Você vai

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Garu virava outra dose de Whisky na garganta provocando a motoqueira que, não suportava meio gole de cerveja.

- Então, por que esta aqui, e não na cama com a Laura? - A carrasco apoiava as costas no balcão, algo em sua voz era diferente, menos carregada de autoridade. Carmilla não conseguia pensar em uma resposta, o assunto enchia seus olhos de algo liquido - Espero que responda que é porque ela morreu.

Carmilla desceu do banco super aborrecida, até se esqueceu de Danny. Parou na calçada frente a porta do bar, as lagrimas queriam muito sair, mas suportou-as antes que pudessem molhar o rosto.

- Como vai? Ela já falou com você? - A voz de Norma pulou nos ouvidos da morena. A promotora estava com os braços cruzados encostada na janela do bar - As coisas não parecem bem pela sua cara.

- Vai me matar? - E a pergunta mudou quando avistou sua mochila abaixo da janela.

- Eu não - Respondeu Evergot.

- Eu que vou te matar vampira burra! - Fallvalion chutava a porta. Em um segundo Carmilla estava sendo carregada nos braços da carrasco, a paisagem corria como em borrões de um filme antigo em branco e preto.

- Me larga que, porcaria é essa? - Bramiu esperneando.

Garu segurava firmemente ignorando qualquer queixa da renegada, por fim largando-a frente à hospedaria.

- Pra que me trouxe aqui?! - Rosnou a morena.

- Você ficou mais burra é? Pra você ficar com a Laura, o que mais? - Garu foi em direção a porta.

- Eu não vou!

A carrasco hesitou compreendendo a decisão da renegada.

- Me de uma boa justificativa pra isso - A voz dela era sombria, uma raiva oculta abrolhava do peito da loira do terceiro tribunal - Não vai?

- Não... - Carmilla voou para a o topo da estrada rolando quase metade da descida, depois de um chute de calcanhar na barriga. Ela empurrou o chão tentando levantar, arrastou-se até o topo da cabeça tocar nas botas da carrasco.

- Estou esperando a justificativa, não vai atrás de quem você ama? Vai fugir dela, vai desprezar o amor da sua vida?

- Amor da minha vida?!

Garu agarrou a morena pela gola, tirando-a do chão, deixando a renegada um pouco mais alto.

- Você é muito burra mesmo, parece que emburreceu mais ainda depois que lutamos - Carmilla encarava com amargo desprezo o cenho - Vai ficar com essa pirraça? Não quero saber de chiliques, se brigaram, vá lá e se desculpe, engula esse orgulho, faça as pazes, se abracem, se beijem, façam amor a noite toda, a vida humana e o tempo são muito curtos pra que vocês desperdicem com brigas tolas! Então você vai lá agora...

- O que você tem haver com isso carrasco de merda! Vem aqui se intrometendo no que você mesma ajudou a destruir! Você não sabe nada!

- Ta bom então me explica - Garu defendeu uma joelhada com o cotovelo - Com essa explicação não vai me convencer - Ela jogou a morena do outro lado da estrada. Como da primeira vez, a carrasco e a renegada se enfrentavam, socos firmes dos punhos de Garu, pontapés atrapalhados de Carmilla. Aguentar o próprio peso estava sendo desgastante, agitar o corpo pesado degringolando a cada inspirada, obrigando-a a erguer-se precariamente, o tronco curvado quase sempre caindo, os joelhos nunca esticados por completo, e a respiração ardendo de dor - Você vai, querendo ou não você vai ficar com a Laura essa noite.

O frio vento passou pelas vampiras, o cabelo de Garu foi levado para o lado, expondo a horrenda cicatriz marcando de trás do ouvido, correndo parte do pescoço e descendo para as costas. Fallvalion correu para o ataque da renegada, levando um soco no estomago, quando uma luz clareou a lateral delas. Sem poder reagir, Carmilla foi levada pelo abraço num giro da adversária, desviando de Avalanche subindo a estrada com Norma na direção.

One More NightOnde histórias criam vida. Descubra agora