Agora, GIRL THE HELL UP!

72 6 2
                                    

5 horas, antes do agora:

Carmilla lembrava da noite que teve com Laura. Do calor, do amor. Agora tinha de ser fria, odiosa, afastar a loira, que à pouco tentou libertá-la.

"Sai daqui! Você não é nada além de uma humana! Não serve pra mim!"

Ela perguntou por que para a vampira, o que estava falando.

"Estou dizendo que de você eu já tive o que eu queria, agora não preciso mais!"

Que papelão, e para qual objetivo? De que servia afastá-la? Valaquia não ia se satisfazer unicamente com uma vida.

O rosto da vampira escureceu, escondida atrás das sombras do cabelo, talvez devesse acabar logo com tudo, quanto antes morresse, mais cedo deixaria Laura e Craule sozinhas. Ingenuidade, como se fossem deixa-las em paz, mesmo que fosse para o Tartaro, ou o inferno de Hella, nunca permitiriam que as duas vivessem sem pagar com a mesma.

Fechou os olhos no mesmo tempo dos punhos cerrando, concentrou o que tinha de força vinda do sangue da caçadora, e forçou os braços para frente. As correntes tencionadas puxaram a parede, e os pulsos da vampira queimavam no metal.

CLACK!

Fez um elo da corrente.

CLACK!

CLACK!

CLACK!

Fizeram outros. Mais um pouco.

Então:

Aquele miado de antes.

Um gato num saco pulou para dentro da cela, somente com a cabeça para fora. Chlloe entrou depois como um filhote e Carmilla agarrou no ar.

- Viu, eu peguei a safada. – Disse apontando para a gata.

- Safada? – Questionou a vampira, vendo a peladona com marcas de chupões.

- É, agora você vai falar tudo o que me contou na cama. – Chlloe desamarrou a gata tomando a forma de uma mulher pálida de olhos verdes e claros cortados pelo fio dos olhos felinos, com o cabelo ondulado castanho até o ombro.

- Na cama?

- Ah não começa, eu peguei ela!

- Notasse. – Respondeu a sarcástica vampira.

- Da pra vocês calarem a boca? E me explicar como eu sai de uma transa pra uma prisão? Desde quando sexo é ilegal porra?!

- Vocês se parecem. – Apontou Carmilla.

- Fala pra ela o que você me disse. Exatamente como disse.

- Pera ai não quero saber da cama de vocês.

- Não é isso. Ela falou de uma bruxa. Você não disse que aqueles monstros tinham cheiro de cadáver? – Expos a cachorrinha.

- Pelo amor de deus, eu só quero ficar em paz daquela filha da puta! – Berrou a gata.

- Você falou que ta fugindo dos monstros da bruxa! – A cachorrinha apontava.

Carmilla encarou os olhos antes azuis, Chlloe quase voava no pescoço da felina.

- O que? Ah tenha dó, gente eu não quero confusão tá? Eu só vim para cá porque é mais seguro perto desses babacas de preto.

- Seguro de que? – A vampira questionou.

- Dos bonecos. Aquelas coisas tem um bafo terrível, e agora tem até de fogo, o norte tá cheio deles, e eles me caçam, qualquer boneco dela me caça. Vim pra cá porque vai ser mais seguro aqui.

One More NightOnde histórias criam vida. Descubra agora