Capítulo 8 - Preocupações

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_Flashback on_

Yêse: Mamãe, o papai pediu a sua pizza favorita! – Eu havia descido para o andar de baixo na companhia de Luis. Quando minha filha me abraçou de surpresa, na ponta da escada, enquanto me encarava com um enorme sorriso.

S/n: Seu pai já pediu? – Vou a pegando em meu colo, quando ela acena que sim com sua cabeça. – Aonde seu pai está?

Yonê: Ele tá na cozinha preparando um suco que pedi para ele. – Encaro o Luis. Eu estava completamente dividida comigo mesma, em ficar ou poder acompanhar Luis até o bar.

Minha família sentia minha falta, eu estava aqui para eles, mas...Luis tinha razão em poder comer no mesmo lugar que o Kai. Aquilo não iria me fazer bem, eu apenas iria fazer algo que sempre faço...fingir minha felicidade, como se fosse uma espécie de filtro do instagram.

S/n: Luis, você pode ficar com eles dois enquanto vou lá falar com o Kai?

Luis: Vai enfrentar a medusa? – Vou empurrando de leve a Yêse para ficar com o Luis.

Yêse: Porque o papai é a medusa titio?

Luis: É que tudo que ele fala parece minis cobrinhas tentando te picar. – Ele tenta fazer uma espécie de fantoche de cobra com sua mão, fazendo então cócegas na barriga de Yêse. – A medusa vai atacar você!!- Yêse solta um pequenino grito fino, logo acompanhados de risadinhas.

Yêse: Me salva da medusa Yonê!!

Yonê: Pare com isso sua cobra feia! – Ele vai se aproximando, tentando defender sua irmã...

Luis: Quer virar pedra é? – Soltei um leve sorriso bufante, assim vou me virando e saindo em direção a cozinha, antes que eu pudesse entrar naquele ambiente escutei um grito de Luis. – CUIDADO PARA NÃO VIRAR ESTÁTUA S/N! A MEDUSA ESTÁ ATACADA HOJE! – Dei de ombros, em uma maneira de brincar com aquilo mesmo estando preocupada.

Entrando na cozinh, olhei em volta e vi Kai a cortar algumas frutas no balcão.

Kai: Porque está aqui? – Falou ele sem se quer desviar seu olhar para mim.

S/n: É que...- Juntei as minhas mãos uma na outra, dando até alguns passos em sua direção. – Eu não vou ficar para comer. – A maneira que ele cortou aquela fruta, desta vez foi de uma maneira mais bruta, uma espécie de linguagem oculta em ameaças... – Soube que você pediu a pizza que eu gosto.

Kai: Luis não pediu a pizza quando eu mandei ele fazer isto, então tive que pedir porque as crianças estão com fome. – Ele respira fundo.

S/n: Estou saindo com o Luis para poder esvaziar a mente. – Parei de andar.

Kai: Hum...- Ele caminhou em direção ao armário, abriu e começou a procurar por algo.

S/n: Não sei que horas eu vou voltar, então se poder falar para crianças que- sou interrompida.

Kai: Que a mãe deles mais uma vez teve que sair por que não tem tempo para família.

S/n: Não é isto Kai. – Dei mais um passo à frente. – Eu apenas...- Novamente interrompida.

Kai: Não se preocupe, vou inventar alguma desculpa para eles...como sempre. –Contraí meus lábios, eu odeio estar nesta situação com ele, antes mal brigávamos, porém agora...

_Flashback off_

Senti um cutucar em meu ombro, balancei a minha cabeça e olhei para o lado. Até que vi o Luis segurando dois copos e uma garrafa de soju, ele se senta na cadeira em frente a mim, ajeita toda a mesa e começa a tentar abrir aquela bebida.

- Hum...você estava pensativa. – Dou um pequenino sorriso.

- Estou pensando no Kai e nas crianças. – Finalmente o mesmo consegue tirar aquele gargalo e então vai servindo um pouco para nós dois.

- Ah S/n! Para de pensar um pouco no meu irmão, eu sei que ele é grudento que nem chiclete, mas agora você precisa aproveitar e relaxar! - Ele termina de servir- Vai! Dá um vira completo nesse copo!

- Luis...eu não sei.

- Confia! O máximo que pode acontecer é virarmos cantores de karaokê. – Ele sorri, no qual retribuo, porém, continuo a olhar aquela bebida. – Aí cara, mas você é muito mole para beber! Vamos S/n, isso é por você! Esquece essa conduta de mãe perfeita que parece a uma Flávia Calina, vive a vida louca mulher. – Respiro fundo, aperto com minha mão aquele copo e logo vou tentando virar o mais rápido que posso. – IRRA! AGORA SIM!!! – Termino e vou botando o copo na mesa novamente, logo fazendo algumas caretas por conta daquele gosto amargo forte que continha. Luis sem perder muito tempo vai enchendo novamente o meu copo. – HOJE A NOITE É NOSSA!!!! – Ele estende o seu copo, logo assim fazemos um brinde em meio de risadas um pouco altas.

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