ATRÁVES DA ALMA- S/n Jong-in

♤Este é o fim?♤

(Escute “J. Cole - She Knows”)

Depois de dois dias, depois tudo que aconteceu. Ainda assim era recente, as mortes, as perdas...

Nada foi em vão, mas também nada seria esquecido por esta grande e bela turma, no qual todos estavam reunidos em volta de quatro túmulos, no qual três possuíam corpos e um deles não.

O primeiro túmulo não tinha ninguém ali que o admirasse, já que estava repleto de ódio, rancor. Era o túmulo de Kim Taehyung, o que finalmente eles poderiam confirmar em alívio de que ele estaria morto, só que para trazer a paz teve outras vidas perdidas.

Como exemplo o do segundo túmulo, que possuía um ursinho de pelúcia bem simples, colocado como oferenda. No qual aquele túmulo pertencia a mais nova das almas que estavam ali...Yêse. Este ursinho foi deixado pelo seu irmão, Yonê, que não ficou junto com a turma, ele preferiu ficar sentado perto do túmulo de sua irmã e conversar com ela. Sim, o que há de melhor do que conversar?

Afinal, de alguma maneira seu irmão ainda a sentia por perto. Era um sentimento reconfortante...

Ao lado deste túmulo, estava o tal túmulo vazio. Vazio apenas pelo fato de não possuir corpo, pois ele estava cheio de esperança, de amor, arrependimento e compaixão. Mas a cima de tudo, o perdão transbordava por ali. Era o túmulo de Jungkook.

Mara estava em pé segurando as suas lágrimas enquanto observava atentamente o nome do qual ela amou durante a vida dela toda. Jimin então, se aproximou da mesma e segurou em seu ombro, a chamando para poder se reunir com o resto do grupo de estavam todos em volta do último e o mais importante de todos os túmulos. Mara então acenou para o Yonê os acompanhar e assim, aqueles três saíram andando para o quarto túmulo.

Este túmulo era da pessoa que pensava que estava sozinha, que não queria que as pessoas as deixassem, mas também não queriam preocupa-los. Onde ela apenas desejava ver todos bem, todos felizes...e em meio a esta “brincadeira” de herói, ela acabou se sacrificando para poder ajudar aqueles que eram de grande importância.

- A S/n...sempre foi uma boa pessoa.- Kai falava em meio a muitas lágrimas, enquanto todos em sua volta olhavam com expressões tristes. Até Celeste, que nunca se deu tão bem com S/n, deixava escapar algumas lágrimas de seus olhos, no qual Seokjin e Mara começaram a consolar. Yoongi estava sério ao lado de Kai, ele se segurava com todas as forças para não começar a desabar ali mesmo. Mais atrás estavam Mateus e Luis, abraçados e totalmente sem animação quanto tinham antes, sentada em sua frente a nova cadela que eles adotaram. Mesmo sendo um pequeno animal, ela compreendia que todos estavam tristes e então ficou caladinha enquanto olhava para todos.

- Vamos Kai.- Disse o Yoongi, que logo fungou, sentiu seus lábios tremerem um pouco.- Temos que achar sua mãe ainda e terminar isto. – Yoongi foi o primeiro a dar as costas e a sair. Pouco a pouco, aquele grupo foi se desmanchando e saindo cada um para um lado. Deixando apenas Mateus, Luis e a cadela ali. Até que o celular de Mateus vibrou...

- Vamos Luis, o Namjoon chegou para nos levar para a casa. – Luis contraiu seu maxilar e apenas se deixou a ser levado pelo Mateus, que o puxava para poder sair dali.

O que ninguém notou, foi que todos eles estavam sendo observados...
Um pouco distante dali, atrás de um daqueles túmulos que são construídos como se fossem uma casa, estava Amlin. Que esperou pacientemente todos saírem para poder se aproximar do túmulo do seu antigo chefe.

-Eles pensam que isso é o final de tudo? – Amlin dava um sorriso lateral, enquanto ele finalmente chegou cara a cara com o túmulo de Taehyung. – Eu continuarei seu legado, só que de uma maneira menos burra. Ser jogado duas vezes a morte por um amor não correspondido? Que burrice...- Ele soltou um risinho bufante. - Não se preocupe com seu “reino”, não vou deixar com que seu irmãozinho assuma tudo. Afinal...- Ele sussurrou. - Tudo será meu, inclusive o Luis. – E se virou de costas conta o túmulo. – Ah! Aproveite bem o inferno! – Ele começou a andar para finalmente sair do cemitério como todos os outros...

E cá estamos nós...

Presos novamente neste loop infinito de desgraças...

Cuidado.

Não desejo a você, não desejo a ninguém.

Eu espero que ninguém venha sorrir para você ou olhar para você com desejo...

Um desejo ao ponto de cometer loucuras...

Afinal, precisamos sobreviver em este mundo louco.

E quando se trata de sobreviver.

Tudo vale!

Fim.