A Aproximação.

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P.O.V Oliver

Era quase 7 da noite. De frente ao espelho eu estava terminando de me arrumar pra sair com o Sirilo. Por mais que isso possa soar estranho na minha mente, a amizade dele acabou se revelando a maior surpresa da minha vida. Eu nunca imaginei que um dia eu pudesse dizer algo assim dele, justamente dele, o garoto que eu mais desprezava com todas as minhas forças, as voltas que a vida dá, não? Mas como ele mesmo me disse ontem, eu não tenho por que ficar sofrendo por um cara covarde que nem teve coragem de falar na minha cara que já não me queria mais, foi o imbecil do Kelvin quem decidiu desistir da gente depois de me assegurar que nada abalaria o amor que nos unia, nem mesmo a distância, mas o idiota não conseguiu suster nem por dois meses a promessa que fizemos, então ele e o novo amante dele que se fodam, apesar de ainda doer como inferno na minha alma eu vou conseguir arrancá-lo da minha alma e dos meus pensamentos, vou seguir com a minha vida e me dar a chance de ser feliz com pessoas que realmente me quererem bem, e por mais estranho que isso possa soar mas sim, isso inclui o Sirilo. Ele tem sido um grande apoio pra mim nesses dias difíceis, ele tem me provado dia após dia de como está disposto a melhorar e se transformar num ser humano diferente, e estar com ele me faz sentir bem.

— Ursinho, despache-se, o Sirilo chegou! — gritou minha mãe lá de baixo.

— Já desço! — gritei em resposta.

Coloquei uma jaqueta esportiva azul escura de mangas brancas e vermelhas com estampa do escudo do Capitão América nas costas e desci as escadas. Assim que cheguei na sala vi o Sirilo sentado com os meus pais no sofá, rindo, entretidos não sei com quê. Assim que Sirilo me viu, parou de sorrir e levantou-se.

— Uau. Permita-me dizer Oliver, você está mais bonito do que nunca. Nossa! Com todo respeito. — ele me elogiou, esboçando um sorriso deslumbrante.

— Valeu. — sorri envergonhado, coçando a cabeça — Você também não me parece nada mal.

Foi a única coisa coerente que me ocorreu para me safar daquela situação constrangedora pra mim. Na verdade ele também estava muito bonito, mais do que o normal, coincidentemente ele estava usando um casaco esportivo igual ao meu, só que vermelho com mangas brancas com o reator do Homem de Ferro estampado nas costas.

— Só queria, se me permitem, senhor e senhora Spencer, parabenizar vocês pelo genes incrível, porque, olha, o vosso filho nem parece um ser desse mundo de tão bonito que é, ele parece um desses quadros de museu raro, sabe? Fruto da imaginação de um artista apaixonado, com todo o respeito. — acrescentou Sirilo. Boa, e logo pra quem ele foi comentar isso?

— Não é? Obrigada por reparar nisso. Olha, não é por ser meu bebê ursinho amado e querido nem nada, mas, realmente esse garoto é um tremendo de um suculento pedaço de mau caminho. Sim senhor. — comentou a dona Stephanie segurando minhas bochechas.

— Mãe, para! Não me envergonhe, pelo amor de Deus!

— Não é vergonha nenhuma admitir que você é bonito ursinho. Aceite sua genética e está tudo bem. Porque não teria como ser de outro jeito, já que o pai é um gostosão desses. — eu não acredito que eu ouvi isso do Benjamim, logo o Benjamin. Também pudera, dá nisso conviver tantos anos com uma louca como a dona Stephanie.

— Querem saber? A gente já está indo embora! Até mais tarde! — apressei meus passos, puxando Sirilo pelo casaco para que me acompanhasse, porque ele continuava com aquele olhar abobalhado pra cima de mim e um sorriso parvo.

— Com licença senhor e senhora Spencer.

— Nada de chegar tarde da noite! — alertou o Benjamin, em um tom sério.

— Prometo trazer de volta o vosso ursinho à horas. — Sirilo garantiu sendo puxado por mim.

— Tudo bem. Confio em vocês. — meu pai acrescentou.

Bem Me Quer Mal Me QuerOnde histórias criam vida. Descubra agora