Don't Wanna Know

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Laura POV

Funcionários da limpeza da cidade, varriam os restos do animado carnaval. Enchendo o ar de sons, vassouras escovando o chão, e carrinhos de lixo trepidando nas ruas de paralelepípedo. Laura estava sentada no meio fio, agoniada da situação do quarto da vampira, e os presentes e provocações da duquesa.

A loira escondeu o rosto entre as mãos, na tentativa de atenuar o rebuliço em sua mente. Irritada? Imagine, um diabo da Tasmânia era calmo perto dela. Ela apertou os olhos, escondendo a careta de desgosto, junto das ataduras na palma direita.

Droga de vampira, droga de duquesa, por que simplesmente não se enfiam num quarto e pronto? E se fossem, e se Carm estivesse agora recebendo Aghi no quarto.

Juntas.

- Nem ligo. Nem temos mais nada. – Murmurou. Pois é, não tinham nada mesmo, não mais.

- Com licença. – Rosnou um dos garis, tirando a loira dos pensamentos à vassouradas. Laura se levantou e foi até a fonte que havia do outro lado da rua. Deixou a mochila de lado, sentou-se à mureta, olhando profundamente as ondulações da água. O reflexo de luz, em seu rosto, cintilando como as ondas num peixe, preso no aquário. Mirou a estatua no topo, e ficou chateada. Um cupido apontando a seta para ela.

De soslaio percebeu a mochila mexer-se. Um garoto de olhar assustado e roupas velhas, os magros dedos presos na alça.

- Olá. – Disse a loira, quando ele disparou em fuga com a enorme com o produto do furto.

"Ladrão!" Grasnou alguém. E o garoto foi cercado por soldados. O pivete fora levado ao chão em chutes e socos, quando uma velhinha em semelhantes trapos, jogou-se sobre o menino, implorando que e o permitissem ir.

Porém os soldados simplesmente diziam que não os compreendiam o horrendo e imoral idioma. O que não tinha sentido. A loira interveio, e simplesmente falou com ambos na maior normalidade, enquanto os presentes indagavam-se como a garota estava a falar em inteira fluência.

- Senhorita, esse garoto é um ladrão. – Disse o soldado.

- Foi um mal-entendido. Ele não levou nada está tudo aqui, veja. – Contrapôs ela, ao amostrar a última moda intima de Paris. E morrendo de vergonha por tamanha bagagem inútil.

- Acalme-se, eu não a entendo. – Rosnou um dos guardas para a velha.

- Ela está dizendo que o neto não fez por mal, que a dias eles não comem. – Explicou a samaritana, deste absurdo de desentendimento.

- Muito bem senhora, pegue seu neto e voltem para a área de vocês. Vocês não têm permissão de estar aqui. – Intimou o mais alto, sob o volumoso bigode. E embora a fala não fosse a mesma, a senhora e o neto apressaram-se em aproveitar da rara gentileza, e foram eles para o fim da rua.

- Permissão pra andar na cidade? – Questionou a loira.

- Permissão de confabularem outra ditadura Nazista. Os alemães não são confiáveis. – Disse o mais alto fuzilando-a no olhar.

- Alias a senhorita fala muito bem o idioma deles. E o nosso. – Salientou o ruivo de uniforme.

- Falo? – A loira não entendera bem o significado deles de idioma, sendo que para ela todos falavam a mesma língua. Reparou, no entanto, certa malicia nas ações deles. Não pareciam estar apenas de elogios a sua retorica, mas sim suspeitando dela.

De imediato tentou findar o desagradável ar, porém ao primeiro intento de um passo, os soldados a cercaram. Rifles a mão, e um terrível agouro ariano. Pediram seus documentos, mas até parece que no surto do falo de borracha, ela pegou qualquer papel com seu nome.

One More NightOnde histórias criam vida. Descubra agora