Capítulo 63

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Sentir o Drácula novamente em meus braços é como finalmente conseguir abraçar a Lua. Seu beijo se torna quente e desesperado, apertando minha cintura com cuidado devido ao tamanho de minha barriga, sinto que meu peito vai explodir, a felicidade é tanta que eu poderia correr na chuva gritando que o amo.

   A felicidade parece não está tomando conta apenas de mim, o bebê se mexe chutando a minha barriga, Vlad parece senti-lo e sorri em meio ao beijo.
E por fim descansa sua testa na minha, suas mãos vão até a lateral do meu rosto e desliza seus dedos sobre minha bochecha. O observo, o vampiro não diz nada, apenas me fita com seus olhos enquanto acaricia meu rosto.
— Por que está fazendo isso?
— Não posso acaricia-la? — Pergunta e arqueia uma sobrancelha.
— Não é disso que estou falando, sabe disso... — O vampiro suspira e se afasta, mas suas mãos não deixam meu rosto.
— O que quer dizer?
— Está aqui pelo meu filho? Quer usá-lo? — Pergunto nervosa.
— É isso que aquele lobo idiota disse? Que eu vou usar nosso filho para tomar o mundo. — Fala se afastando por completo, o que acaba me desequilibrando por está muito tempo de pé.
— Aí! — Gemi de dor.
— Merda! — Xinga voltando ao meu lado, Vlad me segura em seus braços e se escora em uma árvore. — Está tão fraca assim?
— O bebê está me consumindo.
— Emanuelle, porque não vem comigo para a mansão? Lá será bem tratada, lhe darei todo o sangue de que precisar, malditos tolos, deviam estar a alimentando com sangue, não com comida...
— Eu não vou com você, irá usar a criança para realizar seus planos sujos, eu não vou... — Vlad coloca o dedo em minha boca, me impedindo de continuar a falar.
— Emanuelle não seja tão boba ao ponto de acreditar em uma tolice desssas.
— As lendas sobre o temeroso Drácula dizem que você queria criar uma legião de filhos para tomar conta do mundo, haviam três esposas, elas lhe davam filhos, mas eles não sobreviviam por muito tempo, explodiam como se houvessem bombas relógio dentro de seus corpos... De onde a Zella saiu? Como se tornou sua rainha? — Falo, lembrando do que meu pai sempre me contava antes de me por para dormir, minhas histórias de ninar eram sobre vampiros, bruxas e lobisomens, nada de contos de fadas.
— Está quase equivocada, mas sim, haviam três esposas, mas Zella veio primeiro, um dia sentiu ciúmes e as matou... — Suspiro, suas palavras me fazem repensar no que permiti que acontecesse, eu não devia simplesmente ter me deixado levar pelo amor que sinto pelo lorde, antes de tudo, terei que lembrar das maldades que a Zella é capaz de fazer para não perder seu amado marido, ou seu posto de rainha.
— Me leva até a Briana, preciso voltar para a alcatéia...
— Você deve ir comigo. — Sussurra, por mais que meu coração implore para que eu vá junto com ele, minha razão me diz para ficar onde realmente estou segura.
— Me deixa ir, pelo menos até meu filho nascer, depois disso veremos o que vamos fazer.
— Eu vou leva-la até o alfa, o que não significa que não ficarei por perto, assim que a criança nascer, os buscarei. — Sorrio, Drácula me pega em seu colo, me levando até a loba, que já impaciente, anda de um lado para outro, enquanto Karmin está sentada em um galho de uma árvore, pulando no chão assim que nos ver.
— A bruxa irá conosco? — Pergunta, o que faz Briana dá um passo em minha direção.
— Iremos leva-la até a alcatéia, e seguiremos nosso caminho, por enquanto... — Fala inconformado.
— Vocês não entrarão na alcatéia, é arriscado, os lobos iram matar vocês... — Franzo o cenho para Briana, que parece mais preocupada com a segurança do Drácula, que com a minha.
— Não tema lobinha, Karmin e eu não morreremos sem levar alguns conosco. — Com tom debochado, Drácula continua a caminhar, comigo em seus braços, Briana e Karmin nos acompanham, por mais que a loba seja uma pedra no sapato da Dassa, tem demonstrado lealdade para conosco.

♧♧♧

  Ver meu amado em tal estado me faz querer cumprir a profecia o mais rápido possível, Drácula irá pagar por cada dor que ele acabara de nos causar, mas um confronto no estado em que Domenico e Elle estão seria suicídio em massa, eu estaria colocando não só a mim em perigo como a todos os outros.
  
   Romuel o carrega em seus braços, suas cicatrizes demoram demasiadamente para cicatrizar, algumas nem estão em processo de cicatrização, o que me deixa preocupa. Meu corpo se encontra banhado pelo sangue do híbrido, o abracei assim que me vi livre de Romuel, que estava a me segurar durante o confronto. Meus cabelos amarrados em um rabo de cavalo, pois meu corpo estava agitado demais para conseguir mante-lo solto.

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