Prólogo

16.3K 1K 132
                                    

Olho para o salão de festas na casa dos meus avós e bufo revirando os olhos, odeio esses eventos assim

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olho para o salão de festas na casa dos meus avós e bufo revirando os olhos, odeio esses eventos assim.

Olho ao redor e percebo que poucos aqui estão relativamente sozinhos.

Cada um tem alguém, seja uma amigo ou não, eu sou a única que está de tudo sozinha e não consigo me enturmar com ninguém.

Vejo meus irmãos espalhados pela sala enquanto conversam uns com os outros ou com seus parceiros, até mesmo Renê conversa animado com um garoto.

Eu nunca consegui ser como eles e sair fazendo amigos, conhecendo pessoas, o mais próximo de amiga que consegui foi a minha tia e isso mais quando éramos crianças, pois quando foi crescendo ela se dedicou bem mais a liderança da famiglia.

Sou próxima dos meus irmãos, mas como não curtimos as mesmas coisas não fico muito com eles.

Bufo irritada comigo mesma por ser tão anti social e me levanto caminhando para fora da casa.

Caminho pelo jardim e decido ficar na parte de trás, assim não corro risco de pegar alguém transando por aí.

Vejo as cadeiras e me sento em uma, tiro meus sapatos e coloco os pés na outra cadeira, tento relaxar e pensar o quão bosta é minha vida.

Aos vinte e dois não realizei nada do que meus irmãos realizaram, não tenho vida social, nunca beijei ou transei com alguém, acho que a parte que paguei um garoto não conta já que ele me deu apenas um selinho e foi embora.

Os homens me acham sem sal ou tem medo dos meus pais, avós e irmãos, o que não entendo já que eles não tem medo quando o assunto é ficar com alguma das minhas irmãs.

Acho que o fato é que elas valem a pena, porquê admito que são perfeitas, fazem tudo tão perfeitinho, animadas, gostam de fazer amigos, até mesmo Lindsay que é uma das mais quietas é mais animada que eu e casou a pouco tempo.

Já eu não sou assim, gosto de sossego, paz, uma chatice só, isso não faz de mim uma garota diferente, faz de mim uma garota chata e sem atributos.

Respiro fundo e decido ir pro meu apartamento, talvez eu faça uma pipoca e assista uma série nova.

Calço meu sapato e começo a caminhar até a saída, escuto um barulho e olho para o lado vendo o amigo da minha tia.

Ele está parado falando no telefone, entre seus dedos um cigarro, ele parece irritado, fico parada no lugar observando ele e o vejo mover os braços fazendo seus bíceps ficarem marcados no paletó.

- Foda-se o que você acha, resolve isso para mim - diz irritado.

Bom, algo que não comentei é que eu não consigo me interessar por garotos fofinhos e que poderiam querer algo comigo.

Na escola ou faculdade nenhum garoto me interessou, todas as vezes que nutri um sentimento por alguém foram por caras um tanto quanto peculiares.

Caras do tipo Gerson, sim ele mesmo, caras com cara de quem me mataria caso eu cometesse um deslize qualquer com eles.

Por que eu sou assim? Não sei, talvez pelo fato de crescer e ver muitos caras assim, também pelo fato de ser uma leitora assídua de romances peculiares.

E uma das minhas autoras preferidas é a minha avó, ela por está nesse meio e saber de tudo gosta de escrever romances inspirados no casamento dela com meu avô.

Quando tinha dezesseis anos acabei roubando um livro de sua biblioteca e descobri muitas coisas, daí então não parei mais e pude descobrir um mundo novo na leitura.

Acho que por isso me tornei alguém diferente, os livros tem melhor companhia.

Com isso acho que me tornei antisocial, apaixonada por livros e com expectativas altas em homens que nunca olhariam para mim.

Suspiro e vejo quando Gerson me olha parecendo irritado, arregalo os olhos ao ver ele me encarando.

- O que está fazendo aí? - questiona e caminha até onde estou - Está bisbilhotando garota?

- Na verdade não, estava apenas delirando - falo e ele me olha soprando a fumaça do cigarro em sua mão, suspiro e aperto as mãos imaginando sua boca sobre meu corpo.

Odeio a minha imaginação as vezes.

- Você está bêbada garota? - questiona.

- Eu não gosto de beber, nunca dá certo - falo e ele me olha de cima a baixo.

- Com licença - diz e passa por mim deixando para trás o cheiro do seu perfume, respiro fundo e solto um gemido baixo.

Uma transa com um homem desse e eu seria muito feliz.

♔︎

De santa só a cara da Amélie gente, mas safada não verão.

Por enquanto só notas, personagens e prólogo, logo mais começo as postagens ❤️

Amélie - Entre Amor E Ódio - Série Santinni's Livro IVOnde histórias criam vida. Descubra agora