Furiosa, é como me encontro nesse momento. Dirijo até em casa em alta velocidade, esmurrando o volante algumas vezes. Entendo por Vlad não deixar Amélia nos ajudar, mas isso não diminui minha ira.
Não tarda e estaciono em frente a minha casa, meu pai conversa com alguém no celular. Falando algo em um idioma do qual não me recordo qual seja, mas diz algo sobre o Vaticano, sinal de que a igreja esta vasculhando algo, e meu pai está no meio.
— Boa noite pai! — Ele acena em resposta e volta a falar no celular, subo para meu quarto.
Assim que fecho a porta, a trancando para ter um pouco de privacidade, coisa que meu pai as vezes desconhece, tiro minha roupa, ficando apenas de lingerie.
— Meu corpo clama o seu ratinha, assim como o seu clama pelo meu, devia ouvir mais as linguagens de seu corpo. — Mordo o lábio com força para não gritar, o olhando furiosa, ele está sentado na janela do meu quarto, com aquele ar superior com cara de desentendimento.
— E você devia ter mais um pouco de respeito pelas pessoas e aceitar que elas precisam de privacidade.
— Privacidade, depois que se vive um milhão de anos essa palavra não significa mais nada.
— Mas ainda não vivi sem anos, e nem pretendo.
— Mas vai bruxa.
— Eu...
— Cale-se. — Fala levantando a mão, entrando para dentro do quarto.
— Não me mande calar-me meu caro.
— Vai me jogar um de seus...
— Meus?...
— Aquele treco que jogou na Karmin e na sua queridinha.
— Eu não fiz por mal. — Falo um pouco triste, e viro as costas para que ele não veja minha expressão, sinto seu toque frio sobre meus ombros.
— Eu sei, só disse isso pra ver você irritada! Você fica linda quando está com raiva. — Diz e sinto uma de suas mãos indo até minha nuca, onde ele aperta de leve.
— Odeio você!
— Aah, tem certeza? Odeia quando lhe toco assim? — Pergunta passeando suas mãos pelo meu corpo.
Sinto seus lábios em meu pescoço e suas presas passam levemente pela região. Não o respondo, mas solto um gemido assim que Vlad aperta uma das minhas cochas.
— Acho que tenho a minha resposta ratinha! — Suspiro, ao ouvir tais palavras.♧♧♧
Vejo a inocente vampira se contorcendo na cama gélida, tão gélida quando seu corpo, ando de um lado para o outro enquanto minha amada irmã tenta o máximo possível conter a dor da pobre vampira.
— Dandara, faz alguma coisa logo.
— Meu querido, não sei muito de magia, o pouco que sei foi o que nossa mãe me ensinou, mas ela se foi muito cedo, e sempre falava que seus dons estavam mais vivos em você, não em mim, e essa magia que a Elle usou é muito forte, nem a mais poderosa das bruxas poderia tirar, a Elle é mais forte que nossa mãe jamais conseguiu ser.
— Angèle de la Barthe.
— Essa ordinária nem se quer deixou uma pista de onde poderia estar.
— Não li o diário inteiro, não deu tempo, já que a Elle resolveu fazer merda antes.
— Ela nem sabia do que era capaz, e merda quem fez foi a Hadassa, ela quem inventou de surtar, seguindo a modinha dos humanos, oh! Criaturas inuteis. — Olho para Dandara que faz pose de dramática.
— Tá, isso não importa mais, e mesmo os poderes de nossa mãe estando vivos dentro de mim, não nos adianta nada, já que não sei usa-los.
— Mal sabe você do poder que tem meu querido irmão. — Fala quase que em um sussurro, me fazendo bufar de raiva, nesse momento me sinto inútil, já que não posso ajudar a mulher que amo, não sei onde está a Elle, e tem a Karmin que pode está no mesmo estado que a Dassa, mil coisas se passam por minha cabeça, mas nada me tira o sentimento de inutilidade.Sem saber o que fazer, encaro as paredes do quarto. Se fosse humana, certeza que estaria com uma baita dor de cabeça nesse momento, suspiro olhando para minha irmã e depois para Dassa.
— Temos um baita problema agora... — Falo e minha irmã me encara.
— É óbvio Domenico! — Diz revirando os olhos, balanço minha cabeça.
— Se Karmin estiver no mesmo estado que a Dassa, quais as chances do Drácula querer a Elle?
— Grandes... Mas vamos focar em um problema de cada vez, ou eu vou fazer igual a esses humanos inúteis, vou surtar! — Fala jogando os braços para cima. — Não tem nada naquela sua biblioteca que ao menos seja um tipo de guia pra Emanuelle reverter o que fez?
— Creio que não... Mas não custa dá uma olhada!
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Afterlife
VampireHá séculos a minha raça vaga em meio aos humanos, alimentando-se de seu sangue doce. Eu repudio essa sede de matança, sede que faz minha garganta doer, como o fogo do inferno. Inferno... É para lá que eu e meu povo iremos, graças ao nosso criador, a...