RAFAELLA
Essa primeira semana aqui no Rio não foi nada fácil. Me senti incomodada e com dores nas costas praticamente todos os dias. A cólica que era bem fraquinha, foi aumentando com o passar do tempo. Eu já tinha completado meus nove meses, na próxima semana chegaria nas quarenta e duas semanas. No entanto, estava uma pilha. Rodolffo me ligou durante a semana e disse que eu não precisaria ir a agência até que meu bebê nascesse. Ou seja, minha licença maternidade já havia começado. Tranquei também minha faculdade por esse mesmo motivo. Com o salário que ganhamos todo mês, fui aos poucos montando o quarto. Rodolffo e Caio me ajudou bastante. Sofia já era muito mimada.
Durante todos esses meses que nos conhecemos, os dois me enchiam de presentes. Ganhei roupinhas, sapatinhos, lacinhos de cabelo, tudo que possa imaginar. Eles dois estão sendo anjos em minha vida. Com o decorrer dos dias, chegou no apartamento um quarto infantil completo. Berço, cômoda, guarda-roupa, tapete, cortina, tudo. E um bilhete com palavras carinhosas. No fim dele, os nomes dos remetentes: Caio e Rodolffo. Imediatamente liguei para os mesmos e agradeci. Eu já não sabia mais o que fazer para agradecer o tanto de carinho e ajuda que eu recebia desses dois. Só me restava dar meu melhor no trabalho.
Acordei na manhã seguinte com falta de ar e dor no pé da barriga. Chamei por minhas amigas e elas me ajudaram. Tomei um banho, me aprontei e pedimos um carro. A bolsa da maternidade já estava arrumada, foi a mãe de Marcella que me orientou. A mesma sempre ligava para saber como nós três estava. Pedimos um carro por aplicativo e seguimos para a maternidade CopaStar em Copacabana. Por sorte, a agência tinha convênio com esse mesmo hospital. Por tanto, era menos uma coisa para eu me preocupar.
Chegamos na recepção e me sentei na sala de espera. Eu, porém, não estava sentindo contrações ainda, apenas os sintomas que se faziam presentes durante toda a noite.
- Amiga, a recepcionista disse que uma enfermeira vem pra te levar na sala dos médicos.- Marcella disse com toda a calma do mundo. Não respondi, não tive como. Apenas balancei a cabeça.
- Ta sentindo muita dor, Rafa?- Flavina perguntou enquanto segurava minha mão.
- Só um pouco no pé da barriga.- Respondi rapidamente. Eu estava morrendo de medo.
- Rafaella Freitas?!- Uma enfermeira chegou na sala com uma prancheta nas mãos. Marcella fez sinal para a mesma e me ajudou a levantar.
- Bom dia, daqui pra frente é com a gente, ta?!- A mesma disse para as meninas. Me despedi com abraços e beijos antes de segui-la, eu não sabia se ia voltar mais, ou se já ia ganhar. Logo entramos em uma porta.
- Mãezinha! Me chamo Thelma Assis. O que você tem sentido?- A mesma me perguntou enquanto me guiava por um amplo corredor.Expliquei o que vinha acontecendo durante a semana e ela ia anotando na prancheta. Ela era muito carinhosa e atenciosa, me deixando totalmente à vontade. Logo guardou sua caneta no bolso de seu jaleco e parou de frente para uma porta.
- Você vai se consultar com a ginecologista obstetra agora, ok?!- Disse tirando-me de meus devaneios, e eu concordei. Logo a porta foi aberta por ela e eu entrei.
- Bom dia, mãezinha! Me chamo doutora Mc Gowan. Tudo bem?- A médica muito simpática me cumprimentou. Logo me sentei na cadeira.
- Bom dia, doutora!- A cumprimentei num fio de voz.
Conversamos um pouco sobre minha situação e rapidamente ela me levou até a maca e me avaliou. Pelos toques, constatamos dois de dilatação. Doutora Mc Gowan me atualizou sobre tudo que aconteceria daqui para frente. Eu ainda teria cerca de, mais ou menos, dez horas pela frente até meu útero dilatar completamente. Arregalei meus olhos ouvindo tudo aquilo, mas ela sempre me tranquilizava.
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A Culpa não foi minha! (Girafa G!P)
FanficGizelly Bicalho de Andrade, vai passar as férias na fazenda da família. Ela conhece Rafaella Freitas Gavassi quando está dando uma volta pelo pasto e flagra o capataz, Petrix, maltratando a garota e a defende. A beleza, simpatia e inocência da moça...