GIZELLY
O domingo foi tranquilo, ainda chovia mas não tanto quanto a noite de sábado. Aproveitei o dia para descansar, sem esquentar cabeça com trabalho ou outra coisa que não fosse minha família.
A segunda-feira chegou nublada, a chuva porém, deu uma trégua. Todavia as nuvens, ainda carregadas.
Cheguei ao escritório me reunindo com Ivy e Deolane afim de estudar nossas estratégias de juri do fim de semana. Passamos a manhã toda nessa pegada, com os autos espalhados sobre a mesa. Tínhamos receios do que poderia acontecer, seria nossa última carta na manga no tribunal antes do veredito.
Demos uma pausa de alguns minutos apenas para o almoço, a qual pedimos através do aplicativo. E após termos almoçado e descansado um pouco, voltamos para nossos afazeres.
No fim do dia, eu já não era mais eu. Retirei meu óculos dos olhos depositando-o sobre a mesa, e joguei minha costa contra a cadeira, suspirando cansada.
- Vamos nos ver essa semana outra vez, pra trabalharmos nisso mais um pouco?- Deolane perguntou enquanto juntava suas coisas na bolsa.
- Seria bom! Temos alguns dias só.- Ivy respondeu também juntando suas coisas.
- Levem as cópias com vocês. Quero que estudem esse caso dia e noite, e ainda essa semana eu vou até à delegacia me encontrar com o Alejandro Castilho.-
- Mas vai sozinha?- Ivy perguntou preocupada.
- Sim! Sempre fui. E é só uma conversa.- Falei já me levantando.
- Vamos! Já está tarde e precisamos descansar.-....
Cheguei em casa meia hora depois e me despedi de Ivy no corredor de nosso andar. Introduzi a chave na fechadura ouvido a voz de Rafaella, ela estava animada conversando com alguém. E quando abri a porta, vi que ela estava em um vídeo chamada. Ela conversava e ao mesmo tempo mostrava Theo em seu colo e Sofia ao seu lado, que olhava tudo atenta na tela do celular. Tranquei a porta e depositei minha bolsa e pasta sobre a mesa. Em seguida coloquei as chaves e segui para a cozinha.
Vi algumas panelas sobre o fogão com as bocas acesas e bisbilhotei. Rafa fazia nosso jantar. Abri a geladeira atrás de um copo com água e enquanto bebia o líquido tranquilamente, pensava em todo meu dia, em especial o processo. Eu não ia sossegar enquanto tudo não estivesse arquivado, torcendo para o resultado ser positivo.
Terminei e coloquei o copo sobre a pia. Logo segui para o quarto pegando minhas coisas sobre a mesa, passando por minha família na sala. Rafaella ainda estava de ovo virado para o meu lado, e sua tortura estava me matando. Fazendo-me me arrepender amargamente das minhas atitudes na quarta-feira.
Há cinco dias atrás.
Procurei por uma roupa confortável no closet e segui para o meu banho. E após longos minutos, quase uma hora, me vesti e saí do quarto. Quando cheguei na sala novamente, Sofia se pôs de pé no sofá, erguendo os braços. Logo a peguei no colo.
- Ta bom, pai. Se cuida! Tchau Renato!- Ouvi quando Rafaella se despediu, ainda ao telefone.
- Mamãe? Chegô?- Sofia chamou minha atenção, me impossibilitando de ouvir o fim da conversa.
- Cheguei filhinha! E você nem me viu. O que você ta fazendo?-
- É o vovô.-
- Falando com o ovô, filha? E você já papou?-
- Uhum...-
- Olha lá o Theo nervoso querendo vim na mamãe também.- Ela logo olhou para o irmão no colo de Rafaella. O pequeno se agitava nos encarando. - Deixa a mamãe pegar ele um pouco?!- Desci minha filha e então peguei o bebê do colo de sua mãe, que bloqueava a tela do celular. - Tudo bem, Rafa?-
![](https://img.wattpad.com/cover/286003586-288-k283579.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)
Fiksi PenggemarGizelly Bicalho de Andrade, vai passar as férias na fazenda da família. Ela conhece Rafaella Freitas Gavassi quando está dando uma volta pelo pasto e flagra o capataz, Petrix, maltratando a garota e a defende. A beleza, simpatia e inocência da moça...