Capítulo 118

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GIZELLY

O domingo foi tranquilo, ainda chovia mas não tanto quanto a noite de sábado. Aproveitei o dia para descansar, sem esquentar cabeça com trabalho ou outra coisa que não fosse minha família.

A segunda-feira chegou nublada, a chuva porém, deu uma trégua. Todavia as nuvens, ainda carregadas.

Cheguei ao escritório me reunindo com Ivy e Deolane afim de estudar nossas estratégias de juri do fim de semana. Passamos a manhã toda nessa pegada, com os autos espalhados sobre a mesa. Tínhamos receios do que poderia acontecer, seria nossa última carta na manga no tribunal antes do veredito.

Demos uma pausa de alguns minutos apenas para o almoço, a qual pedimos através do aplicativo. E após termos almoçado e descansado um pouco, voltamos para nossos afazeres.

No fim do dia, eu já não era mais eu. Retirei meu óculos dos olhos depositando-o sobre a mesa, e joguei minha costa contra a cadeira, suspirando cansada.

- Vamos nos ver essa semana outra vez, pra trabalharmos nisso mais um pouco?- Deolane perguntou enquanto juntava suas coisas na bolsa.

- Seria bom! Temos alguns dias só.- Ivy respondeu também juntando suas coisas.

- Levem as cópias com vocês. Quero que estudem esse caso dia e noite, e ainda essa semana eu vou até à delegacia me encontrar com o Alejandro Castilho.-

- Mas vai sozinha?- Ivy perguntou preocupada.

- Sim! Sempre fui. E é só uma conversa.- Falei já me levantando.
- Vamos! Já está tarde e precisamos descansar.-

....

Cheguei em casa meia hora depois e me despedi de Ivy no corredor de nosso andar. Introduzi a chave na fechadura ouvido a voz de Rafaella, ela estava animada conversando com alguém. E quando abri a porta, vi que ela estava em um vídeo chamada. Ela conversava e ao mesmo tempo mostrava Theo em seu colo e Sofia ao seu lado, que olhava tudo atenta na tela do celular. Tranquei a porta e depositei minha bolsa e pasta sobre a mesa. Em seguida coloquei as chaves e segui para a cozinha.

Vi algumas panelas sobre o fogão com as bocas acesas e bisbilhotei. Rafa fazia nosso jantar. Abri a geladeira atrás de um copo com água e enquanto bebia o líquido tranquilamente, pensava em todo meu dia, em especial o processo. Eu não ia sossegar enquanto tudo não estivesse arquivado, torcendo para o resultado ser positivo.

Terminei e coloquei o copo sobre a pia. Logo segui para o quarto pegando minhas coisas sobre a mesa, passando por minha família na sala. Rafaella ainda estava de ovo virado para o meu lado, e sua tortura estava me matando. Fazendo-me me arrepender amargamente das minhas atitudes na quarta-feira.

Há cinco dias atrás.

Procurei por uma roupa confortável no closet e segui para o meu banho. E após longos minutos, quase uma hora, me vesti e saí do quarto. Quando cheguei na sala novamente, Sofia se pôs de pé no sofá, erguendo os braços. Logo a peguei no colo.

- Ta bom, pai. Se cuida! Tchau Renato!- Ouvi quando Rafaella se despediu, ainda ao telefone.

- Mamãe? Chegô?- Sofia chamou minha atenção, me impossibilitando de ouvir o fim da conversa.

- Cheguei filhinha! E você nem me viu. O que você ta fazendo?-

- É o vovô.-

- Falando com o ovô, filha? E você já papou?-

- Uhum...-

- Olha lá o Theo nervoso querendo vim na mamãe também.- Ela logo olhou para o irmão no colo de Rafaella. O pequeno se agitava nos encarando. - Deixa a mamãe pegar ele um pouco?!- Desci minha filha e então peguei o bebê do colo de sua mãe, que bloqueava a tela do celular. - Tudo bem, Rafa?-

A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora