Capítulo 58

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Com um largo sorriso nos lábios adentro a mansão do lorde Drácula, enquanto o próprio blasfema contra a bruxa, que tem todo o direito do mundo de não querer tê-lo por perto, afinal, ele tentou mata-la, por muito menos eu o teria largado.
— O que aconteceu? — Yanko se aproxima de mim sorrateiro.
— Connor perguntou sobre você. — Falo com um sorriso.
— O que ele quer saber sobre mim afinal de contas?
— Ele eu não sei, agora eu, preciso saber o que aprontou com o alfa.
— Eu me aliei ao lorde quando tive oportunidade.
— Tem algo a mais. — Arqueio uma sobrancelha, enquanto passo a mão sobre meus cabelos o tirando de meu rosto.
— Karmin, deixe Yanko em paz, preciso que venha comigo. — Fala quase gritando, bufo chateada, antes que o acompanho, o lobo segura em meu braço, encaro sua mão que me segura.
— Me encontre no jardim quando terminar com o lorde. — Assinto com a cabeça, acompanhando o mestre, que derruba cada objeto que encontra no caminho, seguro uma risada, não possi negar que me divirto com tal situação, nunca o vi tão louco, ou tão apaixonado.
— Quero ver quem vai arrumar essa bagunça, Amélia está reclusa para preparar o feitiço de proteção, Ágata coitada, vive acorrentada, e está ajudando Amélia, Zella, nem pode contar, vive por aí, sabe se lá o que anda aprontando.
— Arrume você... — Fala jogando um jarro em mim, o agarro, devolvendo com a mesma intensidade com que recebi.
— Pode tirar o cavalinho da chuva, não arrumo, agora pare de agir como uma criança mimada, e assume seus sentimentos, terá que se humilhar para conseguir o amor da Elle novamente.
— Não quero o amor daquela maldita.
— Sabemos que quer, você o ama com a mesma força que ela o ama, porém a magoou, é normal que ela o rejeite.
— Ela está com o Connor.
— Também notei, foi o senhor quem a expulsou de sua vida.
— Os anciãos iam mata-la. — Arregalo os olhos, enquanto ele esmurra a parede.
— Mas o senhor os matou.
— Nem todos, acha que Orlok estava na cadeira de honra pelos seus belos par de olhos?
— Mas ele morreu.
— Aquele maldito está lá, sentado na mesma posição esse exato momento, estou arriscando nossas cabeças com a aproximação com a bruxa.
— O senhor arrancou a cabeça dele, vi aquelas mulheres preparando o corpo para queima-lo.
— Nem o fogo o mataria, estaca de madeira, não faz nem cócegas em seu coração, nem mesmo a dhampir seria capaz de mata-lo.
— Mas porque?
— Foi esse o acordo que fiz com ele, quando estive no maldito inferno, ele me ajudou a destronar o Demônio, porém eu deveria lhe dar a vida eterna, e nem mesmo eu seria capaz de mata-lo.
— Há alguns momentos que certos acordos nos parece um bom caminho, mas depois vemos que foi uma cagada ter os feito.
— Não quero sermão, agora vamos, precisamos encontrar uma forma de tirar Emanuelle daquela casa, e prende-la em meu castelo, quando Amélia terminar o feitiço, iremos todos para lá.
— Não sabe mesmo como conquistar o coração de uma mulher.
— A Emanuelle pertence a mim.
— Não falo mais nada, só espero que ela não tire seu coração antes da dhampir.
— Isso é impossível Karmin.
— Não duvido de mais nada, e se não se importa, tenho um compromisso, não vou fazer parte de seus devaneios, espero que não enlouqueça.
— É melhor mesmo você ir, a última coisa que quero é uma agourenta ao meu lado.
— Zella deve estar chegando, quer mais mau agouro que isso? — Gargalho, enquanto ele faz a cara demoníaca para mim.

O deixo sozinho em sua sala do terror, e vou ao encontro do lobo, já matei tantos pelo mestre, mas não vou fazer parte de uma loucura, a bruxa não pode viver acorrentada como Ágata vive, apesar que não me importaria em ter mais um bruxa para nos proteger, nunca é demais.
— O que está acontecendo? — Encontro Zella em meio ao caminho, fecho o cenho para ela, que sorrir, como eu gostaria de buscar a Emanuelle com minhas próprias mãos e coloca-la na cama do maldito Drácula, para que essa imunda sentisse a dor de perder alguém que se ama.
— Pergunte ao seu amado marido, tenho mais o que fazer.
— Sabe que não pode me tratar assim.
— A trato como eu quiser.
— Eu ainda matarei você Karmin.
— Se eu não a matar antes. — Zella se aproxima de mim, segurando em meu pescoço, me empurrando contra a parede, aperto seu braço, fazendo com que me solte.
— Cuidado Zella, Dracula, não está em um bom dia... Me matar, se é que poderia, só irá trazer mais ódio a ele! — Falo próximo ao seu ouvido. — Você sabe, sua "majestade" que quando o demônio se solta, não a ninguém para segura-lo... Quer testar sua paciência?
— A olho nos olhos, sorrio ao ver seu ódio. Sabe que não pode me ferir, mesmo sendo considerada por muitos como rainha.
— Um dia, um dia irei arrancar esse sorriso da sua boca, vadia. Vou adorar ver seu corpo virar um monte de cinzas! — Diz enquanto se afasta de mim.
— Cuidado Zella, não se esforce muito ou perderá seu trono, me matando ou não, sei que esse fim está próximo... E você sabe, que não é você que ele almeja em sua cama.

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