O Pedido.

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Na Semana Seguinte...

Colégio Collinwood

Segunda-feira, 29 de Março

P.O.V Oliver

Os dias passaram rápidos, as chuvas continuaram fortes e constantes como a meteorologia havia previsto, raras vezes o sol raiava, era o clima perfeito. Aliás, os últimos dias têm sido os melhores da minha vida, desde que me vi livre do encosto do Sirilo bosta Avallon. Por falar nele, o idiota continuava faltando às aulas gratuitamente, na mídia, na Internet e na escola diziam que ele havia entrado em depressão, achando que me comoveria com essa baboseira de depressão por rejeição, me poupe. Segundo os sites de fofoca, o nosso capitão continuava muito “mal”. Eu sinceramente não faço ideia do que ele quer ou até onde ele pretende chegar com toda essa palhaçada, pra falar a verdade nem me interessa, desde que ele não se meta comigo novamente e continue mantendo a distância eu já fico feliz.

Eu estava na sala de aula, a professora de matemática passava alguns exercícios no quadro. Estávamos fazendo uma revisão do que a gente já aprendeu até então, porque se aproximava a semana dos exames para o fim do primeiro trimestre, quando se ouve a voz do diretor num interfone.

— Presado aluno Oliver Spencer, queira por favor comparecer à sala da diretoria. — disse a voz do diretor Collinwood através do interfone que se ouviu na escola inteira.

Eu fiquei me questionando o que será que o diretor poderia querer comigo? Eu não fiz nada de errado. No mesmo instante, todos os olhares se voltaram para o fundo da sala onde eu estava assentado na minha carteira. Encarando todos eles, fiz um gesto com os braços aberto como se perguntasse “perderam alguma coisa?”

— Que estranho. O que será que o diretor quer contigo? — perguntou Aria, que estava na carteira do lado direito bem do meu lado. Ela me encarava com uma expressão interrogativa.

— Eu não faço a menor ideia! — dei de ombros. Eu realmente não fazia ideia o que poderia ter feito para que o diretor quisesse me ver na sala dele.

Eu sei que não sou nenhum poço de simpatia com os colegas, posso ser grosseiro às vezes e uso o sarcasmo e a ironia como mecanismo de defesa e ataque em pessoas inconvenientes, mas isso não justifica uma chamada à sala do diretor. Isso bastou para que a turma toda começasse a cochichar, provavelmente inventando teorias absurdas acerca do assunto, acabando por provocar uma onda de sussurros que chegava a incomodar.

— Já chega! Silêncio turma! — gritou a professora, parando de escrever no quadro, colocando ordem naquela bagunça, olhando atentamente para turma toda. — O próximo engraçadinho que der mais um pio virá ao quadro resolver o próximo exercício, fui clara?! — disse ela de forma autoritária, e todos se calaram de uma vez. É claro que ninguém iria querer ir até ao quadro resolver exercícios de matemática, a não ser que seja o Nick. — Oliver, você pode ir.

Eu me levantei e caminhei em direção à porta da sala sob o olhar atento da turma inteira que agora estava em silêncio. Fora da sala caminhei pelo corredor vazio, subi as escadas na primeira curva a direita e continuei caminhando até ficar de frente a imponente sala do senhor Collinwood. Confesso que nesse momento senti um frio na barriga de tanto nervosismo. Respirei fundo antes de bater na porta.

— Entre por favor! — gritou uma voz de dentro, só podia ser do diretor.

Eu abri a porta bem devagar e espreitei antes de entrar.

— Com licença, diretor. — pedi com bastante formalidade.

— Entre filho, por favor. — pediu o diretor com muita simpatia e um largo sorriso. Então não deve se tratar de algo grave.

Bem Me Quer Mal Me QuerOnde histórias criam vida. Descubra agora