Colateral - parte 4

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Da autora: AAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!

Hey Creampuffs Vamos de Colateral?

Eu esqueci de contar que tem uma musica junto COLLATERAL do THE MIDNIGHT: 

***

Laura POV

- Daqui a gente vai a pé. - Disse Chlloe, desligando o caminhão. A doguinha apanhou um raminho escuro preso no retrovisor, abriu a blusa e esfregou-o no peito, pescoço e ombros. - Bora loira. - Sorridente, nem parecia o demônio de quatro patas mais cedo.

Laura a seguiu, sem prestar atenção em quase nada que não, a própria impotência. Da onde veio aquilo? Ou isso? Essa sensação estagnante. A mente girando, mas quem gira é o mundo, então quem gira em torno de que?

Foi o pé no chão que a puxou para a terra, literalmente. Sentiu a piscina dentro do sapato, e não era água.

- Iii! Caramba, abriu. Vem sobe, não falta muito pra chegar. - Disse Chlloe, já colocando-a sobre o lombo, e que cheiro de açafrão e cachorro.

Carregada, e sem poder fazer muito a respeito, de quase nada. Como se fosse carregada em todos os sentidos possíveis da frase, aqui e ali, aonde foi que algum dia ela escolheu?

Pobre vítima, não é?

O que tinha em sua mente naquela hora? Aliás por que aquela besta quadrada da sua namo... quer dizer, ex, conseguia ser tão odiosa? Como ela não percebia o mal, como ela pode não querer o bem, salvar, ao invés de condenar?

Mas será que, não é assim mesmo? As pessoas, tudo isso, preferem se destruir. Aonde foram parar todas as crianças, que um dia leram sobre o príncipe, o cavaleiro branco, em cavalo branco e capa branca, contra um terrível dragão, o mal.

Para aonde foram todas as crianças, que um dia sonharam como ela, em salvar o mundo.

- Chegamos, consegue andar até a porta? - Chlloe a colocou no chão.

- Chlloe; a gente pode salvar o mundo? - Questionou Laura, com a cabeça perdida no longe horizonte da mente.

- Claro que não. - A voz mais alegre, e a mais terrível das respostas. - Foi a mal a mordida, e se cuida tá bom, deixa as coisas se acalmarem.

Um mas, talvez não tivesse espaço, diante de tão grande sinceridade canina. Pois Laura àquela altura, era absorta no infinito eco chamado não.

Quando a saída não desaparece; em verdade, ela nunca existira.

Passada a porta com todo o cuidado manco que tinha, fechou o trinco, despertando o caçador do lado de fora, murmurando as ordens de vigiar uma loira.

Subiu as escadas aos pulinhos na perna esquerda, já que a direita estava temporariamente fora de serviço, devido a cachorros. Humor que correspondia muito ao de duas vampiras, sobre tudo uma, e ao mesmo tempo em nada lembrava a mesma.

Era confusão atrás de confusão. No caminhão era uma, e na caminhada, outra. Tudo levou àquela pergunta que engolia todas as outras, e a resposta que devastava tudo.

Sentada na cama, fuzilando o chão entre os pés novamente. Perdida num incomodo vazio de fim, o despertador apitou, e num piscar de olhos a paciência esgotou, o sangue foi até a tampa da cabeça, num arremesso de barulho contra a porta. Logo antes da mesma ser batida, Perry entrou com uma caneca de chocolate quente, e biscoitos de baunilha para acompanhar.

- Eu também já quis matar o galo de manhã, - Disse dos restos de molas e engrenagens atrás da porta. Laura virou o rosto para a janela, não queria conversa, não tinha cabeça para falar de mais nada. - Guardei um pouco de frango do almoço caso esteja com fome, pode comer o que achar no freezer, mas antes tomas isso, ta quentinho e doce, e quase uma pedra de tanto pó, do jeito que minha cavaleira gosta.

- Da um tempo Perry. Uma caneca de chocolate não vai resolver nada, não vai mudar nada, não vai arrumar as coisa, não vai salvar o mundo. - Esbaforiu a loira, cansada, segurando o choro que nem queria sair. Presa em gritar, mas só queria por para fora, algo, que geralmente, ninguém ouve, nem nós mesmos.

Perry deixou a bandeja na mesa de cabeceira, e sentou-se ao lado da mal educada loira.

- Desde que eu me lembro, todas os dias e noites, vem e vão pessoas de todos os lugares aqui. Todas cheias das suas histórias, e dos seus problemas. E cada vez, ou da única vez que passam, o que da pra fazer por elas? Ir até suas casas e dar jeito no monstro que as espera? Ou no que chega depois da meia noite? Ou teria como dar jeito no monstro dentro do palácio do parlamento, ou até mesmo na sombra da ponta das balas, no fio de cada lamina? Você tem razão, um chocolate quente não vai resolver nada. Nem aqui, nem na casa de ninguém. Mas as vezes, o calor dessa caneca, é todo o calor que essa pessoa vai ter. O único doce momento no dia delas. A caneca não resolve nada, isso é fato, é a pessoa que a segura que faz isso. O chocolate não luta uma guerra, mas ajuda quem vai enfrentar tudo isso. Saco vazio não para em pé, Laura.

- Bonito, mas a gente não pode salvar o mundo, Perry. - Disse amarga a loira. A ruiva levantou indo a porta.

- Eu começaria com: O que é o mundo? - Perry fechou a porta.

Se era LaF a ostentar o título de peste das palavras, a dona da hospedaria era a mestra. Embora o que reverberava na loira, não tinha uma linguagem. Se a porta do fim não se encontrava, havia para ela outra, a porta do começo.

Todo começo, tem um fim; e todo fim é um novo começo.

***

Manhã.

Laura lavou o rosto, ardiam alguns cortes perto do cabelo. Vestiu a nova roupa de ficar em casa, passou na cozinha para levar uma caneca bem cheia de café ao quarto. Puxou o a outra cama para junto da sua, sentou-se e mirou a parede vazia, oposta a cama, dando um gole no café amargo, com todo o açúcar preso no fundo. Pegou alguns cartões e alfinetes indo na direção da parede, enquanto esfregava a língua no céu da boca, numa falha tentativa de melhorar aquele margo.

Na parede pregou um cartão, com o nome de Craule, outro com o de Carmilla. Esticou um barbante vermelho, amarrou-o ligando os nomes.

Por ultimo pregou um ponto de interrogação acima da linha.

E assim começa.

***

Da autora: E como fomos hoje Soldiers? O capitulo final de Colateral. Segura que a Laura tá mudando a linha, ou começando a ver um pouco além. O que acharam da musica e do Cap? Me contem, porque terminando de escrever Colateral 4, só escutava Finale do Madeon, com a imagem da cena final da Laura.

A musica do Madeon

Um imenso abração de lobo em vcs lindas, e até o próximo One More Night!!!

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⏰ Última atualização: Oct 03, 2021 ⏰

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