Capítulo 15 - O desespero não tem fim.

71 5 19
                                    

_Meu senhor, por favor se acalme. – Eu olhava para os lados tentando me conter, minha teoria poderia estar errada, porém eu precisava conferir. Só que aquela mulher do balcão estava a me impedir de fazer qualquer coisa...enquanto discutíamos em meio de sussurros.

_Por favor moça, isto é importante. A senhora tem que entender que isso pode ajudar duas pessoas que estão desaparecidas! - Eu segurava aquele livro com força.

_Senhor, eu infelizmente não posso deixar o senhor olhar as câmeras de segurança. Isto está contra o protocolo do local.

_QUE SE DAN- Respirei fundo ao perceber pessoas olhando para mim. – A senhora tem que entender, por favor! Será rápido!

_ O que está acontecendo aqui? – Escutei uma voz de autoridade atrás de mim, olhei para tal canto e vi uma mulher e no seu crachá estava escrito, além de seu nome, o seu cargo...ela era a gerente do local.

_Senhorita…- Consegui ler o nome por poucos segundos. – Senhorita Nara, eu vou explicar a situação para a senhora! - Ela cruza seus braços, me olhando com um olhar intimidador, no qual faz com que eu quase tropece em meus próprios pés.

_Senhora! Este homem está tentando invadir a sala de segurança. – Falou a mulher entre os dentes.

_ Conta isso direito! Olhe lá! – Já aumentei um pouco o tom da minha voz.

_ Como é seu nome meu senhor? – Suspirei para tentar me manter calmo.

_Kai!

_ Senhor Kai, vai levar este livro para ler? – Olhei para o Livro e depois levantei o meu olhar para a moça.

_Não! Quer dizer, talvez eu leve! Mas o fato importante aqui é que eu tenho que ver as filmagens desse dia aqui! Olha só! – Entreguei o livro para a mesma, apontando então para a data que ao lado estava escrito JK.

_JK?- Ela arqueou uma sobrancelha, enquanto eu coloquei as minhas mãos em minha cintura.

_Existe um amigo, um conhecido! Eciste um conhecido meu que se chama Jungkook, eu acho que é ele! – A mulher respirou fundo, fechou o livro com força, fazendo com que eu tomasse um leve susto e logo ela colocou o livro em cima do balcão.

_ O senhor quer saber se o amigo do senhor...- A interrompi.

_Conhecido!- Ela suspirou novamente.

_Conhecido, alugou este livro?

_ Isto!

_O SENHOR É LOUCO? – Me assustei com o tal grito dela. – SE QUISER SABER SE SEU CONHECIDO VEIO AQUI É APENAS ENTRAR EM CONTATO COM ELE! PARA QUE QUERER INVADIR A SALA DE SEGURANÇA?

_Senhora, se me permite dizer…- Sou interrompido pela mesma.

_ NÃO PERMITO! VAMOS! PARA FORA DESTA BIBLIOTECA!

_Minha senhora eu...- Tento tocar novamente no livro, mas para minha surpresa ela rapidamente me imobiliza contra o chão, com algum tipo de golpe. - AI DESGRAÇA!

Sou jogado para fora da biblioteca, quase fazendo com que eu caísse pela aquela escadaria, ainda bem que consegui frear com meus pés, enquanto estava tentando impulsionar meu corpo para trás.

_Espera, espera! – Falei um pouco alto enquanto tentei voltar para dentro da biblioteca, porém alguns seguranças de porte grande, barraram a minha entrada, logo fui olhando através do ombro deles, tentando até fica na ponta do pé para enxergar dentro da tal biblioteca central. – Eu só queria verificar sobre um caso dos desaparecimentos! Por favor! Me escutem! – Suspiro fundo. – Que droga...POR QUE NINGUÉM SE IMPORTA COM AS PESSOAS QUE ESTÃO DESAPARECENDO? Porra! – Cocei a minha nuca e logo comecei a descer as escadas novamente. Eu precisaria de algum plano para entrar neste local, porém eu não sou tão criativo quanto o meu irmão.

Puta que pariu cara! Me sentei em um dos degraus da escadaria, logo apoiando minhas mãos em meu rosto, me sentindo frustrado por ninguém se quer se importar com que eu tenho a dizer.

Cansei! Cansei de esperar por alguém resolver as coisas por mim, eu mesmo tenho que resolver as coisas...será que a S/n me ajudaria?

Pego meu celular de meu bolso, desbloqueio e começo a procurar o nome da S/n em meus contatos, até que encontrei...porém hesitei em ligar para ela, estávamos tão distantes estes dias que provavelmente ela também poderia me chamar de louco...Que merda eu devo fazer?

Cobrir novamente meu rosto com minhas mãos, eu estava sem saber o que fazer em relação ao sumiço de minha filha e muito menos ao sumiço de minha mãe...eu só queria alguém para me escutar, mas o mundo parece que está todo contra mim.

Acho que agora eu entendo como a Jeyse se sentia, afinal, como ela deve estar neste momento?

S/n não sabe que coloquei o nome da nossa filha, Yêse, em homenagem aquela garota que conheci, era a única foram que pude agradecer por ter me ajudado a escapar daquele local...mesmo que você não saiba desta homenagem, apenas quis fazer.

Vou escutando o toque deu meu celular, e como o objeto já estava em minha mão, apenas verifiquei quem era que estava a me ligar.

Era a Mara...o que será que poderia ter acontecido agora? Atendi.


_ KAI? – Me assustei com aquele grito que ela havia dado, parecia estar apavorada!

_Mara? O que foi? – Ela começou a chorar no telefone, eu já estava começando a ficar preocupado. – Mara? Aconteceu alguma coisa? Tente se acalmar! - Me levantei e comecei a descer as escadarias novamente.

_ O Yonê. Ele...- Parei de andar.

_O que aconteceu com ele? Mara!

_ Ele...ele fugiu. – Minha face ficou em estado de pasmaria, não...mais um de meus filhos não...

ATRÁVES DA ALMA- S/n Jong-in Onde histórias criam vida. Descubra agora