Capítulo 75

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  Estar novamente com Hadassa em meus braços era como viajar para a Lua sem estar dentro de um foguete, eu podia sentir toda a adrenalina tomando conta de nossos corpos, sua respiração em meu pescoço me fazendo arfar, seu cheiro de perfume importado poderia me tornar insano a qualquer momento, ou talvez a falta dele me traria insanidade.
— Vejo que meu filho está com sua garotinha novamente... — Encaro o vampiro com um humano nas suas costas, franzo o cenho junto com Emanuelle, que por um instante demonstra perder a total paciência existente dentro de si.
— O que está fazendo com esse humano? — Pergunta se aproximando do então marido, o mesmo sorrir minimamente, enquanto Hadassa continua me abraçando cada vez mais forte.
— A monstrinha do meu filho precisava de sangue humano, eu não sou de andar roubando para me alimentar, hospitais me dão nojo, e esse aqui foi o único que eu achei, se não quiser que ela morra sugiro que deixe que ela se alimente agora.
— A Hadassa não pode se alimentar de humano Vlad. — Emanuelle franze o cenho carrancuda.
— Soube que vocês andam roubando hospitais para se alimentar, então é sangue humano do mesmo jeito.
— Eu disse no sentido literal Vlad, o humano está aqui, ela vai sugar o sangue de suas veias, isso pode ser um risco.
— Se eu perder a Dassa novamente por sua causa eu não sei o que seria capaz de fazer...
— Nada, nosso último confronto foi épico e você quase morreu, filho.
— Tire o humano daqui antes que tenhamos que nos confrontar novamente.
— Aaahhhh.... Não entendo como podem ser tão mau agradecidos, tanto você quanto minha amada esposa, eu fui longe para conseguir esse troço aqui, então não me façam ter que ir devolve-lo.
— Meu querido, traga apenas o sangue, o Domenico está certo, a Hadassa não sabe se controlar, se ela se alimentar desse humano, ela poderá matar mais de um.
— Elle... — Falo a repreendendo, a mesma dá de ombros.
— O que é? Por muito tempo ouvi que eu era sozinha, fui a garota estranha da escola por anos, só consegui me sentir viva e normal, depois que conheci a Hadassa, ganhei uma família ao lado de vocês, os humanos nunca foram receptivos comigo, não vou gritar porque tem um humano quase morto dentro da minha casa, não quero mais ficar preocupada com o que vão falar de mim, tenho uma filha, um marido que sequer me pediu em casamento, uma irmã, e um enteado, todos eles são vampiros e precisam de sangue, a menos que esse sangue não seja o meu, podem alimentar-se a vontade. — Por um momento entendo a pequena, a chamo para um abraço, que logo vem para nossos braços, Hadassa aperta a irmã.
— Elle, a Angèle, ela não queria a mim, ela queria você, sempre quis você...
— Ela se foi, e se um dia voltar, daremos conta dela, voce precisa estar forte, assim como me fez forte, você sempre cuidou de mim, agora me deixe cuidar de você...
— Já chega de bobeira, a monstrinha vai se alimentar, e depois eu e minha mulher vamos passar um tempo sozinhos, desde que fugiu de mim estou na seca, não vou esperar mais nem um minuto.
— Vocês não? — Pergunto espremendo os olhos em negação...
— Domenico eu estava ocupada tentando controlar todos vocês, não podia ficar trepando enquanto o mundo estava esperando que eu salvasse a pátria, agora vai com a Karmin cuidar da Hadassa, antes que eu precise bater em você, sou sua nova mamãe e terá que ser obediente... — Gargalho enquanto saio do quarto, logo atrás a Karmin arrastando o humano, Drácula e Elle pulam a janela seguindo para o jardim, a mesma me dá uma piscadela antes de descer a janela nos braços de meu pai, é tão irônico depois de tudo o único a estar ao meu lado ser ele, e a Hadassa que era destinada a mata-lo, ele a salvou, o amor da Elle o salvou, tudo isso serve para nos provar que profecia, destino, escrituras em uma folha de papel antigo, não servem de nada, nós podemos mudar nossa história a partir do momento em que decidimos tomar o controle sobre ela.

♧♧♧

Sentado na poltrona ao lado da janela seguro um livro em minhas mãos, pernas cruzadas, bem vestido, mão nos lábios, mergulhado em pensamentos, observando Hadassa enquanto caminha nua pelo quarto, escolhendo as melhores roupas e jóias,  que Emanuelle fez questão de trazer para a irmã, sinto que nada mais pode nos separar ou nos machucar, é como se tivéssemos imunes a qualquer mal, ou vencido uma grande guerra e estivéssemos a caminho do nosso final feliz, Hadassa dança pelo quarto enquanto cantarola uma canção, o que no fundo me alegra, os poucos dias em que estivemos separados pareceram décadas, séculos, era como se um dia sequer longe dela fosse me matar, talvez no fundo minha verbena seja a ausência da Hadassa.
— Ainda teme algo Domenico? — Pergunta vestindo uma calcinha de renda, me levanto indo até ela, toco levemente seu corpo, beijando suas costas nuas.
— Temo nunca mais ver você.
— Não se atreva a me deixar Domenico Greco, eu volto e puxo seu pé.
— Ou eu vou atrás de você até o inferno só pra ver mais uma vez seus belos olhos, seus seios avantajados... — Falo apertando os mesmos. — E essa sua buceta latejando pedindo por mim dentro dela. — Coloco minha mão livre dentro de sua calcinha, a mesma já está molhada, há dias ambos esperamos para ter um ao outro, e então finalmente estamos livres e juntos.
— Então trate de dar um pouco de você para ela, mas não seja egoísta ao ponto de dar só um pouco, quero tudo, eu mereço você inteirinho dentro de mim não é mesmo? — Hadassa coloca a mão por trás de si, tocando o monte que se forma dentro da calça social, pendo a cabeça para trás ao sentir seu toque, voltando a beijar seu pescoço, descendo até suas costas, a virando para mim.
— Você merece muito mais... — Nossos lábios se encontram em um beijo feroz, que ao dar trégua, beijo seu pescoço e chupo seus seios um de cada vez, sempre apertando o que está livre.
— Eu amo você mais que qualquer coisa ou pessoa nesse mundo. — Fala enquanto toco a pontinha de seu nariz com um beijo.
— Eu prometo que nada estará em nosso caminho, seremos só nós dois por toda a eternidade, eu morreria por você Hadassa.
— Eu prefiro que você mate por mim meu querido, não imagino a minha existência sem você.
— Nem eu sem você... — Mau termino de falar e Hadassa tira minha camiseta social, deixando meu peitoral exposto, a facilitando beija-lo e mordisca-lo me fazendo tremer, meu corpo clamava pelo seu toque há dias, e estava reagindo a ele no instante em que o sentiu, suas unhas começam a crescer arranhando meu corpo, a ponto de sangrar, mordo meus lábios, a puxando para um beijo.

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