bicalho de Andrade, vai passar as férias na fazenda da família. Ela conhece Rafaella Freitas Gavassi quando está dando uma volta pelo pasto e flagra o capataz, Petrix, maltratando a garota e a defende. A beleza, simpatia e inocência da moça...