Capítulo 9- Os olhos são janelas para a ALMA

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(Escute: “Dua Lipa – Physical”)

Eu e o Luis estávamos completamente fora de nós mesmos, tudo ali não se passavam de risadas altas e conversas tão aleatórias que você jamais poderia imaginar.

Finalmente, depois de tanto tempo eu estava a me divertir novamente, me lembro que nem sempre tive este tempo único para mim mesma, é...o Luis estava certo.

Eu tenho que focar mais em mim as vezes, pensar no que realmente me faz alegre.

Eu e ele já estávamos na terceira garrafa de soju, não tínhamos noção de quanto tempo já havia se passado.

- NOOSSAA!! EU AMO ESTA MÚSICA! – Gritou o Luis. – VAMOS DANÇAR?? – O mesmo arregala os olhos com um sorriso de orelha a orelha.

- Dançar? Tá louco? – Solto algumas risadas.

- Ah! Para ser tímida S/n. Bora se divertir!!! – Ele foi tampando a nossa garrafa, demos mais um gole em nossos copos de bebidas, apenas para poder terminar o resto que havia ali. – URRU! ESSA PISTA VAI CONHCER HOJE QUEM É O REI DO REBOLAÇO. – Solto algumas gargalhadas, deixando até escapar um pouco de bebida pelo canto da minha boca.

Até que o Luis pega em meu pulso e logo vai me puxando para o centro do bar.

Começamos a dançar, poderia ser de maneira louca, mas era algo totalmente engraçado para nós dois aliviarmos nossos pensamentos.

Notei que todos os olhares daquele ambiente estavam em nós dois, antes eu até poderia ligar, mas nada agora me importava além de alegrar o meu astral!

Sentir esta emoção (adrenalina) percorrer pelas minhas veias é algo que eu não sinto a muito tempone eu queria só sentir todos os músculos de meu corpo se movimentar.

Balançava a minha cabeça e até o meu quadril com o ritmo da música.

Se você precisar renovar as suas energias, Luis é a melhor pessoa para este momento, fico feliz por nós continuarmos a nos dar bem.

- Eita garota! Tô adorando a sua dança. – Notei que esta voz vinha de alguma mesa próxima, olhei para minha volta e mesmo com a minha visão um pouco embaralhada, consegui localizar um homem me encarando de cima a baixo e com um sorriso audacioso em sua face, ele continha uma sobrancelha dupla dentes tão tortos...

- Aí que nojo. – Disse Luís, parece que eu não fui a única a nota-lo.

- Porque não deixa seu amiguinho aí dançando sozinho e vem dançar para mim, hein? – Revirei o meu olhar, nada poderia estragar aquela noite. Nada!
 
- Sai daí hetero top!! – Luis disse. - Perdeu o juízo?

- E como não perder com um corpo desse que ela tem?

- Tu não tem vergonha cara não? – Luis tenta andar um pouco na direção daquele cara, porém eu vou impedindo o mesmo.

- Ai Luis. Não deixa ele estragar essa noite. “A noite é nossa! ”, esqueceu?

- Eu ia ajeitar os dentes dele, você sabe que eu sou de fazer favor para os necessitados, principalmente para quem não tem uma higiene bucal a mil. – Solto uma risada, logo aquele cara se levanta, foi aí que Luis não se aguentou e começou a gargalhar da altura daquele homem, o cara parecia ter no máximo um metro e quarenta. – Ai meu deus! O anão da branca de neve saiu do conto de fadas! – Dei um tapa de leve no ombro do Luis, enquanto segurava a minha risada.

- Para Luis! – Luis rachava muito de tanto rir, até se curvando um pouco para trás.

- Tá rindo do que rapaz? Acha que só porque eu sou pequeno não posso acabar com você?

- Ai! Minha barriga! Calma aí que eu não aguento. – Luis voltou a rir, escondo até seu rosto em meu ombro. Senti que Luis estava rindo tanto, mais tanto que acho que uma hora ele não aguentaria mais ficar em pé de tanto rir. Eu comecei a rir com o mesmo, estávamos tão bêbados que tudo em nossa volta era algo para tirarmos mil piadas e rimos daquilo sem nenhum motivo algum.

- Ah moleques, eu vou ensinar a vocês uma lição! – Aquele homem apertou o seu sinto e começou a andar em nossa direção.

- Luis...- Falei entre a minha risada. – O homem, ele está vindo! –  Luis foi logo se recompondo em meio de respiração e logo parou com um sorriso debochado.

- S/n, se eu quebrar um dente por sua causa...- ele olha para mim. – Você vai me pagar por um dente novo.

- O que?

- Pensou o que querida? Defesa de graça? Sou seu guarda costas não. – Cruzei os meus braços e o encarei incrédula. Aquele homem conseguiu chegar perto do Luis e quando ele ia dar um soco na barriga, com a seus dedos cheios de anéis de prata, Luis conseguiu esquivar-se. – Ei! Ei! Batalha injusta! O cara tá apelando com esses anéis. – O homem tentar dar novamente outro soco, no qual o Luis consegue desviar dando alguns passos para trás. – APELÃO!!! – Aquele homem corre em direção o Luis, no qual Luis apenas segura no topo da cabeça daquele cara, que estava completamente bravo, fazendo com que ele ficasse parado no lugar tentando atingir ao Luis de qualquer maneira. – Calma! Tua mãe sabe que você vive se metendo em briga? Vou contar para ela em rapazinho!

- VOU MATAR VOCÊ!

- Ixe, adolescente revoltado! Coitados dos teus filhos S/n quando chegar nessa fase, eu não cuido! – Até que aquele homem, que já estava bufando parecendo um animal descontrolado, dá um chute na virilha de Luis, onde o mesmo cai no chão, soltando então aquele indivíduo. – Oh porra!

- LUIS! – Tento avançar naquele homem, mas sou retrucada com um soco do mesmo em meu estômago, fazendo com que eu caísse de joelhos no chão, enquanto tentava recuperar o meu ar...

- Você deveria ter ficado calada enquanto podia. – Foi muito rápido o impacto que senti contra a minha bochecha, aqueles anéis aumentavam a sua força de uma maneira inexplicável, fazendo então com que o meu corpo caísse contra o chão....

- Velho estúpido. – Escutei a voz de Luis que vinha ao meu lado, olhei e apenas enxerguei uma silhueta a tentar a se levantar, porém é interrompida com um soco diretamente no queixo. Eu tentava respirar enquanto sentia um gosto de meu próprio sangue. Eu não tinha forças para me mexer ou defender o Luis neste momento, apenas estava tentando ainda continuar acordada...

- Falei que iria matar você, não falei? – Quando ele iria dar um outro soco naquela silhueta caída no chão...eu apenas pude ver, em um espanto,  uma bala passar pela testa daquele homem, sangue espalhou-se por todo o chão e lentamente o corpo começou cair, senti algumas gotas respingarem em meu rosto...,além que ouvia os gritos das pessoas que estavam naquele bar.

Vi então uma outra silhueta em pé, apertei meus olhos para tentar focar em quem era...

Possuía a fisionomia de um homem, em sua mão estava uma arma prata que ainda soltava fumaça pelo cano, seu pulso...continha uma tatuagem de dragão...

Subi um pouco o olhar, vi que suas roupas eram totalmente pretas, não dava para ver seu cabelo por conta de um boné  e seu rosto estava coberto apenas do nariz para baixo com uma espécie de máscara preta...seu olhar era frio em direção a aquele tal corpo...

Eu não o reconhecia de maneira alguma... meu cérebro não processava tanta informação ao mesmo tempo

E como uma última visão pertubadora, antes que eu sentisse meu corpo enfraquecer mais ainda e por fim desmaiar, aquela figura desconhecida olha de canto para mim...no fundo de meus olhos, esta criatura poderia ser considerado um monstro neste momento...já que não conseguia ver a sua alma através de seus olhos, sem sentimentos, que por poucos segundos fez com que eu imagina-se que ele fosse atirar em mim...

ATRÁVES DA ALMA- S/n Jong-in Onde histórias criam vida. Descubra agora