Aproveito que Hadassa dorme e decido tomar um banho gelado, a noite se aproxima, e temo que será longa. Tiro minhas roupas enquanto entro no banheiro, debaixo do chuveiro ligo a água, sentindo ela escorrer e molhar o meu corpo. Me permito fechar os olhos por um instante, sentindo o seu frescor, como se a água fosse capaz de retirar toda a minha angústia e preocupação. Não sei por quanto tempo fico debaixo do chuveiro, mas quando saio vejo Hadassa sentada sobre a minha cama.
— Me desculpa, ainda estou cansada devido ao que passei, a Elle tem muita força.
— É, sua magia é muito forte.
— Sim...
— Eu precisei de um banho, mas estou pronto para continuar... Devo me vestir antes. — Hadassa sorrir, mordendo os lábios.Sigo para o closet, troco de roupa rapidamente, ansiedade, nervosismo, preocupação, tudo se mistura em mim, por ironia encaro o espelho em minha frente, não me lembro de ter visto meu reflexo alguma vez, uma parte de minha vida fora apagado de minha memória, só eu sei o quanto procuro por uma forma de ter minhas memórias de volta.
Termino de me arrumar e volto para o quarto, Hadassa continua sentada, me sento ao seu lado, a beijo na testa e encosto na cabeceira da cama, ela se apoia em meu peito, segurando em minha mão.
— Onde paramos? — Pergunto, para ter certeza de que ela estava prestando atenção em cada detalhe.
— No ritual, você precisaria passar por um ritual. — Responde me dando a certeza.
— Sim, o ritual impunha que eu me transformasse em lobo, eu deveria ser mordido por um lobo, para isso acontecer, um ser humano normal aguentaria uma mordida de lobo, já um vampiro, como eu, morreria assim que fosse mordido, então eu teria que ser transformado por meio de bruxaria.
— E então o romance acabou, e ela ficou frustrada, e te persegue até hoje?
— Antes fosse meu amor. — Passo as mãos em meus cabelos, e em meu rosto, dando sinais de nervosismo, deixando Hadassa apreensiva, percebo pelo apertar de suas mãos, as seguro. — Eu fui ao extremo por Briana, no momento eu estava tentando controlar o vampiro sanguinário dentro de mim, tentando lembrar do meu passado, você sabe, nossos sentimentos duplicam, tudo fica a flor da pele, e a gente não sabe o que fazer.
— Era amor? — Percebo uma lágrima cair de seus olhos.
— Naquele momento era amor, então eu aceitei fazer o Ritual, o Connor trouxe uma bruxa tão poderosa quanto minha mãe, Ágata, me lembro bem seu nome, seus trajes vermelhos, seus cabelos negros a altura dos ombros, seu olhar angelical.
— Ela iria fazer o ritual?
— Sim, Connor iria me transformar e Ágata iria me manter vivo até a transformação acontecer, me lembro da dor que senti, ainda dói, era como se meus ossos tivessem se partido em milhões de pedacinhos e se juntado novamente, fiquei inconsciente por dias.
— E então? — Pergunta mesmo sabendo a resposta.
— E então como se não bastasse um monstro para controlar, adquiri dois, quando eu acordei havia me tornado um híbrido. — Hadassa se afasta de mim por um mísero momento, encarando-me, nossos olhos cruxam e não se separam mais, sinto como se o inferno estivesse se abrindo e eu estivesse prestes a cair dentro dele.
— Eu não sei o que falar... Domenico...
— Mas não acaba por aí... — Falo tentando me manter no controle, mesmo sendo inútil, sei que estou prestes a desabar em prantos, sinto meu mundo desabar. — Connor decidiu me treinar pessoalmente, além de controlar meus instintos de vampiro, também teria de controlar o lobo, foi um longo tempo para eu conseguir conter esses dois monstros dentro de mim, o tempo passou tão rápido, mas com ele trouxe muitas dores e feridas que nunca seriam cicatrizadas, como a morte dos pais de Briana, o Connor não achou que eu estava pronto para um casamento real, apenas nos permitiu dividir a mesma cabana na floresta e o mesmo quarto na mansão, vivemos por um bom tempo como casal, Dandara vivia na sua própria cabana, mas sabíamos que em noite de Lua cheia acasalava com o Connor, já que o lobo dele nunca escolheu ninguém, o que não esperávamos era que o meu lobo não iria escolher a Briana.
— Como assim?
— O lobo só escolhe uma vez, e a loba tem que aceitar, todos na alcatéia sabiam que ela não poderia escolher, e sim o lobo, teria de escolher ela.
— Mas porque?
— É coisa de lobo, eles tem um grande preconceito contra as fêmeas, elas não tem muitos direitos na alcatéia, algumas delas só podem procriar, a Briana foi uma exceção, como era filha de um Beta e uma Ômega, ela tem direitos diferentes, e eles acreditavam que por eu não ser lobo, e a amar, o meu lobo poderia escolher ela, mas não escolheu, nosso relacionamento foi esfriando, eu não conseguia encontrar aquele amor que eu acreditava ter sentido por ela, todos na alcatéia começaram a comentar, porque várias Luas haviam se passado e ela não procriava, e então o Romuel apareceu na alcatéia. Me levanto indo em direção a janela, olho para a vasta floresta, que já está escura, mal consigo ver a copa das árvores balançando com um vento forte que se formara.
— O Romuel não foi a parte boa? Lhes deu um clã. — Me viro para olha-la, que se levanta vindo em minha direção, pego em sua mão, a posicionando em minha frente, a abraçando, olhamos os dois para a floresta, o vento frio em sua pele a faz se aconchegar mais em meu abraço, o silêncio da noite que chegara avisa que a Lua cheia estar por vir, logo eu que sempre fugi dela, agora estou a mercer de uma simples Lua que me controla, temo pela vida de minha amada.
— Romuel era um dos seguidores mais fiéis do Drácula, havia tantas pessoas sabendo que vampiros viviam em paz com os lobos, que logo chegou nos ouvidos do Drácula, o lorde que havia traído o próprio demônio e tomara seu lugar; assim era conhecido, não podia permitir harmonia entre lobos e vampiros, afinal ele sempre odiou os lobos, os chamam de cachorros sem adestramento, ele não tolerava o fato de um lobo como Connor ter em mãos uma bruxa tão poderosa, e dois vampiros, ele pensou por um segundo estar perdendo força, então ordenou que Romuel nos matasse, mostrando aos outros as consequências de uma traição, o que ele não contava era que Romuel iria cair nos encantos de Dandara.
— E a bruxa?
— A fiel escudeira de Drácula ficou responsável pela bruxa, e como sempre fez seu trabalho impecável.
— A Karmin?
— Quem mais seria má ao ponto de sequestrar uma nobre bruxa, separando-a de seu filho amado?
— Filho? — Hadassa parece se perder na história, apertando meus braços em seu corpo.
— Sim, o Jovem Gustav, sua mãe loba morreu no seu parto, e Ágata o criou como filho, por isso ele é tão revoltado, perdeu suas duas mães, mas dizem que Ágata é prisioneira do Drácula até hoje.
— E o que aconteceu com o seu romance?
— Um belo dia eu decidi partir, antes Romuel fez um acordo com o Connor, já que todos haviam descoberto quem ele realmente era, ele seria o guardião da alcatéia, seria a ponte para o Connor chegar até o Drácula, e ele veio cobrar esse acordo, e como ele não deixa ninguém impune facilmente, Romuel ficou anos trancafiado em uma de suas masmorras, lhe dando chicotadas diárias, até sangrar.
— Meu Deus...
— Ele é mais cruel do que aparenta, mas a Dandara é bem persuasiva, e conseguiu fazê-lo soltar o Romuel da masmorra, que foi quando eles fizeram o tal acordo, ele teria de ajudar o Connor a matar o Drácula e salvar a Ágata das mãos do próprio, quando a minha irmã conseguiu essa dádiva eu já havia partido deixando a Briana.
— Por isso ela te olha tanto?
— Eu ainda sou seu escolhido, eu fugi dela sem dar explicações, e o meu lobo escolheu a mais complicada das mulheres, quando à conheci eu havia me juntado novamente com Romuel, Connor havia partido com a alcatéia, a Dandara não quis ir com eles pra me procurar, mas um dia ele voltaria a cobrava o acordo.
— A Dandara ama muito você.
— Sim, mas eu ainda preciso saber o que ela está tramando, o que ela fez na floresta tem que ter uma explicação.
— Talvez tenha algo a mais escondido por trás dos seus belos olhos, e seu rosto inexpressivo. — Hadassa se vira para mim, me beijando, me fazendo esquecer tudo o que acabei de contar à ela, todo o meu passado se resume em um erro atrás do outro, onde eu fui um belo de um filho da puta, magoei Briana, maltratei a Hadassa, deixei minha irmã na mão, não lembro do tempo em que vivi com minha mãe, minha infância é um verdadeiro branco, mas o meu amor pro Hadassa me faz querer ser melhor, me faz querer esquecer tudo o que fui, e ser uma pessoa completamente diferente.Retribuo o seu beijo, tocando em seu rosto, descendo as mãos até sua cintura, nosso beijo vai ficando cada vez mais quente, minha mão acaricia seu corpo parando em seu seio o apertando, me livro de suas roupas assim que tenho chance, a deixando apenas se calcinha.
A pego em meua braços a sentando na poltrona de frente para a janela, acaricio suas pernas, voltando a beijar seus lábios, sem descuidar as mãos de seu corpo, que logo se levanta, em minha direção, minha boca alcança seus seios, passo a língua lentamente em ambos, fazendo sua pele arrepiar, desço beijando sua barriga, chegando em sua intimidade a acariciando com a língua.
Minhas mãos dançam sobre seu corpo, enquanto ela se contorce sensualmente, me empurrando, para a poltrona, para que eu me sente, sento bruscamente.
Ela sem tirar os olhos de mim, abaixa lentamente arrancando meu membro duro de dentro da calça, com pressa tiro minha camisa, ela se afasta para que eu tire o resto roupa, faço, voltando a me sentar, enquanto ela volta a pegar em meu membro, o colocando na boca, chupando lentamente, aumentando a rapidez, fodendo com sua mão a parte que não cabe na boca, mexo o quadril fazendo meu membro ir mais fundo, enquanto ela acaricia minhas bolas, forço sua cabeça para que fazê-la o engolir por inteiro, ao ponto de engasga-la.
Tiro as mãos de sua cabeça, a ajudando se levantar, vindo até mim, nos beijando em seguida, mudo a posição, é minha vez de senti-la, a viro de costas tirando sua calcinha, beijando em sua bunda, passando a lingua em suas intimidades.
Hadassa fica de joelhos na poltrona me facilitando a entrada, faço lentamente, enquanto um gemido fininho sai de sua boca, seguro em sua cintura enquanto a penetro, agora com mais força e rapidez, algumas estocadas fundas e meu membro pula de dentro dela nos permitindo mudar a posição. Dessa vez, eu me sento na poltrona, enquanto ela se senta em meu membro de costas para mim, subindo e descendo com precisão, aperto seus seios, enquanto seus gemidos ficam cada vez mais altos e roucos.
A monstrinha se apoia no braço da poltrona, colocando seus pés em minhas coxas, usando-as como apoio, para sentar com mais força em meu membro, uma decisão ousada de sua parte, o que a faz chegar a um orgasmo rapidamente, gemendo com dificuldade.
Pego em suas pernas as levantando para cima, a fodendo com rapidez, meu membro chega a doer de tanto tesão, ela apoia seu corpo no meu acariciando meu rosto, me beijando, mordo meus lábios, a fodendo cada vez mais fundo, dando estocadas firmes entre o vai e vem, rosno ao sentir meu orgasmo chegando, estoco mais algumas vezes até perder as forças.
Hadassa se levanta de meu colo com dificuldade, se ajoelhando em minha frente, lambendo meu membro, a beijo nos lábios, a pegando em meus braços, a levando para a cama, cubro seu corpo com os lençóis brancos de cima da cama, me deitando ao seu lado, a abraçando, ela se aconchega em meus braços, caindo no sono em seguida.
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Afterlife
VampireHá séculos a minha raça vaga em meio aos humanos, alimentando-se de seu sangue doce. Eu repudio essa sede de matança, sede que faz minha garganta doer, como o fogo do inferno. Inferno... É para lá que eu e meu povo iremos, graças ao nosso criador, a...