Capítulo 10 - Por outros olhos

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- Sim chefe, eu sei que tenho que me livrar do corpo. – Eu estava no banco do passageiro da frente, no qual a rua que o nossa van estava parada era totalmente deserta...para que as câmeras de segurança não nos vissem, deixamos todo tipo de luz desligada.  Minha respiração está ofegante, é minha primeira noite a fazer este tipo de coisa, não é que eu não tenha um motivo para fazer este tipo coisa, pelo ao contrário...tenho um ótimo motivo para tomar tais decisões. Olho para o lado e vejo aquele homem desconhecido que estava no banco do motorista. As suas vestes eram completamente pretas, mas em seu pulso dava para notar uma tatuagem de dragão...bom, além dele ser responsável por cuidar de minha pessoa hoje, ele está falando com o tal...chefe. Nunca vi o rosto desta pessoa que comanda tudo isto, apenas a sua voz por estas ligações. – Ela está bem, não se preocupe, fiz questão de deixa-la acomodada no banco de trás, junto com o cara que estava com ela. – Este homem...não podia ver seu rosto, resumindo, não posso ver rosto de ninguém que está envolvido nestas coisas criminais. Para ser sincero eu nem sabia o nome desta pessoa que está sentada ao meu lado, porém ele me conhecia, melhor do que eu mesmo poderia me conhecer. Apenas ficava focado em seus olhos castanhos, um pouco perdidos ao olhar para a estrada. – Bom, já estabilizamos os ferimentos deles dois e logo colocaremos o recado em suas vestimentas. – Olho par trás e vi a nossa tal "missão". Uma mulher de vinte e um anos, se eu não me engano ela é uma das maiores escritoras destes tempos...e o outro era...alguém que eu não vejo a muito tempo, quando ele retornou à escola eu já havia deixado aquilo para trás, nunca imaginaria que o encontraria desta maneira. Queria poder lhe encontrar mais vezes...vou estendendo a minha mão para pelo menos tentar tocar em seu joelho, mas...- O-o senhor tem certeza disso? Acha que somos capazes? – Aquele homem hesitou em sua fala? Deixo de lado o que eu estava prestes a fazer, logo me endireitando no banco. O encarava de maneira preocupante. – Não senhor, não vou desobedecer. Certo! Faremos isto agora...- O tal indivíduo vai desligando da chamada, enquanto percebi seu olhar incrédulo para o volante.

- Aconteceu alguma coisa senhor? – Falei tentando manter um pouco de cautela.

- Ele pediu para drenarmos o sangue daquele anão, separar os ossos da carne e levar...diretamente a ele. – Arregalei meus olhos chocado.

- Mas o chefe tinha falado que nunca faríamos este tipo de trabalho, isto fica a propor de outro grupo.

- Sei disto. – Vi que em uma respiração ele se recompôs, logo levantando o seu olhar para mim. – Porém ele quer que nós tomemos conta disto apenas por hoje.

- Mas...

- Você quer retruca-lo Amlin? – Contraí meus lábios.

- N-não senhor...- Abaixei minha cabeça para meus joelhos. – Fico apenas preocupado desses dois acordarem enquanto estivermos fazendo isto. O tal homem suspira fundo.

- Notei que parece conhecer uma das pessoas aí atrás. – Estava tão nervoso que apertei com força o banco do carro.

- Eu...apenas achei parecido com antigo conhecido meu. Nada mais senhor. - Meu coração chegava a mil, que merda de azar.

- Vou te poupar. – Levantei meu olhar surpreso para o mesmo.

- Se-senhor...

- É seu primeiro dia Amlin, mesmo que eu nunca tenha feito isto, estou acostumado a ver. Então você não precisa fazer nada, mas é só por hoje, ok?

- S-sim senhor! Muito obrigado senhor! – Abaixei minha cabeça em uma maneira de respeito.

- Fique aqui e tome conta de que eles não acordem, se acordarem você sabe o que fazer, não é?

- Dar aquele calmante para eles.

- Exatamente...pelas ordens de nosso chefe, não devemos machuca-los por enquanto. – Por enquanto? Como assim? Desviei meu olhar para...aquele que conhecia a muito tempo, Luis, meu olhar era de preocupado, não queria que nada mal acontecesse com tal. Eu me lembro muito bem do dia que lhe conheci, você foi o único que me tratou como se eu não fosse uma aberração…Quando percebi que o homem iria sair do carro, tentei o interromper com uma pergunta.

- S-senhor! – O mesmo para em pé do lado de fora, segurando então a porta. – Iremos deixar eles em casa em breve, certo?

- Em breve garoto, em breve...

ATRÁVES DA ALMA- S/n Jong-in Onde histórias criam vida. Descubra agora