A Segunda Rejeição.

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P.O.V Oliver

Ok, eu até já esperava que eu fosse encontrar esse tal de Sirilo por aqui, visto que esse boliche é uma espécie de ponto de encontro para os alunos do Collinwood, mas tinha que ser justamente dentro de um banheiro outra vez? Qual é?

— Mas ora vejam só, se não é o novato mais bonito de Collinwood. Oliver Spencer, mas que surpresa você por aqui? — comentou Sirilo, sem conseguir disfarçar o olhar surpreso por me encontrar ali, esboçando um sorriso charmoso.

— Dá licença! Tem gente querendo sair. — falei pra ele enquanto tentava sustentar o meu olhar fixo nos olhos dele também.

E do nada senti a mão dele se erguer e pousar firmemente no centro do meu peito. Confesso que meu coração acelerou os batimentos nessa hora, meu corpo se arrepiou todinho. Sustentando o olhar fixo nos meus olhos, ele me empurrou para trás com essa mesma mão firme no meu peito, me obrigando a recuar alguns passos, fazendo com que ele saísse da porta e avançasse para dentro do banheiro.

— Pronto. Problema resolvido. — esboçando o sorriso mais cínico que eu já vi em toda a minha vida, que cara de pau, miserável.

Ainda sustentando aquele olhar fixo nos meus olhos, ele desceu a mão dele pelo meu peito a baixo, bem lentamente, quando chegou bem próximo ao meu umbigo ele retirou a mão dele e colocou as duas no bolso da calça de ganga preta que ele estava usando. Eu também não desviei o meu olhar nem se quer por um segundo, apesar de sentir meu corpo estremecer todinho com aquele gesto.

— O que pensa que está fazendo? — confrontei-o diretamente estreitando ligeiramente o olhar.

Ainda tinha algumas pessoas no banheiro, outras entravam e outras saíam.

— Impedindo que você saia. — ele respondeu com firmeza, com aquela voz ridiculamente sexy — Eu só quero bater um papo com você, nada mais.

— Na escola eu achei que tivesse sido suficientemente claro com você.

— Você foi, até de mais. Porém, eu sou bastante insistente, sabe. — com as mãos nos bolsos da calça, o olhar fixamente nos meus olhos ele marcou passos para frente.

— Você não tem vídeo pra gravar pro seu gado não? — mantive minha postura firme.

— Sabe dos vídeos? Então você sabe da minha fama na Internet. Bom saber, isso significa que você investigou sobre mim. — a medida que ele marcava passos para frente eu marcava passos para trás.

Tentei passar por ele, mas como sempre ele me travou ficando na minha frente.

— Tá querendo tomar um soco?

— Se for com carinho.

— Você é doentio!

— Será que você não percebeu ainda? São dois encontros casuais dentro de um banheiro em menos de 24 horas. — ele argumentou enquanto continuava a aproximar-se cada vez mais — Se isso não for um sinal do destino eu não sei o que é.

— Ou você sai da frente agora ou eu não respondo por mim. — avisei firmemente, sem desviar o olhar dos olhos dele enquanto continuava marcando passos para trás.

— Do que você tem medo, novato? Relaxa. Eu não mordo.... — ele dizia enquanto continuava se aproximando.

Eu havia marcado tantos passos para trás que só me dei conta quando atingi a parede do banheiro com as costas, eu já não tinha para onde fugir. De um lado estava o espelho com o lavatório e do outro os box privativo. Olhando de relance eu percebi que o banheiro já estava completamente vazio, só estávamos eu e ele ali. Ele se aproximou tanto ao ponto de ficar à poucos centímetros do meu rosto e apoia o braço esquerdo na parede bem próximo da minha cabeça. Os olhos dele se mantinham fixos nos meus, e com tanta proximidade pude sentir o aroma do perfume que ele estava usando, tão suave e gostoso de se sentir que, meu Deus, me deixou meio desconcertado.

Bem Me Quer Mal Me QuerOnde histórias criam vida. Descubra agora