P.O.V Sirilo
O almoço na casa do Oliver foi simplesmente delicioso, a Sra. Spencer era uma verdadeira cozinheira de mão cheia. Entretanto, eu me dei tão bem com a minha futura sogrinha que já estávamos praticamente íntimos, a mulher me amou tanto e apreciou tanto o meu gesto de garoto apaixonado de hoje, que chegou a me perguntar se eu estaria disponível para pegar o filho dela no dia seguinte também. Obviamente que eu aceitei com todo prazer do mundo, eu não poderia negar uma oportunidade daquelas para poder estar perto do meu prêmio delícia americano chamado Oliver.
O Oliver, como era de se esperar fez o típico escândalo habitual, mas no final todo mundo sabe que todo esforço que ele faz para tentar evitar o efeito furacão Avallon acaba sempre dando em nada. É, meus amigos, para falar a verdade, esse meu plano está saindo muito melhor do que eu havia traçado.
Após o almoço, deixei a casa dos Spencer e fui para minha casa. Eu tinha treino à poucos minutos, esperar o Oliver no ponto de ônibus durou uma eternidade, portanto eu precisava me preparar com urgência. Ao chegar à casa, tomei um banho rápido e bem refrescante, preparei a sacola com meus equipamentos de treino e fui direto para o campo de futebol da escola. Assim que cheguei no campo me dirigi até ao balneário que ainda estava vazio, eu estava uma hora e meia adiantado, menos mal.
Depositei a sacola com os equipamentos no chão, abri o meu cacifo, despi a minha camiseta, exibindo a melhor obra que o ser humano poderia apreciar na vida, meu belo tronco todo sarado, coloquei a camisa dentro do cacifo, retirei a calça, ficando apenas de cueca, antes de tudo, peguei o celular e fiz um ao vivo no Instagram, para alimentar os meus mais de 2 milhões de seguidores. Após o ao vivo, tirei também algumas selfies para atiça-los um pouco.
— Vossa eminencia se dignou a dar o ar de sua graça mais cedo hoje? Que milagre. — essa voz em tom de extrema ironia foi de Pedro.
Eu olhei para trás e pude vê-lo apoiado com o ombro à parede, de braços cruzados, me observando atentamente. Deu a impressão que ele estava ali parado, me observando já a algum tempo.
— Escusas de vir com esse teu tom de ironia para cima de mim, porque eu já sei que ultimamente tenho falhado com o quarteto. — reconheci minha falta, coisa que eu realmente queria concertar hoje.
Fechei o cacifo e abaixei para poder abrir a sacola e retirar os equipamentos.
— Você só pode estar doente, com certeza. — Pedro admirou a minha atitude e aproximou-se, também pousando a sacola dos equipamentos, o cacifo dele era bem do lado do meu — O que houve? Nenhum dos teus “amiguinhos” de fornicação te ligou para uma rapidinha básica? — perguntou ele, mantendo aquele tom de ironia, enquanto despia a camiseta dele, exibindo um corpo do mesmo tipo estrutural físico que o meu.
— Acredite, eles ligaram. Eles sempre iram ligar. Afinal de conta, eu sou o Sirilo fucking Avallon, o efeito furacão na qual eles não conseguem viver sem, eu sou inevitável, meu chapa. — respondi me gabando um pouco, enquanto vestia a camisa do time.
— É claro. Estou sabendo.
— Na verdade, eu estive até então na casa do Oliver.
— Interessante. Falando no nisso, como vão as coisas entre vocês? Ainda não cansou de ser esculachado? — ele perguntou, enquanto despia a bermuda, ficando somente de cueca.
— Para o teu infortúnio, as coisas vão melhores do que você pode imaginar. — respondi, vestindo os calções do equipamento.
— Ah é? Não me diga! — dava para sentir a ironia de longe. Ele se abaixou para abrir a sacola e retirar os equipamentos.
— Digo sim.
— Melhores tipo quê? Ouvir o quanto é desprezível a cada dez segundos em mais dez milhões de línguas diferentes?
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Bem Me Quer Mal Me Quer
Teen FictionOliver Spencer é um adolescente estadunidense de dezesseis anos, abertamente gay, que muda-se com os pais para uma ilha fictícia na América do Sul chamada Ilha Dourada. Relutante, Oliver foi obrigado a deixar seus amigos, sua vida e principalmente s...