Capítulo 37

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RAFAELLA

Durante esses oito meses cresci dentro da agência de moda Matthaus. Passamos por todas as fases sem problema algum, estava em minha última fase. E eu estava feliz, pois no fim dessa fase, vou ser encaminhada para outra unidade para trabalhar como design de moda. Rodolffo me ajudava em tudo, a promessa de que ele iria me ajudar, ele estava cumprindo. E eu, não o decepcionei. Conforme fui conhecendo o diretor da agência, descobri que ele realmente era gay e era casado com Caio, um cantor sertanejo. Os dois eram bem carinhosos comigo e atenciosos, vez ou outra chegava com algo para meu bebê.

Durante todo esse tempo, antes de minha barriga crescer esse tanto, o companhei em algumas mini viagens. Viajem essas, de desfiles patrocinadas por sua agência. Ele sempre batia na mesma tecla, de que um dia ele ainda iria visitar a minha própria agência. Em um certo dia, almoçávamos enquanto conversávamos sobre meu futuro. Contei à ele sobre meu próximo passo, meu próximo sonho. Ter minha marca de roupa. E ele com todo carinho do mundo, disse que assim que meu segundo semestre na faculdade terminasse, ele me ajudaria com os croquis de minha primeira coleção, porém, eu só poderia abrir uma loja virtualmente. Pelo menos de início.

Durante esse tempo, fiz meu pré-natal de todos os meses. Meu bebê crescia perfeitamente bem em minha barriga. E todas as noites antes de dormir, converso com ela enquanto acaricio minha barriga. Ela, porém, me chuta em resposta. Quando descobri o sexo, fiquei muito feliz, era uma bonequinha. O nome, no entanto, demorou para chegar. E um belo dia em meu quarto, conversando com ela, encarei o abajur de pelúcia a qual Gizelly havia me dado. Resolvi então que o nome dela seria Sofia. Por um momento pensei em desistir e procurar por outro nome, mas esse nome era tão lindo que deixei minha mágua de Gizelly de lado, e decidi que seria esse o nome.

Minha Sofia.

Hoje, no auge dos meus oito meses, quase nove, beirando as últimas semanas, me encontro na agência esperando por Rodolffo. Hoje seria a escolha de qual unidade vamos ser tranferidas. As meninas e eu.

- Tomara que ele não nos separe.- Flavina dizia roendo as unhas.

- Claro que não. Ele ta vendo que a Rafa está quase ganhando a bichinho. Precisa de nós duas por perto.- Marcella respondeu.

Eu estava tranquila, Rodolffo já havia dito que deixaria as meninas comigo. Porém, não sabíamos ainda para onde ele nos mandaria.

- Meninas?- O mesmo chegou na sala de espera, tirando-me de meus devaneios. - É o seguinte, Flávia e Vivian ficarão juntas e vou mandar a Ana Clara com vocês. Certo? Portanto, Flavina, Rafaella e Marcella ficarão juntas. Agora preciso que vocês venham comigo em minha sala, vou passar tudo direitinho para vocês, e essa semana vocês já começam a última fase na nova unidade.- Disse por fim e o seguimos até sua sala.

Durante o percurso, eu ficava mais nervosa. Eu não queria estar ainda mais longe de minha vó e minha irmã. E quando entramos na sala, sentamos nas cadeiras de frente para sua mesa e então ele voltou a dizer:

- Bom, meninas... Temos aqui a unidade de São Paulo, e a do Rio de Janeiro.- Arregalei meus olhos quando ouvi o nome da Cidade onde Gizelly vive.
- Mas tem um detalhe... Vocês precisarão pedir transferência, no caso daqui da UNI-BH, para a PUC em São Paulo, ou a UFRJ no Rio. Que é onde nossa agência tem acordo.-

"São Paulo não, por favor!" Pedi em desespero, internamente.

- Foi decidido pelo conselho assim: Rafaella e sua turma para o Rio, e Vivian e sua turma para São Paulo. Certinho?!-

Suspirei aliviada e logo me acalmei. Quase coloquei minha filha para fora.

- Certinho!- Confirmei antes que uma delas dessem para trás. Elas logo concordaram.

A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora