Capítulo 120

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RAFAELLA

Chegar em casa depois de um expediente desgastante, mediante minha situação emocional de um fim de semana agitado e conturbado, e ver um jantar romântico preparado pelo amor da sua vida, não tem preço. Confesso que fiquei surpresa por essa atitude de Gizelly. Eu já estava disposta a conversar e resolver de uma vez a nossa situação, porém ela agiu mais rápido.

Terminei meu banho e vesti a camisola a qual ela pediu. Voltei para sala encontrando-a servindo as taças. Antes de me sentar no tapete ao seu lado, peguei em meu telefone celular e pus no modo avião. Eu não queria ninguém interrompendo nosso momento à sós. Despreocupada com nossos filhos, pois Theo estava na casa à frente, e Sofia com Manu que cuidava dela como se fosse sua. Em contrapartida, ela iria ligar para o telefone residencial se fosse o caso.

Me sentei e Gizelly estendeu a taça já cheia. Em seguida, pôs meu prato.

- Quer queijo por cima, bebê?-

- Pode salpicar um pouco.-

- Azeite?-

- Sim!-

Assim que ela terminou de me servir, logo em seguida se serviu. Tomei um gole do meu vinho e espetei a massa com o garfo, trazendo à boca.

- Bom?-

- Muito bom! Arrasou.- Respondi em forma de elogio e ela riu. Logo levou o garfo também à sua boca. - Como estão as coisas no escritório?-

- Bem, na medida do possível. Estamos trabalhando duro no caso do Alejandro. Mas distribuí as tarefas... Temos outras prioridades além dele.-

- Sim! Mas ta melhor que antes?-

- Muito melhor! E lá na agência, como foi hoje?-

- Tranquilo também, não fiz quase nada, Rodolffo não deixou. Mas estranhei o fato dele não ter me dado tanto trabalho hoje, e também não me liberou. Agora entendi.- Respondi e logo vi seu sorriso travesso.

- E como você está se sentindo? Melhor?-

- Sim. Só estive preocupada com o Renato.-

- Como ele está?-

- Ta melhor que ontem. Estava falando com ele quando cheguei. Liguei pra ele assim que saí da agência-

- Que bom que ele ta bem...- Demos uma pausa no assunto para bebericarmos nosso vinho. E assim que ela pôs a taça sobre a mesinha, voltou a dizer: - Olha, pela enésima vez quero me desculpar por ter errado com você na semana passada. Eu vinha de um estresse quando retornei a ligação pra você e acabei não compreendendo sua situação. Sei que tudo que aconteceu aquele dia não foi culpa sua, e fui imatura em levar uma situação trágica para um lado maldoso.-

- Eu aceito suas desculpas, aliás eu aceitei quando cheguei e você me indagou na porta do nosso banheiro. Mas peço desculpas também por ter me excedido com você, e ter sido mal educada. Entendi sua posição de estresse e ciúme, mas não deveríamos ter agido daquela forma. Eu tentei conversar com você, te passei detalhes do que aconteceu, e o passo à passo do que fiz. Justamente pra você não se sentir mal aqui, estando longe. E não aconteceu nada além da carona e uma conversa aleatória. Minha vó convidou ele pra jantar e meus tios insistiram pra ele ficar. Mas ele mesmo, assim como eu, estava incomodado com a situação. Mas o tempo lá estava realmente horrível. Ele ficou e foi embora logo cedo. Acordei e não o vi.-

- Eu acredito e confio em você, ta?! Só que não consegui deixar de sentir ciúmes. É normal, não é?!-

- Sim, claro que é. Só que as vezes faz mal um pouco. Olha no que esse ciúme nos levou. Há quase quinze dias de estresse e impaciência.-

A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora